Boi Goró se prepara para comemorar 9 anos com 200 convidados
Dora Paula Paes 11/12/2024 08:16 - Atualizado em 11/12/2024 08:17
Divulgação/Vilson Correa
Tudo bem que o Natal nem chegou ainda, mas folião que é folião, o pensamento está lá no Carnaval, em qualquer época do ano. É desta forma que a família Terra Arêas reúne os amigos saudosos dos grandes carnavais realizados no antigoAtafona Praia Clube, que foi tragado pelo mar e, hoje, em ruínas, o prédio só existente nas memórias e fotografias.O advogado Mário Filho já está a todo vapor na preparação da festa que será no dia 22 de fevereiro (um sábado antes do Carnaval oficial, em 2025), quando o Boi Goró completará 9 anos e mais uma vez vai passear pelas ruas de Atafona, em São João da Barra. O apoio da Folha da Manhã já tem.
Em 2023, foram 150 camisas, o número vai aumentar para 200 com a meta, segundo Mário Filho, de manter a qualidade da festa familiar, com segurança, DJ, conjunto musical, gente bonita, comidinhas gostosas e bebida gelada.A nova geração da família também passou a ganhar funções na organização.O encontro é fechado, com acesso a apenas aquelas pessoas que adquiriram camiseta do evento.
Divulgação/Vilson Correa
- O Boi Goró carrega em si boas lembranças do que sobrou do Atafona Praia Clube, quando se reunia família e muitos amigos, num verdadeiro grito de Carnaval. Na minha família sãotrês aniversariantes em fevereiro: meus irmãos Magali e Ronaldo e meu enteado Thomas. E o velho Mário, meu papai, que fazia aniversário no dia 15. Então, essa festa começou na nossa casa e foi crescendo. Comonossa casa era em frente ao clube, éramos referência nas décadas de 70, 80 e até 90 em reunir parentes e amigos. Surgiu, então, o baile Preto e Branco da Folha da Manhã, na sexta-feira de Carnaval, no Grussaí Praia Clube, porém, com o encerramento daquela festa, nós começamos a fazer a nossa festa na sexta-feira, um pré-Carnaval que Diva (Abreu Barbosa, presidente do Grupo Folha) prestigia. Mais adiante, para adequar a agenda dos amigos passamos para osábado que antecedeo Carnaval oficial - conta Mário.
Nem durante a pandemia, o Boi Goró sossegou. De máscara e tudo, foi preparada uma feijoada para vender aos amigos, naquele período, até então difícil, da história recente mundo afora. O boi ficou no portão da casa para saudar os que foram buscar o prato. O dinheiro arrecadado, conta Mário, teve destino certo: ajudar ao asilo São João Batista. “As quentinhas que não foram entregues, muita gente comprou e não foi buscar, doamos à Irmandade Nossa Senhora da Penha. Naquele período, o Boi Goró foi beneficente”, recorda.
Mário também se diverte ao falar do aniversariante. O Goró nasceu das mãos do carnavalesco campista Sérgio Viana. “Sérgio fez um boi grande, bonito, mas que precisava de até quatro pessoas para ficar embaixo dele. Com o passar do tempo, ele ganhou rodinhas e a gente fica puxando pra lá e pra cá. A idade vai chegando e ninguém quer ficar embaixo do boi”, conta rindo. Ele, geralmente, sai de casa para brincar na rua por volta das 18h.
Divulgação/Vilson Correa
Então, que venha fevereiro. Os amigos chegam para a festa de muitos lugares, de outros estados, inclusive, garante o organizador, vão encontraruma festa familiar,para reviver o antigo Carnaval de Atafona. O folião Mário Filho, a todo momento, reforça que a festa é feita com a colaboração dos amigos, sem fins lucrativo, sem conotação política, sobretudo, sempre pensando em oferecer um momento de encontro e alegria.
“Nosso desejo é manter essa tradição do Carnaval, antes que o mar chegue na nossa casa, que já está a cerca de 50 metros”, lembra Mário Filho, em referência à estrutura física do Atafona Praia Clube, que já se perdeu, mas deixou lembranças vívidas por quem segue atrás do Goró.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS