Verônica Nascimento
30/07/2018 15:42 - Atualizado em 19/11/2018 14:32
Já foi pronunciada pela Justiça e será levada a júri popular a ex-bancária Luana Barreto Sales, apontada como mandante da morte da cunhada e amiga de infância Ana Paula Ramos, de 25 anos, vítima de uma emboscada inicialmente disfarçada em assalto, no dia 19 de agosto, na pracinha do Parque Rio Branco, em Guarus. O Tribunal do Júri para o caso ainda não tem data definida. As informações foram passadas pelo delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Luis Maurício Armond. Através das investigações da Polícia Civil, também irão a julgamento os outros envolvidos no homicídio da universitária: Marcelo Henrique Damasceno, que teria, a mando de Luana, intermediado a contratação de Wermison Carlos Sigmaringa e Igor Magalhães de Souza, executores do crime.
Conforme investigações da Polícia Civil, no dia da emboscada, Luana convidou Ana Paula para ir até o Parque Rio Branco, em Guarus, visitar a obra de sua casa. Depois, elas veriam o vestido que Luana usaria no casamento da vítima. No local, Luana chamou a cunhada para tomar um sorvete na praça e este seria o sinal para a execução do plano de falso assalto. Atingida por tiros na cabeça e no tórax, a universitária foi socorrida por populares e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM) na carroceria de uma caminhonete. Com morte cerebral constatada na semana seguinte, no dia 21 de setembro, a jovem teve morte decretada por falência múltipla dos órgãos na noite do dia 23. Luana foi presa por policiais militares no HFM, em uma roda de orações pela vida de Ana Paula.
No dia 8 de maio, aconteceu a primeira audiência do caso, no Fórum Maria Tereza Gusmão. Dos quatro acusados, apenas Luana depôs. Além dela, 11 testemunhas de acusação seriam ouvidas, mas algumas se recusaram a falar perante os acusados. Também testemunharam a mãe da Ana Paula e o irmão da vítima, que é marido de Luana.
Na audiência, o delegado titular da 146ª DP, Luís Maurício Armond, contou que, no caso, chamou a atenção a quantidade de disparos efetuados para um crime patrimonial, um assalto. Armond também destacou que a Luana titubeou na hora de fazer o reconhecimento de um dos criminosos, tendo chegado a afirmar, durante as investigações, que ela teria contratado os homens para dar um susto na Ana Paula, e não para matar. Segundo o delegado, entretanto, o Igor foi categórico em dizer que o “susto” se tratava de assassinato. Os três acusados de serem os executores permaneceram com as cabeças abaixadas durante o procedimento.
Mandante e suspeitos foram apreendidos
Suspeitos foram apresentados em coletiva
Conforme o inquérito que gerou a pronúncia, Luana teria contratado os executores, Igor Magalhães de Souza, 20 anos, preso no dia do crime, e Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, 20 anos, através do namorado de outra amiga, Marcelo Henrique Damasceno de Medeiros, 18 anos. Eles contaram que Luana pagou R$ 2,5 mil pela morte da cunhada e que R$ 500 teriam sido pagos no local do crime.