Brincadeira na redação acaba com suplemento literário de jornal
A literatura brasileira sofreu, neste mês, uma perda significativa: a morte de Dalton Trevisan. O brilho do escritor paranaense deu luz a um episódio no qual envolveu, na redação do jornal A Notícia, aqui em Campos, uma situação protagonizada pelo professor Joel Mello.
Nos anos 70, Joel Mello, respeitado mestre do curso de Literatura da Faculdade de Filosofia de Campos (Fafic), era responsável por um suplemento literário publicado no jornal.
O suplemento saía aos domingos e Joel Mello levava o material (crônicas, artigos, poesias) na véspera, quando fazia uma visita à redação de A Notícia, então localizada na Av. 7 de Setembro.
Por vários meses, a presença de Joel é constante na redação, estreitando o relacionamento com a chamada turma de Hervé Salgado Rodrigues, o diretor do jornal.
Tudo vai bem até que, em uma manhã de sábado, o jornalista José Cunha Filho, que escrevia a coluna “Dia a Dia”, resolve pregar uma peça em Joel, com a cumplicidade de alguns colegas de redação.
José Cunha pega um conto de Dalton Trevisan, premiado em concurso nacional, promovido pelo governo do Paraná, e digita-o em laudas do jornal para dar-lhe uma característica de produção local.
Quando Joel chega, Cunha estende-lhe as laudas, pedindo para analisá-lo, sob o aspecto literário. A versão que passa é a de que o conto seria do colega de redação, Prata Tavares.
Nos anos 70, Joel Mello, respeitado mestre do curso de Literatura da Faculdade de Filosofia de Campos (Fafic), era responsável por um suplemento literário publicado no jornal.
O suplemento saía aos domingos e Joel Mello levava o material (crônicas, artigos, poesias) na véspera, quando fazia uma visita à redação de A Notícia, então localizada na Av. 7 de Setembro.
Por vários meses, a presença de Joel é constante na redação, estreitando o relacionamento com a chamada turma de Hervé Salgado Rodrigues, o diretor do jornal.
Tudo vai bem até que, em uma manhã de sábado, o jornalista José Cunha Filho, que escrevia a coluna “Dia a Dia”, resolve pregar uma peça em Joel, com a cumplicidade de alguns colegas de redação.
José Cunha pega um conto de Dalton Trevisan, premiado em concurso nacional, promovido pelo governo do Paraná, e digita-o em laudas do jornal para dar-lhe uma característica de produção local.
Quando Joel chega, Cunha estende-lhe as laudas, pedindo para analisá-lo, sob o aspecto literário. A versão que passa é a de que o conto seria do colega de redação, Prata Tavares.
FIM DE SUPLEMENTO
Joel dá uma lida e faz umas ponderações, que, de alguma forma, minimizam a obra. Cunha diz, então, que o conto não é de Prata, mas do festejado Dalton Trevisan, autor de vários livros, vencedor do prêmio Camões.
Joel Mello não gosta da brincadeira e não aparece mais no jornal. É o fim do suplemento “Letras & Problemas”. A Notícia e seus leitores perdem os artigos literários, sempre de alto nível.
Joel Mello não gosta da brincadeira e não aparece mais no jornal. É o fim do suplemento “Letras & Problemas”. A Notícia e seus leitores perdem os artigos literários, sempre de alto nível.