Felipe Fernandes - Água e corrupção
Apesar de ter sido realizado mais de uma década após o término do gênero e não possuir uma fotografia em preto e branco, Chinatown é um filme essencialmente Noir.
Constantemente reconhecido como um dos melhores roteiros já escritos, o texto de Robert Towne trabalha todos os elementos do gênero, um universo corrupto, violento, com personagens dúbios, trabalhando uma trama cheia de detalhes e reviravoltas (outra característica do gênero), que geralmente constroem histórias um pouco confusas.
Nesse sentido, a direção elegante e precisa de Polanski ajuda na construção narrativa e principalmente, na atmosfera triste e melancólica, sentimentos ressaltados pela brilhante trilha sonora de Jerry Goldsmith, construindo um universo muito particular.
Gosto muito como o roteiro trabalha o casal protagonista. Conhecemos o detetive Gettis como um detetive pé de chinelo, que trabalha revelando casos extraconjugais. A sensação de ser um sujeito meio malandro, reforçada pela figura emblemática de Jack Nicholson, vai se desconstruindo com o andamento da narrativa, conforme conhecemos seu passado, seus traumas e motivações.
Nesse sentido, Evelyn (Faye Dunaway) surge como uma mulher poderosa e perigosa, que conforme a narrativa se desenvolve vamos descobrindo sua história trágica.
Merece menção também a grande atuação de John Huston, que com pouco tempo de tela constrói um vilão completamente detestável, que é a representação máxima da corrupção de Los Angeles.
Como bem disse o crítico Roger Ebert, a passagem do tempo faz com que a história do cinema se confunda e fez com que Chinatown seja visto junto aos grandes clássicos do gênero. Não dá pra ter um elogio maior que esse.
Constantemente reconhecido como um dos melhores roteiros já escritos, o texto de Robert Towne trabalha todos os elementos do gênero, um universo corrupto, violento, com personagens dúbios, trabalhando uma trama cheia de detalhes e reviravoltas (outra característica do gênero), que geralmente constroem histórias um pouco confusas.
Nesse sentido, a direção elegante e precisa de Polanski ajuda na construção narrativa e principalmente, na atmosfera triste e melancólica, sentimentos ressaltados pela brilhante trilha sonora de Jerry Goldsmith, construindo um universo muito particular.
Gosto muito como o roteiro trabalha o casal protagonista. Conhecemos o detetive Gettis como um detetive pé de chinelo, que trabalha revelando casos extraconjugais. A sensação de ser um sujeito meio malandro, reforçada pela figura emblemática de Jack Nicholson, vai se desconstruindo com o andamento da narrativa, conforme conhecemos seu passado, seus traumas e motivações.
Nesse sentido, Evelyn (Faye Dunaway) surge como uma mulher poderosa e perigosa, que conforme a narrativa se desenvolve vamos descobrindo sua história trágica.
Merece menção também a grande atuação de John Huston, que com pouco tempo de tela constrói um vilão completamente detestável, que é a representação máxima da corrupção de Los Angeles.
Como bem disse o crítico Roger Ebert, a passagem do tempo faz com que a história do cinema se confunda e fez com que Chinatown seja visto junto aos grandes clássicos do gênero. Não dá pra ter um elogio maior que esse.