Livro mais recente de Adriano Moura é adaptado para os palcos
Dois anos após ter feito sucesso com "Meu nome é Cícero", o escritor e dramaturgo campista Adriano Moura está à frente de outra produção teatral. Além de roteirista, ele é também o diretor do espetáculo "A inocencia dos mortos", cuja estreia está marcada para a próxima sexta-feira (26), no Teatro de Bolso Procópio Ferreira, em Campos. Inspirada no livro homônimo do próprio Adriano, a peça seguirá em cartaz no sábado (27) e no domingo (28), bem como no fim de semana de 9, 10 e 11 de agosto, sempre às 20h.
"A inocencia dos mortos" conta a história do personagem fictício Antônio Prustiano. Trata-se de um escritor que retorna à cidade natal após 20 anos, durante a pandemia de Covid-19, para ficar próximo da família. O assassinato de um dos amigos de infância de Prustiano e a descoberta de um diário deste o levam a uma investigação, a fim de desvendar o crime e escrever um livro. A partir daí, sua vida e os últimos 40 anos da história do Brasil se misturam, entrelaçados em temas como política, homofobia, racismo e pandemia.
— Há uma identificação do público, especialmente o campista, com os personagens do livro, pois este é escrito com uma estratégia narrativa que aproxima muito o leitor da realidade que ele conhece — explica Adriano Moura. — A peça é uma outra linguagem. A transposição para o teatro está bem dinâmica, misturando suspense, investigação e memória. O ator Lucas Machado faz em cena o que o narrador faz no livro: dá vida aos personagens — comenta o autor e diretor.
Se o texto original de "A inocência dos mortos" foi o quinto livro publicado por Adriano Moura, a adaptação para os palcos representa a sua sétima obra teatral. Antes, ele roteirizou os espetáculos "A matrioska ou o jogo da verdade", "Conselho de classe/Relatos de professores", "Meu querido diário", "Pessoas", "O julgamento de Lúcifer" e "Meu nome é Cícero". Como diretor, esta será a sua terceira experiência, pois já esteve à frente dos elencos de "Pessoas" e "Meu nome é Cícero".
A trilha sonora de "A inocência dos mortos" tem assinatura de Gabriel Araújo, e a iluminação, de Marcos Almeida. O figurino ficou a cargo de Ingrid Ribeiro, enquanto Daniel Azeredo é o responsável pela assistência de direção. Vitor Belém assina a preparação corporal.