Em meio à paralisação nacional dos caminhoneiros, a unidade do Pró-Rim, no Centro de Campos, está em situação crítica, com redução do tempo na diálise para poupar recursos. A unidade aguarda a chegada do caminhão com insumos desde o início da greve, e tinha expectativa que o abastecimento ocorresse na noite desse sábado (26), o que não aconteceu.

O Pró-Rim informou nesta segunda-feira (28) que o estoque segue abaixo da quantidade necessária, mas os atendimentos continuam sendo feitos.

Ainda em consequência da greve dos caminhoneiros, a secretaria de Estado de Saúde suspendeu a realização de cirurgias eletivas na rede estadual a partir desta segunda-feira. A secretaria afirma que o estoque de sangue está baixo e pede à população que compareça às unidades de coleta para doação.

— Estamos monitorando a situação 24 horas por dia. Todas as nossas unidades estão em funcionamento, mas com os baixos estoques de sangue precisamos priorizar as cirurgias de urgência e emergência. Quem morar ou trabalhar próximo ao hemocentro e puder doar sangue vai nos ajudar a salvar vidas — disse o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Gama.

A Prefeitura de Campos, por meio de suas secretarias e superintendências, informou que vem adotando as medidas possíveis para minimizar os efeitos da paralisação nacional dos caminhoneiros. O esforço maior, segundo o município, é no sentido de manter os serviços essenciais à população. 

“Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão sendo priorizados os atendimentos de urgência e emergência. Não houve até, o momento, registro de falta de medicamentos da atenção básica, visto que os estoques foram repostos antes da paralisação. Tanto nas UBS, quanto nos hospitais do município — Hospital Geral de Guarus e Hospital Ferreira Machado — são realizados levantamentos constantes para atualização do estoque. Um novo levantamento de atualização está sendo realizado nesta segunda”, diz nota da Prefeitura, que, no início da noite desta segunda, informou que "o IMTT solicitou escolta à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para a chegada de óleo diesel para abastecer os ônibus do município. Mais cedo, também foi viabilizado combustível para abastecimento das ambulâncias e da coleta de lixo". 

A administração do Hospital Escola Álvaro Alvim informou que todos os estoques de insumos estão suficientes, até o momento, para superar este período de dificuldades de transporte, incluindo medicamentos. “As entregas destes insumos foram feitas normalmente. Nossos suprimentos de gases hospitalares também estão sendo fornecidos normalmente. Assim, não houve paralisação de nenhuma atividade no hospital”.