A mesa diretora da Câmara de Campos seguiu parecer da procuradoria da Casa e indeferiu o pedido do vereador Juninho Virgílio (Pros) que queria a anulação da eleição para presidência do Legislativo. A decisão aconteceu em reunião nesta terça-feira (22), mas ainda não houve posicionamento sobre outro processo protocolado pelos vereadores da base governistas e que contesta o fato do vereador Nildo Cardoso (PSL) não ter votado no pleito da última terça (15). Na ocasião, o líder da oposição Marquinho Bacellar (SD) venceu por 13 votos a 12 em uma sessão que precisou ser interrompida por causa de uma confusão generalizada.
Os dois pedidos de anulação foram protocolados no dia seguido à votação, na quarta-feira (16), quando seriam escolhidos os demais integrantes da mesa diretora. Por causa disso, o presidente Fábio Ribeiro (PSD) suspendeu a sessão e a eleição até a análise final.
No processo de Juninho, diz que pretendia se candidatar, mas a Câmara não publicou em Diário Oficial o aviso da eleição e, assim, ele teria sido prejudicado. No outro, vereadores governistas apontam que Nildo Cardoso (PSL) – integrante da oposição – não foi chamado para votar, o que também fere o regimento interno.
Na terça, Fábio entrou no plenário com a assinatura de 13 vereadores declarando apoio à sua reeleição. Na votação, Maicon Cruz (PSC), que havia assinado com o atual presidente, votou em Marquinho Bacellar. O líder da oposição foi, então, proclamado eleito pelo presidente Fábio Ribeiro (o que, ao menos por ora, está anulado. O placar registrado pela imprensa foi de 13 a 12. Só que a base agora, contesta que Nildo não votou. Cardoso era cotado como possível candidato da oposição à presidência da Casa. Contudo, na tribuna, retirou sua candidatura e encaminhou o apoio a Marquinho.
Ao rever o vídeo da sessão é possível notar que realmente Nildo não votou. Aliás, ele nem foi chamado para votar. “Eu perguntei ao secretário porque eu não fui chamado. Acho que depois do 'M', que foi o voto de Maicon Cruz, o emocional falou mais alto”, disse o vereador do PSL, lembrando que sem o voto deleo resultado seria um empate. E o regimento interno prevê a vitória do mais votado nas urnas em caso de empate — e, também nesse caso, a vitória seria de Marquinho.
Já Juninho Virgílio, que estava na secretaria de Governo, mas faz parte da atual Mesa, contesta a decisão de Fábio, que só minutos antes da sessão de terça publicou a pauta a votação da Mesa. Segundo Fábio, no requerimento, Juninho alega que queria ser candidato a presidente, mas foi prejudicado por saber da eleição na última hora. Vale lembrar que o vereador pediu exoneração do cargo de secretário antes de participar da sessão que tinha a eleição da Mesa para o biênio 2023/2024 em pauta.