A torcida do Americano ainda nem tinha engolido totalmente a eliminação na semifinal da Série B1 do Campeonato Estadual para o arquirrival Goytacaz, e nesta quarta-feira (27) amargou mais uma derrota, perdendo o título da Copa Rio para o Boavista de Saquarema. O Cano jogou no estádio Antônio Ferreira de Medeiros, em Cardoso Moreira, pela partida de volta da final e perdeu nos pênaltis por 4 a 2. No primeiro jogo da decisão, o Americano levou a melhor sobre o Boavista no Estádio Elcyr Resende, em Bacaxá, e dependia só do empate. No entanto, o placar de 1 a 0 no tempo regulamentar para o Verdão levou a partida para as penalidades. Com a derrota, o time campista fica com a vaga que o Boavista não quiser nas competições nacionais: Copa do Brasil ou na Série D do Campeonato Brasileiro. Ao fim da partida teve revolta da torcida do Cano e um princípio de confusão.
Lances do jogo — O jogo começou meio truncado e bastante estudado, mas já com oportunidades do Americano. O Verdão reagiu e fez boas cobranças de falta e também levou susto em bolas aéreas após escanteios. Mas, os lances mais perigosos foram do Cano nos minutos finais do primeiro tempo. Aos 44 minutos, Carlos André faz uma grande jogada pelo lado direito, passou por toda a marcação e entra na pequena área. Ele bate no canto, mas Victor aparece em cima da hora e impede o gol do Americano.
As equipes voltaram a campo sem alterações para o segundo tempo. Em busca da vitória, o Boavista colocou pressão logo nos primeiros minutos da segunda etapa.
Após cobrança de escanteio, Leandrão marcou de cabeça o primeiro gol do jogo para o Boavista, aos 7 minutos. Júlio César cobrou o escanteio pelo lado direito, a bola desviou em Jairo Paraíba e Leandrão, quase em cima da linha, escorou para o fundo do gol.
Aos 22 minutos do segundo tempo, o Americano quase arrancou um empate com chute de Jairo Paraíba, mas a bola bateu na trave.
Nos pênaltis, cinco cobranças para cada lado e o destino da taça estaria definido. Na verdade, nem foi preciso isso tudo, graças ao excelente aproveitamento do goleiro Rafael, do Boavista. Ele foi superado por Wederson, mas defendeu as duas cobranças seguintes de Espinho e Rafinha.
Enquanto o Alvinegro pecava na marca da cal, o Verdão era frio. Júlio César, Jean e Kadu Fernandes converteram as suas batidas, jogando o peso para Paulo Roberto, que não poderia errar pelo Cano. O meia converteu e deu sobrevida aos campistas, mas Thiaguinho Silva arrematou com perfeição a quarta tentativa do Boavista, fechando em 4 a 2 e decretando o título inédito para o time da Região dos Lagos. (A.N.)