Suzy Monteiro
01/12/2017 22:21 - Atualizado em 04/12/2017 16:27
Mais quatro vereadores foram condenados em Ação Penal da Chequinho. Desta vez, o juiz Ricardo Coimbra, da 76ª Zona Eleitoral de Campos, condenou Thiago Virgílio (PTC), Linda Mara (PTC), Kellinho (PR) e Jorge Rangel (PTB) a 5 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto por participação no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal em Campos. Eles também tiveram decretada a perda do mandato, mas, como ainda cabe recurso, ficam no cargo até julgamento em segunda instância por órgão colegiado. Antes disso, já foram condenados o ex-secretário de Governo de Campos, Anthony Garotinho (PR), em setembro, e os vereadores Ozéias (PSDB) e Miguelito (PSL), além da ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social Ana Alice Alvarenga e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão Gisele Kock também por crimes que resultaram na operação Chequinho.
De acordo com a decisão, “o primeiro denunciado, Kellenson, ofereceu e efetivamente deu, direta ou indiretamente, através de intermediários a vários eleitores, todos moradores do Parque São José, Guarus, benefício do cheque cidadão, sem a observância dos procedimentos previstos na lei municipal nº 7.956/2007”. O magistrado ainda cita que “Tudo era viabilizado através de acerto com a secretária municipal e com a coordenadora do Cheque Cidadão, Ana Alice e Gisele”.
Já sobre Linda Mara, Ricardo Coimbra afirma que a hoje vereadora “efetivamente entregou aproximadamente 1.518 cheques cidadãos aos beneficiários por ela indicados em troca de votos, conforme documentos de fls. 247, do apendo ao IPL 236/2016.... Tudo de forma organizada e estável com o grupo criminoso”.
No que tange ao réu Thiago Virgílio, “este efetivamente entregou pelo menos 487 cartões aos beneficiários por ele indicados, conforme documento constante de fls. 247 do apenso ao IPL 236/2016, diretamente e indiretamente”, diz a sentença.
Quanto a Jorge, este, conforme a denúncia, “entregou efetivamente 1.038 cartões aos beneficiários, em troca do voto, conforme documento de fls. 247 do apenso ao IPL 236/2016, direta e indiretamente”.
Outros – A primeira sentença, de 11 de setembro, condenou o ex-governador Garotinho, hoje preso na operação Caixa d’água, a nove anos e 11 meses de prisão por corrupção eleitoral, repetida 17.515 vezes, associação criminosa, supressão de documento e coação no curso do processo.
Já em 16 de outubro saiu a sentença de Ozéias e Miguelito, condenados a cinco anos e quatro meses de reclusão em regime semiaberto e ainda tiveram decretada perda dos mandatos.