Campos recebe R$ 57.314.081 em royalties
O repasse de royalties de novembro pelo regime de concessão, referente à produção de petróleo e gás de setembro, foi efetivado nesta segunda-feira (27) para os municípios produtores. Campos recebeu R$ 57.314.081, valor 11,8% maior que o pagamento do mês anterior (R$ 51.258.610,94) e 2,5% superior ao depósito do penúltimo mês de 2022 (R$ 55.911.403,51). Em 2023, o município já recebeu, entre royalties e participação especial, R$ 725.906.532,39.
Para São João da Barra, município do Norte Fluminense que teve a maior alta no repasse deste mês, foram pagos R$ 24.245.438,26 nesta segunda, enquanto em outubro o repasse foi de R$ 20.456.174,86 (+18,5%) e em novembro do ano passado de R$ 19.315.299,65 (+25,5).
Os demais municípios da região também registraram aumento nos royalties de novembro. Carapebus recebeu R$ 7.103.640,48, um crescimento de 15,5% em relação ao mês anterior, cujo depósito foi de R$ 6.151.589,97, e de 15,7% sobre o pagamento de novembro de 2022, de R$ 6.141.670,93.
O repasse desta segunda para Quissamã foi de R$ 15.317.399,76, quantia 17,2% superior aos R$ 13.065.409,62 pagos em outubro. O valor, entretanto, é 10,8% menor que o depósito do mesmo mês do ano passado (R$ 17.168.398,18).
Detentor da maior parcela de royalties entre os municípios produtores do Norte Fluminense, Macaé recebeu em novembro R$ 92.582.443,79, enquanto no mês anterior o repasse foi de R$ 78.419.346,06 (+18,1%) e em novembro de 2022, de R$ 85.913.273,99 (+7,8%).
— Em meio ao conflito que persiste na Ucrânia, questões geopolíticas, posicionamento da Opep e oscilações nos estoques de petróleo dos EUA, aliados ao aumento da demanda, o preço do petróleo Brent foi levado ao máximo do ano, com cotação de US$ 96,55 no final de setembro, mês de referência para o cálculo dos royalties deste mês. A ANP, em seu boletim, publicou que houve recorde na produção total (petróleo + gás natural), bem como na de petróleo e na de gás natural consideradas separadamente e também na produção do pré-sal. Foi produzido um total de 4,666 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d). Foi a maior produção total já registrada, superando o recorde de julho de 2023, com 4,482 milhões de MMboe/d. Com relação ao petróleo, foram 3,672 milhões de barris por dia (MMbbl/d), um aumento de 6,1% na comparação com o mês anterior e de 16,7% em relação a setembro de 2022. A maior produção registrada anteriormente foi a de julho de 2023: 3,513 MMbbl/d. A produção de gás natural em setembro foi de 157,99 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d), um acréscimo de 6,9% em relação ao mês anterior e de 10,4% na comparação com setembro de 2022. Também foi o maior volume até hoje, superando o de julho de 2023: 154,076 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d). A produção do pré-sal continua batendo recorde atrás de recorde e corresponde por 77% da produção nacional. No mês de setembro, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 902,40 mil bbl/d de petróleo e 44,32 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara na jazida compartilhada de Mero, com 179,340 mil bbl/d de petróleo e 11,57 milhões de m³/d de gás. As receitas para o Estado e municípios produtores são excelentes, porém, ainda abaixo das registradas em 2022. Os administradores dispõem de recursos suficientes para ótimos investimentos em todas as áreas. O repasse para dezembro promete uma baixa frente a este, tendo em vista que o preço do Brent começou a oscilar abaixo dos US$ 90 no mês de outubro. Sigamos acompanhando a fim de evitar surpresas desagradáveis para nossos gestores e que em 2024 tenhamos um bom desfecho para essas importantes receitas para todos os municípios produtores e Estado. Ainda aguardamos a Ponte da Integração, que parece não acabar nunca. A melhor notícia é a implantação do HUB de hidrogênio aqui em São João da Barra, que promete dinamizar toda economia local, regional e estadual. Um empreendimento único em toda região Sudeste e com apenas outros em implementação no Ceará e Rio Grande do Norte. Porém, o daqui tem várias outras vantagens frente aos demais. O ciclo do petróleo segue, mas inicia-se um novo potencial energético nacional e internacional. A transição é inevitável e temos que pensar além dos royalties do petróleo. Esse é o maior desafio no momento — destacou o superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu.