A 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu, nesta quarta-feira (3), uma nota de repúdio aos frequentes casos de violência contra a mulher. Em Campos, somente nesta semana, foram registrados pelo menos um caso de
feminicídio e outro de
lesão corporal, que repercutiram nas ruas e nas redes sociais.
“A Ordem dos Advogados do Brasil, 12ª Subseção do Rio de Janeiro, através da Comissão Permanente da OAB Mulher, vem a público informar que repudia veementemente toda e qualquer forma de violência contra a mulher.
As constantes notícias que versam sobre violência contra as mulheres demonstram ser urgente e necessária a desconstrução dos estereótipos machistas e o debate de conscientização sobre a discriminação da mulher na sociedade brasileira, para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Os índices de violência contra a mulher são estarrecedores e atinge milhares de mulheres no Brasil.
Ressalte-se que os dados apresentados pelo Conselho Nacional de Justiça apontam que somente no ano de 2018, 536 mulheres foram vítimas de violência a cada hora e o Judiciário recebeu 4.461 processos de feminicídio.
Diante desses índices, conclui-se que a violência contra a mulher não conhece fronteiras geográficas, étnicas, sociais, religiosas ou econômicas e despertam indignação em todo ser humano civilizado.
Não há motivos que justifiquem a violência contra a mulher ou qualquer ser humano.
Em uma sociedade machista e misógina, as mulheres que sofrem violência são constantemente vitimadas, sua palavra, moral e conduta quase sempre são colocadas em dúvida.
Lembramos que toda vez que uma mulher denuncia uma violência sofrida, outras se encorajam a fazer o mesmo.
É fundamental a solidariedade à vítima de violência e o fortalecimento das mulheres como forma de enfrentamento e para que outras mulheres possam denunciar seus agressores.
A OAB/RJ 12ª Subseção, através da Comissão Permanente da Mulher se solidariza com as vítimas de violência contra a mulher e seus familiares, permanecendo na missão de conscientização sobre o tema, além de promover ações para prevenção e enfrentamento a esse tipo de crime.
Não nos intimidarão e nem nos calarão! Seguiremos firmes na defesa das mulheres, da democracia e dos direitos humanos”.