Reunião marca mais um passo para salvar história da Livraria Ao Livro Verde
Dora Paula Paes 29/04/2024 20:41 - Atualizado em 29/04/2024 21:04
Rodrigo Silveira
O primeiro encontro entre a Comissão Mista em defesa da Livraria Ao Livro Verde e a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Fernanda Campos, foi considerado positivo e, contudo, um passo bastante importante para a manutenção da história da livraria mais antiga do Brasil, que fechou as portas no ano passado. A reunião aconteceu no final da tarde desta segunda-feira (29), no Teatro de Bolso Procópio Ferreira. O governo do prefeito Wladimir Garotinho já sinalizou liberar um espaço no Palácio da Cultura para o acervo e a história da livraria. Por outro lado, a Comissão quer a criação de um Grupo Executivo de Trabalho, da Campanha SOS Ao Livro Verde, para avaliar ainda outras ações. 
Na ocasião, a gestora da Fundação Cultural ouviu as demandas levadas pela Comissão, com destaque para a formação de um grupo de trabalho executivo, para a elaboração de um parecer que elenque a possibilidade de manutenção da história de Ao Livro Verde, informou a Prefeitura, em nota.
De acordo com o jornalista e advogado Adelfran Lacerda, o clima do encontro foi "ótimo, fraterno e harmonioso, condensando os próximos passos". "O Comitê Organizador da Campanha SOS Ao Livro Verde agradece a iniciativa do Prefeito Wladimir Garotinho de viabilizar a reunião, solicitada pela Sociedade Civil ao Gabinete Civil da Prefeitura", completa.
Durante o encontro, foi detalhada a "linha do tempo" e objetivos da Campanha SOS Ao Livro Verde, desde o início, em julho de 2023. Sempre pontuada pelo apoio maciço e unânime da Sociedade Civil, materializado por mais de 2.100 signatários do "Abaixo Assinado SOS Ao Livro Verde", conta com apoio  oficial de mais de 60 Instituições locais, regionais, estaduais e nacionais, entre elas a Academia Brasileira de Letras (ABL), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Associação Nacional de Livrarias (ANL), assim como do Relatório da Comissão da Câmara de Vereadores de Campos, integrada por representantes dos Poderes Executivo e Legislativo de Campos, bem como da Sociedade Civil.

— A presidente do FCJOL informou o interesse e o apoio do prefeito Wladimir Garotinho na preservação da Livraria Ao Verde Verde (a mais antiga do Brasil que no próximo dia 13 de junho/2924 completa 180 anos) criando um cyber café e livraria, com o nome do estabelecimento comercial, nas dependências do Palácio da Cultura, a ser reaberto à comunidade campista - ressaltou Lacerda.

A Comissão Organizadora da Campanha SOS Ao Livro Verde agradeceu e reconheceu a importante iniciativa do prefeito, que também sancionou a Lei Municipal no. 9.360 (23 de agosto de 2023), como "Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Campos dos Goytacazes".

Contudo, propôs, durante a reunião como a presidente da Fundação Cultural, que o Poder Executivo de Campos crie imediatamente o Grupo Executivo de Trabalho (GTE - Campanha SOS Ao Livro Verde) para avaliar outras ações, atividades e iniciativas legais e viáveis, para a preservação não só do nome mas também a perenização da Livraria, como a criação da "Casa de Cultura Ao Livro Verde", conforme o Relatório da Comissão Mista criada pela Câmara de Vereadores, aprovado em sessão plenária no Legislativo.

Pela sociedade civil estiveram presentes dois representantes da Academia Campista de Letras (ACL), Ronaldo Henrique Barbosa Jr, presidente, e Genilson Soares, 1º tesoureiro; pela Câmara dos Dirigentes Lojista (CDL), Edvar Freitas Junior, que é ex-presidente imediato, e pelo Instituto Histórico e Geográfico de Campos, o vice-presidente, Adelfran Lacerda.
No dia 13 de novembro do ano passado, a livraria instalada em prédio tradicional no Centro da cidade fechou as portas em decorrência de crise financeira e dívidas acumuladas. O prédio ocupado pela Livraria era alugado, porisso, teria surgido a oferta do governo para levar o acervo para o Palácio da Cultura.

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