Morreu nessa quarta-feira (27), aos 91 anos, Hugh Hefner, fundador da revista “Playboy”. Ele faleceu de causas naturais em sua casa, a mansão Playboy, que fica em Los Angeles.
O anúncio da morte de Hefner foi divulgado pela conta da revista, no Twitter: “A vida é muito curta para viver o sonho de outra pessoa”, escreveu a conta, parafraseando o homem que levou a imagem de mulheres nuas ao imaginário coletivo americano.
Criada em 1953, a revista teve um papel importante na mudança de atitude a respeito da sexualidade registrada no século XX. Mestre do marketing, a habilidade de Hefner para a autopromoção tornou impossível separar a sua própria imagem da de seu império.
A primeira publicação da revista foi em 1953, quando não havia espaço para falar sobre sexo nos Estados Unidos. Em plena década de 50, Hefner publicou fotos de Marilyn Monroe nua. Apesar de proibidas para adolescentes, as publicações tornaram-se uma espécie de “bíblia” para os homens.
O conteúdo trazia fotos e textos picantes — além de entrevistas dinâmicas e profundas com personagens como Fidel Castro, John Lennon, Frank Sinatra, Marlon Brando, o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.
“Meu pai viveu uma vida excepcional e impactante. Defendeu alguns dos movimentos sociais e culturais mais importantes do nosso tempo, a liberdade de expressão, os direitos civis e a liberdade sexual”, destacou Cooper Hefner, filho de Hugh, diretor criativo da “Playboy”, em um comunicado.
Mesmo com a idade avançada, Hugh Hefner manteve um papel bem ativo na parte editorial de sua revista, definindo capas e a “coelhinha” de cada mês. (A.N.)