Noite Literária em SJB homenageia Narciza Amália
25/07/2024 21:28 - Atualizado em 25/07/2024 21:28
Nesta noite de quarta-feira, 24, o Centro Cultural Narciza Amália foi testemunha de um momento histórico, no centenário de falecimento – Rio de Janeiro, dia 24 de julho de 1924 – da filha ilustre de São João da Barra, a poeta Narciza Amália, que se tornou uma das grandes intelectuais de sua época.

O evento foi uma contemplação ao nome de uma mulher que brilhou no século XIX, usou sua pena e a imprensa para lutar contra retrocessos e preconceitos. Durante a noite, houve leitura dramática da poesia “Aflita”, declamada por Lorrane Leal, e da poesia “Saudades” recitada por Julia Severo, ambas da oficina de teatro da Secretaria Municipal de Cultura. Em seguida, a professora delas, Ana Pavão, cantou magistralmente o poema “O poeta e o africano” acompanhada de seu esposo ao violão, Nando Dias.

A centenária Banda União dos Operários tocou “O africano e o poeta” e “Recordações do Itatiaia”, duas poesias de Narciza que foram musicalizadas ainda no século XIX e instrumentalizadas para a noite pelo músico sanjoanense Ijohnnys Machado. Ocorreu também o lançamento do livro “Narciza Amália, poeta da liberdade”, do jornalista e historiador, Bruno Costa, que dá luz novamente àquela que é considerada a primeira jornalista profissional do Brasil, abolicionista, republicana e feminista.

Um dos momentos emocionantes foi a presença ilustre da bisneta dela, Nilza Ericson, e da tataraneta Laura Ericson. Nilza se emocionou com as homenagens e foi sua primeira vez na terra de sua bisavó. Outro ponto alto e que imortaliza de vez o nome de Narciza Amália foi a inauguração de um busto em sua homenagem, o primeiro busto público de São João da Barra.

Para Gil Miranda, secretário de cultura, a municipalidade tem um papel fundamental para preservar a nossa memória. “Imortalizar o nome de Narciza Amália num evento deste porte e o lançamento de um busto demonstram o cuidado com nossa rica história”, frisa.

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