Energia limpa: Campos é segunda no ranking
- Atualizado em 15/06/2024 12:35
Usina de energia solar
Usina de energia solar / Divulgação
 
O município de Campos dos Goytacazes e região possuem grande potencial para investimentos em energia limpa, já que são ricos em fontes inesgotáveis de energia, seja solar, eólica ou bioenergia. O dinamismo do crescimento do uso de energia solar em Campos nos primeiros meses do ano manteve o município como a 2ª cidade fluminense na geração da energia limpa, estando em destaque em todo país. As informações são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O secretário de Petróleo, Energia e Inovação, Marcelo Neves, e o subsecretário de Meio Ambiente, René Justen, comemoram o potencial do município em recursos renováveis e os investimentos que vêm sendo feitos, gerando ganhos para a população e para o Meio Ambiente.
- Hoje, a matriz energética mais diversificada do mundo é a da nossa região, levando em consideração que temos energia solar, eólica e bioenergia. Temos índice solarimétrico muito favorável, abundância de vento, podendo explorar tanto a eólica onshore, que a temos em terra em Gargaú, no município de São Francisco de Itabapoana; como a offshore, que é a que está em estudo para o Porto do Açu e região do Farol/Barra do Furado, além da questão da bioenergia, gerada a partir do aproveitamento de resíduos sólidos no Centro de Tratamento de Resíduos, no Aterro Sanitário de Conselheiro Josino, e do gás abundante da Bacia de Campos, catalizador de investimentos para trazer segurança energética – explica Marcelo Neves.
Segundo Marcelo, o biogás – biometano – produzido no Centro de Tratamento de Resíduos, no Aterro Sanitário de Conselheiro Josino, possui capacidade inicial de 1 Megawatt (MW) de energia, o suficiente para abastecer 15 mil casas. “Temos uma região, extremamente rica em recursos naturais, que propiciam a geração de energia com base na sustentabilidade”, informa o secretário.
Para se ter um parâmetro dos últimos anos, em 2020, de acordo com dados da Firjan, foram 467 instalações do Sistema Fotovoltaico (SFV) e, em 2023, 6.764. Só nos primeiros meses deste ano, 936.
Ele lembra que, no passado, o que era um gargalo para Campos e região, hoje, é um fator positivo com a abundância de energia. “Hoje, tem energia suficiente para instalação de indústrias e empresas, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento econômico de Campos e região, contribuindo para fomentar a economia e gerar empregos”.
O subsecretário de Meio Ambiente, René Justen, afirma que, atualmente, são 14 usinas fotovoltaicas receberam Licença Ambiental para Instalação e Operação (LAIS)em Campos e estão em operação, gerando 27 MW de energia limpa e 10 processos estão em fase de licenciamento, que vão gerar 36 MW de energia, totalizando 60 MW, beneficiando cerca de 160 mil pessoas.
- As empresas estão instaladas em diferentes regiões do município, da Baixada Campista, como Goitacazes e São Sebastião, à Região Norte, como Vila Nova, Travessão, além de Santa Cruz, entre outras. Estamos vivendo o conceito da sustentabilidade com a geração de energia limpa, o que significa menor consumo de combustível fóssil e, consequentemente, redução da emissão de Gás Carbônico (CO2) – explica René Justen.
Em outubro do ano passado, o prefeito Wladimir Garotinho participou da inauguração de duas usinas solares do Grupo Gera, que somam potência total de 6 MW. O investimento de R$ 24 milhões abriu mais de 150 postos de trabalho diretos e indiretos durante a implantação. Ao todo, a energia gerada pelas unidades, denominadas de Mombaça I e II, evita a emissão de 800 mil toneladas de CO2 na atmosfera.
Cidade sustentável - Algumas mudanças estão previstas e outras em andamento no município. O prefeito Wladimir, por exemplo, articula a aquisição de “ônibus verdes” em substituição ao diesel. A troca de mais de 3 mil lâmpadas de vapor de sódio por LED, no município, já reduziu o consumo de energia em 90%.
 
Potencial em crescimento vai atender indústria
Para o secretário de Petróleo, Energia e inovação, o potencial de energia limpa já instalado em Campos apresenta crescimento estrondoso de 2020 e aos primeiros meses de 2024 e isso coloca Campos no rumo certo junto à demanda requisitada há tempo pelo setor da indústria, que é a questão da infraestrutura energética do município.

Os gestores ressaltam, ainda, que aliado a todo potencial energético outro fator que tem sido fundamental para colocar Campos em destaque neste segmento é a participação da política pública de fomento à inovação tecnológica e compromisso com o meio ambiente na gestão do prefeito Wladimir, por meio das Secretarias de Petróleo, Energia e Inovação; Planejamento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente e de Desenvolvimento Econômico. “Com todo potencial energético que possui, Campos poderia ser o primeiro no ranking mas, atualmente, a questão da rede de energia ainda é um gargalo para que os projetos avancem mais”.

- Até 2025, Campos vai gerar mais de 100% de sua demanda com energia limpa e poderá passar a cidade do Rio, que hoje é a primeira do ranking. A indústria precisa de infraestrutura, energia e logística para escoamento da produção e isso coloca Campos num patamar diferenciado para o desenvolvimento - destaca Marcelo Neves.

Interação com o Estado - Neves relata que a Prefeitura, por meio da Secretaria de Petróleo, Energia e Inovação já iniciou ações de interação com autoridades da Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar a partir da parceria firmada entre a Prefeitura e o Governo do Estado para implementar o Programa de Produção de Energias Renováveis em Campos. Ele pondera que o Estado é o poder concedente dos serviços de distribuição de energia no interior do Estado e, por isso, a interação com o Estado será intensificada para mitigar as dificuldades na estrutura de transmissão das novas energias alternativas e, desta forma, viabilizar os projetos de matrizes eólica, fotovoltaica, biomassa e biogás.

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