Paula Vigneron
31/03/2017 10:41 - Atualizado em 01/04/2017 13:29
Um taxista foi vítima de assalto na noite dessa quinta-feira (31), em Campos. De acordo com informações da Polícia Civil, durante a corrida, em direção a uma igreja na localidade do Carvão, o passageiro rendeu o profissional e roubou o veículo. A vítima conseguiu escapar. O bandido seguiu com o carro, sofreu um acidente e capotou.
O assaltante também fugiu e não foi encontrado pela Polícia Militar. O carro foi levado até a 134ª Delegacia de Polícia (Centro) — onde o caso foi registrado para investigação — pela empresa Pátio Norte.
As situações de violência registradas contra os profissionais da área, como a morte de Paulo César Rosa Ferreira Júnior, de 37 anos, têm preocupado os taxistas. No dia 10 de janeiro, em Brejo Grande, o motorista foi encontrado morto próximo ao veículo em que trabalhava. Ele tinha marcas de tiros na cabeça e no tórax. Pertences pessoais da vítima foram roubados. Na época, dois adolescentes foram apreendidos após o crime.
Para o taxista José Lírio dos Santos, que está na profissão há 15 anos. Desde o início, seu táxi fica na avenida Sete de Setembro. Ele afirma que é necessário que os motoristas tenham atenção em todos os momentos, principalmente em relação aos passageiros:
— Eu sempre avalio. Se tem alguém para quem eu olho e não me agrada, eu passo para um colega. Ele dá a mesma resposta. E eu só trabalho durante o dia. A noite, só atendo os passageiros conhecidos que me ligam.
Apesar dos receios, José Lírio comentou que, em seu horário de trabalho, sempre vê, pelas ruas, a atuação da Polícia Militar, em rondas e blitzes. “Me sinto seguro. Mas assaltante é surpreendente. Ele chega na hora que dá. Temos que trabalhar com prevenção no trânsito, com atenção. Não podemos estar desligados”, ressaltou.
Há cerca de um mês, Jeferson Silva Gomes, de 24 anos, começou a trabalhar como taxista, na Praça São Salvador. Até o momento, não passou por situações de perigo. Assim como José Lírio, ele busca ficar atento às pessoas que pedem seus serviços.
—Vou por instinto. Não dá para saber. Na semana passada, um colega foi assaltado. Pediram uma corrida para o Parque Santa Rosa e o roubaram. Trabalhamos para ganhar uma mixaria e outras pessoas vêm para roubar. É revoltante — disse.
A equipe de reportagem tentou contato com o comandante do 8° BPM, tenente-coronel Fabiano Santos de Souza, mas, até o fechamento desta matéria, não conseguiu.