Mistério envolvendo ossada encontrada no lixão da Codim
Anos 80. A imprensa de Campos anunciou, em primeira página, com grande estardalhaço: “Encontrada ossada humana no lixão da Codin”.
Recolhido os restos mortais num saco plástico pelo Corpo de Bombeiros, o material foi entregue ao IML para identificação.
Pela ausência de matéria orgânica aderida aos ossos, estimou-se que o óbito ocorrera há mais de seis meses. Não se chegou à conclusão da causa mortis.
Os peritos locais fizeram um levantamento de pessoas desaparecidas no último ano, e nada foi encontrado que pudesse levar à identificação do morto.
Enquanto isso, a imprensa não dava trégua ao delegado, levantando as hipóteses de queima de arquivo, ou, talvez, a execução sumária de um guerrilheiro pelas forças de segurança do regime militar.
Tudo levava a crer que seriam os restos mortais de um desaparecido político. “Não seria a ossada tão procurada do deputado Rubens Paiva?”, especulava um matutino.
Para dirimir dúvidas, o crânio foi enviado à Faculdade de Odontologia para exames e identificação através das arcadas dentárias. Nada feito. O morto era totalmente banguela das duas mandíbulas.
Esgotados todos os recursos técnicos, a ossada foi remetida para o Instituto Pereira Faustino (IPF), em Niterói, onde antropólogos levantaram a suspeita do esqueleto pertencer a um exemplar de Austrapopithecus do período Pleistoceno, ou mesmo um fóssil do temido índio Goitacá.
Do IPF, a ossada foi para a Unicamp, onde Badan Palhares realizaria o exame de DNA. Pelo laudo técnico, o cidadão morrera em 1826, datação precisa usando-se o método do isótopo-14 do Carbono. Para desvendar o mistério, os especialistas da Unicamp não tinham mais recursos.
Recolhido os restos mortais num saco plástico pelo Corpo de Bombeiros, o material foi entregue ao IML para identificação.
Pela ausência de matéria orgânica aderida aos ossos, estimou-se que o óbito ocorrera há mais de seis meses. Não se chegou à conclusão da causa mortis.
Os peritos locais fizeram um levantamento de pessoas desaparecidas no último ano, e nada foi encontrado que pudesse levar à identificação do morto.
Enquanto isso, a imprensa não dava trégua ao delegado, levantando as hipóteses de queima de arquivo, ou, talvez, a execução sumária de um guerrilheiro pelas forças de segurança do regime militar.
Tudo levava a crer que seriam os restos mortais de um desaparecido político. “Não seria a ossada tão procurada do deputado Rubens Paiva?”, especulava um matutino.
Para dirimir dúvidas, o crânio foi enviado à Faculdade de Odontologia para exames e identificação através das arcadas dentárias. Nada feito. O morto era totalmente banguela das duas mandíbulas.
Esgotados todos os recursos técnicos, a ossada foi remetida para o Instituto Pereira Faustino (IPF), em Niterói, onde antropólogos levantaram a suspeita do esqueleto pertencer a um exemplar de Austrapopithecus do período Pleistoceno, ou mesmo um fóssil do temido índio Goitacá.
Do IPF, a ossada foi para a Unicamp, onde Badan Palhares realizaria o exame de DNA. Pelo laudo técnico, o cidadão morrera em 1826, datação precisa usando-se o método do isótopo-14 do Carbono. Para desvendar o mistério, os especialistas da Unicamp não tinham mais recursos.