Show de Fim de Ano da Folha será nesta quinta-feira, com The Fevers
Matheus Berriel - Atualizado em 13/12/2023 10:37
Atual formação da banda The Fevers
Atual formação da banda The Fevers / Foto: Divulgação
Uma votação popular promovida pelo “Fantástico”, da TV Globo, em 1974, destacou The Fevers como a banda mais popular do Brasil. Esse título é ostentado com orgulho pelo conjunto, que surgiu influenciado pelos Beatles, tem o nome relacionado a Elvis Presley e se firmou com grande relevância durante a Jovem Guarda. Nesta quinta-feira (14), os “Dinossauros do Rock”, como são carinhosamente apelidados, vão animar o 23º Show de Fim de Ano da Folha da Manhã, às 20h30, no Teatro Municipal Trianon. Restrito a assinantes, parceiros e convidados, o evento também marcará a entrega do Troféu Folha Seca ao carnavalesco campista Amarildo de Mello.
Um dos fundadores de The Fevers, o guitarrista e vocalista Pedrinho da Luz foi o responsável por escolher o nome definitivo da banda, criada em 1964, no Rio de Janeiro. Originalmente, se chamava The Fenders, mas como essa era uma marca de guitarra registrada, foi necessário haver a mudança.
— No acervo do meu centro cultural, possuo dois discos de vinil de The Fevers. Entre o fim dos anos 1970 e início da década de 80, eu os ouvia muito e gostava bastante do Pedrinho da Luz, que foi quem sugeriu batizar o grupo, tendo como inspiração a música “Fever”, do Elvis Presley — destaca o professor e pesquisador campista Marcelo Sampaio.
Pedrinho da Luz integrava a formação original junto ao contrabaixista Liebert Ferreira, o vocalista e guitarrista Almir Bezerra, o tecladista Cleudir Borges e o baterista Lécio do Nascimento, então jovens colegiais naquela década de 1960. Em 1965, se juntou a eles o saxofonista romeno Miguel Plopschi, e em 1969, o vocalista Luiz Cláudio.
Desde os primeiros discos, gravados em 1965 e 1966, pela Philips, os Fevers se destacaram. Tanto assim que, em 1996, a banda apareceu no filme “Na onda do iê-iê-iê”, dirigido por Aurélio Teixeira. Em 1966, houve a ida para a Odeon, ajudando a impulsionar a música daqueles jovens, que em pouco tempo estariam fazendo acompanhamento musical em gravações de artistas do naipe de Eduardo Araújo, Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Wilson Simonal e Jorge Ben Jor — na época, Jorge Ben.
Notabilizado como conjunto de bailes, The Fevers gravou em 1968 o LP “Os reis do baile”. Maior sucesso fez “The Fevers”, disco de 1971, impulsionado pela faixa “Mar de rosas”. Também obteve êxito o disco “A explosão musical dos Fevers”, do mesmo ano. Em 1975, passou a integrar a formação o cantor e compositor Augusto César. Pedrinho da Luz saiu em 1976, e, após a saída de Almir Bezerra para fazer carreira solo, em 1980, foi incorporado o cantor e compositor Michael Sullivan.
Nos anos 1980, os Fevers se firmaram entre os maiores artistas e bandas em venda de discos. Isso deveu-se especialmente ao sucesso de “Elas por elas”, música escolhida para abrir a novela homônima, da TV Globo, em 1982; assim como ocorreu com “Guerra dos sexos”, em 1983.
Apesar da mudança, os Fevers continuaram em alta. Em 1984, ajudaram a consagrar a banda infantil Trem da Alegria, fazendo participação especial no seu LP de estreia. Carro-chefe do repertório, a faixa “Uni dune tê” tem Michael Sullivan como um dos compositores.
Novas mudanças na formação ocorreram em 1985, com a saída de Miguel Plopschi; 1986, com a saída de Michael Sullivan e a chegada do guitarrista César Lemos; 1987, quando saiu Augusto César; e 1988, com Cleudir dando lugar ao tecladista Miguel Ângelo. Na década de 1990, em momentos distintos, saíram César Lemos e Lécio, além do baterista Darcy Osório, que esteve na banda de 1991 a 1993. Almir Bezerra retornou em 1992, permanecendo até 2000, quando Luiz Cláudio assumiu o vocal principal.
Do quinteto fundador, Liebert Ferreira é o único remanescente. Luiz Cláudio é outro das antigas na atual formação, completada pelo guitarrista Rama, na banda desde 1991; o baterista Otávio Henrique, desde 1994; e o tecladista Cláudio Mendes, desde 2017.
Entre os feitos mais recentes dos Fevers, estão a participação ativa na celebração dos 40 anos da Jovem Guarda, em 2005; a gravação do primeiro DVD, que leva o nome da banda, em 2006; e grandes shows no Canadá, em 2008 e 2009. Em 2011, o álbum “Vem dançar II” foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira. Este ano, o conjunto está realizando a turnê “Do vinil ao digital”, passeando por todas as fases musicais desses quase 60 anos de trajetória.
O 23º Show de Fim de Ano da Folha e a 22ª edição do Troféu Folha Seca têm patrocínio de Grupo MPE, Rad Med, Sicoob Fluminense, Unimed Campos e Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro); com apoio de Empresa Brasil, Vacina Plinio Bacelar e Forte Telecom; apoio de mídia da Águas do Paraíba; apoio cultural da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima; e apoio logístico de Palace Hotel, Chicri Cheme, Ponto e Vinho e Rogil Tour.

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