Um sábado diferente com muita história e lazer. O Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho celebra hoje (25) o 23º aniversário de sua inauguração. O grandioso evento foi preparado para receber visitantes neste dia, na sua sede, o Solar do Colégio, em Tocos, na Baixada Campista.O evento será das 10h às 17h. A programação faz parte do projeto “Arquivo de Portas Abertas” — uma grande oportunidade para conhecer esse espaço, templo da história de Campos.

Dentro da programação tem ainda serviços que serão levados por diversas secretarias, como Feira da Roça, aplicação de vacinas, entre outros serviços de parceiros no evento. Exposições também estão preparadas: Campos Volks, Moto Clube de Campos, Parque Estadual da Lagoa do Açu-PELAG/INEA e o Urban Sketchers, além claro, da visita guiada.

A ação tem a realização da Prefeitura de Campos, por intermédio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), contando com o apoio de todos os órgãos da municipalidade. Entidades, clubes de serviços e empresas do município também serão parceiras do evento “Arquivo de Portas Abertas”.

— Estamos preparados para receber a população. Além de conhecer o Arquivo, o público aproveitará apresentações musicais, exposições e estandes que trarão a prestação de serviços variados. Venham celebrar conosco — convida a coordenadora do Arquivo, Rafaela Machado.

O evento “Arquivo de Portas Abertas” terá início às 10h, com a apresentação da Banda da Guarda Civil Municipal. A criançada vai se divertir com a Palhaça Siminina, às 11h. A Banda de Fanfarra da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia será a atração do final da manhã, se apresentando às 11h30. O show com Jorjão Machado será às 12h. Celebrando 154 anos de história, a Sociedade Musical Lira de Apolo se apresentará às 14h. A atração de encerramento será a cantora Juliana Tavares, que subirá ao palco às 16h.

O subsecretário de Turismo, Edvar de Freitas Chagas Junior, incentivador do turismo e da preservação do patrimônio histórico de Campos, chegou a divulgar um vídeo, na sua rede social, com a participação de Rafaela, um roteiro ensinando como chegar ao Solar do Colégio.

As pastas do Turismo e da Educação de Campos também estarão com um ônibus saindo da Praça do Santíssimo Salvador, no Centro da cidade, às 8h30, para levar interessados até a festa do Arquivo Público.

História

O Solar do Colégio, que abriga o Arquivo Público, é um antigo engenho, construído no século XVII pelos jesuítas. O espaço é um patrimônio cultural nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na data de 24 de julho de 1946.

No ano de 1652, o engenho foi construído pelos padres jesuítas, finalizando suas obras no ano de 1690. O engenho dos jesuítas produzia alimentos e tecidos, tinha criação de gado e cavalos, para abastecer o Colégio Jesuíta do Rio de Janeiro. E no local se fabricavam telhas e tijolos para a construção das edificações do engenho. A capela construída no engenho foi em devoção ao Santo Inácio de Loyola e Nossa Senhora da Conceição.

Com a expulsão dos jesuítas do Brasil no ano de 1759, o imóvel foi incorporado à Coroa Portuguesae leiloado em 1781, sendo arrematado pelo português comerciante de escravos Joaquim Vicente dos Reis, que viveu com sua família na fazenda, até seu falecimento no ano de 1813. O engenho ficou de herança para Sebastião Gomes Barroso, marido de Joanna Bernardina dos Reis, filha de Joaquim. Entre os anos de 1813 e 1980, o Solar do Engenho foi de propriedade da família Barroso. Durante o século XIX, o Engenho do Colégio era uma das maiores fazendas escravistas do Brasil, havendo mais de 1.500 escravos, entre brasileiros e africanos. No ano de 1875, o solar recebeu a visita do imperador D. Pedro II.

Um trabalho minucioso de recuperação de documentos da história de Campos também é realizado no espaço.