Quatro meses após ter estreado no Teatro II do Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro, o espetáculo solo “O Susto” será apresentado nesta quinta-feira (14) no Teatro Firjan Sesi Campos. Trata-se de uma homenagem póstuma ao radialista Nilson Maria, protagonizada pelo sua filha Tamires Nascimento. O evento está marcado para as 20h, com ingressos a R$ 20, cada, e meia-entrada a R$ 10 (aqui). Duração: 60 minutos. Classificação: 14 anos

— Apesar de abordar o tema do luto, a peça é permeada por leveza e humor, buscando inspiração no ‘gurufim’, um ritual em que o velório se transforma em uma grande festa em homenagem ao morto — explica Tamires Nascimento, campista radicada no Rio de Janeiro. — Meu pai sempre expressava o desejo de que, em seu velório, houvesse alegria, celebração e samba. Portanto, embora trate de um assunto tão duro como a perda, “O Susto” não é um espetáculo pesado; pelo contrário, propõe-se a despertar reflexões enquanto celebra, trazendo uma atmosfera festiva e alegre — complementa.

Realizado pela Definitiva Cia. de Teatro, o espetáculo tem direção de Jefferson Almeida e dramaturgia assinada pela também campista Livs. “O Susto” apresenta uma sucessão de cenas-contos, algumas das quais originadas em experiências autobiográficas, intercalando cenas profundamente pessoais com momentos fabulares e acontecimentos íntimos da atriz. Ao mesmo tempo, são apresentadas situações e personagens distantes da sua realidade. O ápice da peça se dá na representação de um gurufim, um velório concebido como uma ode.

O homenageado — Conhecido como “o dono da tarde” por sua atuação no rádio, Nilson Maria era apaixonado pelo Carnaval e pelo esporte de Campos, tendo sido ilustre torcedor da escola de samba União da Esperança e do Clube Esportivo Rio Branco. Também foi presidente do Teatro Municipal Trianon, durante a gestão do ex-prefeito Arnaldo Vianna. Ele morreu no dia 10 de abril de 2021, aos 72 anos, vítima de complicações da Covid-19. O adeus a Nilson foi marcado por um cortejo fúnebre, que passou em frente ao Trianon, à quadra da União da Esperança, ao campo do Rio Branco, à praça do Santíssimo Salvador e à Igreja Boa Morte, locais que marcaram a vida do radialista.