Dizem que os políticos são o reflexo da sociedade atual.
Infelizmente, temos visto o declínio do debate eleitoral entre os candidatos a prefeito, não só em Campos, mas em muitas cidades Brasil afora, a exemplo dos debates realizados pela Bandeirantes na última semana.

As campanhas eleitorais estão, de certa forma, descendo de nível a cada dois anos.

Pelo menos nos que acompanhei, Rio de Janeiro e São Paulo, foi de fazer vergonha. Ofensas pessoais gratuitas, críticas com um palavreado descabido para quem se candidata a chefe do executivo municipal, bate-boca, ameaças, até cabeçada teve no debate entre os candidatos a prefeito de Teresina. Proposta, que é bom, não chegou a ocupar 20% do que era dito.

Muitas vezes as falas dos candidatos não representam aquilo que eles realmente querem dizer, pois são ensaiadas e direcionadas pelos profissionais de marketing da campanha. Se isso dá voto ou tira voto do outro eu não sei, mas deve funcionar, já que vemos isso aumentar a cada eleição.

Infelizmente, as pessoas gostam de baixaria, brigas e discussão como entretenimento, é uma espécie de batalha. O Coliseu foi criado com esse propósito no ano 80 d.C. O eleitor é quem não devia votar em quem age dessa forma.

As pessoas querem, ou pelo menos deveriam, ouvir propostas, ideias, soluções para os problemas do trânsito, da saúde, etc., e não assistir a um candidato chamando o outro de vagabundo, entre outros adjetivos. Seria saudável inclusive para os próprios candidatos, que poderiam absorver boas ideias uns dos outros, mas não é o que vemos.

O eleitor sério e responsável deve observar aquele candidato que faz ataques infundados, ou com certa razão, mas de forma desrespeitosa. Isso mostra muito do caráter dele e pode antecipar o que vem por aí caso ele ganhe.

Por outro lado, aqueles muito educados e polidos podem estar escondendo más intenções, um ator. E aí, vale observar a franqueza e a honestidade nas palavras de cada um. Melhor um bronco falando a verdade e com boas intenções, do que um cavalheiro que atua na frente das câmeras.

Ou seja, não é tarefa fácil desvendar quem é quem, por isso, os debates e entrevistas devem ser observados com seriedade e não como entretenimento.