Peça aborda questão da homofobia nesta sexta no Teatro do Sesc-Campos
Dora Paula Paes 18/07/2024 17:03 - Atualizado em 18/07/2024 17:12
Divulgação
A montagem da peça "3 Maneiras de Tocar no Assunto", que aborda a homofobia na sociedade moderna, chega a Campos. O projeto é um manifesto artístico contra as intolerâncias e a favor de toda a diversidade. Com dramaturgia e atuação de Leonardo Netto e direção de Dadado de Freitas, a peça já foi assistida por mais de 15 mil espectadores e está iniciando um novo circuito no estado, desta vez nos palcos do Sesc RJ. O espetáculo acontece nesta sexta-feira (19), no Teatro do Sesc-Campos, às 19h.

A classificação é de 14 anos. Em apresentação única no teatro do Sesc-Campos (Av. Alberto Torres, 397 - Centro), os ingressos custam: R$10 (inteira), R$5 (meia-entrada em casos previstos por lei), gratuito (Credencial plena e PCG). Vendas somente na bilheteria do teatro, das 9h às 20h.

“3 Maneiras de Tocar no Assunto” reúne três solos que colocam em pauta questões sobre homossexualidade, preconceito contra o homossexual e a comunidade LGBTI+ em geral. Os textos fazem uma interlocução direta com o público: o que há, afinal, de tão incômodo, maléfico e repugnante na homossexualidade? Por que, através dos tempos, ela teve sempre de ser punida? Por que a orientação sexual de uma pessoa pode a transformar num cidadão de segunda classe, com menos direitos que o resto da população?

A montagem foi vencedora dos prêmios Cesgranrio (Melhor Texto Nacional Inédito, Ator e Categoria Especial, pela direção de movimento de Marcia Rubin), APTR-RJ (Melhor Autor e Iluminação) e Cenym de Teatro Nacional (Melhor Monólogo), acumulando quase 20 indicações em premiações.

Trajetória - “3 Maneiras de Tocar no Assunto” estreou em 2019 no Rio de Janeiro, com uma temporada de 3 meses no Teatro Poeirinha e, em 2020, entrou em cartaz em São Paulo, no Sesc Ipiranga. Após a pandemia, o espetáculo retomou a estrada com sessões lotadas no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, no Festival Palco Giratório em Porto Alegre e na programação do Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte, convidado pelo Grupo Galpão. Entre 2022 e 2023, a peça foi realizada em mais 10 teatros da capital carioca, transitando por diversos bairros, além de apresentações na região metropolitana e no interior do RJ. Atualmente em turnê, em 2024 percorre 5 estados do nordeste e 6 estados do norte do Brasil, entre outros circuitos.
Biografias 
Leonardo Netto é ator, diretor e dramaturgo. Estreou profissionalmente em 1989, dirigido por Amir Haddad. Integrou o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, companhia dirigida por Aderbal Freire-Filho. Trabalhou com diretores como Gilberto Gawronski, Ana Kfouri, Jefferson Miranda, João Falcão, Luiz Arthur Nunes, Enrique Diaz, Celso Nunes e Christiane Jatahy. Como ator, destaca as peças mais recentes “Conselho de Classe” (dir. Bel Garcia e Susana Ribeiro), “A Santa Joana dos Matadouros” (dir. Marina Vianna e Diogo Liberano), “Entonces Bailemos” (dir. Martín Flores Cárdenas), “3 Maneiras de Tocar no Assunto” (dir. Dadado de Freitas); em TV as séries “Magnífica 70”, “Me chama de Bruna” e a minissérie “Assédio” (Rede Globo); em cinema “Em Nome da Lei” de Sérgio Rezende e “Três Verões” de Sandra Kogut. Escreveu e dirigiu as peças “Para os que estão em casa” e “A ordem natural das coisas”. Diretor de “Um dia a menos” (monólogo com a atriz Ana Beatriz Nogueira) e “A menina escorrendo dos olhos da mãe”, com Sílvia Buarque e Guida Vianna. Recebeu os prêmios Cesgranrio de Melhor Ator e Texto e o APTR de Melhor Autor por “3 Maneiras de Tocar no Assunto” e o Cesgranrio de Melhor Texto por “A ordem natural das coisas”.
Dadado de Freitas é diretor, dramaturgo e ator. Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, tem sua trajetória artística voltada à pesquisa dos corpos dissidentes e dos regimes de invisibilização. Diretor de “3 Maneiras de Tocar no Assunto”, indicado aos Prêmios Cesgranrio e APTR de Melhor Direção. Dirige no Teatro de Extremos: “O Homossexual ou a dificuldade de se expressar” – com 13 indicações aos Prêmios Shell, Cesgranrio, APTR e Questão de Crítica – e “Balé Ralé”. Em 2021 dirigiu “A Doença do Outro” (solo escrito e interpretado por Ronaldo Serruya). Roteirizou e dirigiu as séries de radiodrama “A Mulher do Início do Mundo” e “O Viaduto”, e a série de teleteatro “Tônia, um corpo político”, para o Itaú Cultural. É colaborador do projeto artístico e transdisciplinar “Museu do Meninos” desde 2019; dirigiu “Sem Título para uma Radiocoreografia” em parceria com o Festival Panorama e a performance “Arqueologias do Futuro”. Preparou o elenco da série “Dias Perfeitos” (Globoplay). Dirigiu o videoclipe da canção “Meu coração é brega”, de Fafá de Belém. Acredita na transgressão pela palavra, no corpo como dissidência e exercita a bichice e o desbunde como formas militantes de vida e de existência.
Com informações de assessoria

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