O Gabinete de Crise e Combate à Covid-19 de Campos se reuniu nesta segunda-feira (24), apresentando estatísticas epidemiológicas que apontaram para a manutenção de Campos na Fase Amarela, mas com estado de alerta sobre a necessidade de respeito às medidas sanitárias e protocolos de segurança para evitar a disseminação do contágio.
O subsecretário de Saúde, Paulo Hirano, representou o prefeito Wladimir Garotinho e o vice-prefeito Frederico Paes, em agenda oficial fora do município, e conduziu a reunião do Gabinete de Crise com a presença do subprocurador geral, Gabriel de Assis Rangel, e o procurador, Leonam Rodrigues, o subsecretário de Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica, Charbell Kury, técnicos da prefeitura, representantes do setor produtivo, vereadores, autoridades públicas e outros membros da sociedade civil.
“Devemos continuar mantendo as medidas preventivas, independente da questão da fase em que nos encontrarmos, no que diz respeito à contaminação, manter o distanciamento social, o uso de máscara, a higienização das mãos, mesmo os vacinados”, declarou o subsecretário de Saúde, Paulo Hirano, que em seguida passou a palavra para o subsecretário Charbell relatar dados estatísticos.
O subsecretário de Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica expôs estudo epidemiológico referente às duas semanas posteriores ao último encontro realizado, em 10 de maio, que sinalizaram a transmissibilidade e contagiosidade em curva decrescente da infecção pela Covid-19.
“Temos tido muito cuidado, a cada semana epidemiológica, para sermos bastante rigorosos na vigilância, mas também sendo sensível à demanda da sociedade. O equilíbrio entre uma posição e outra fez Campos ser a primeira cidade a sair da fase vermelha”, pontou Charbell.
Em março, Campos deflagrou vigilância sentinela que mostrou a cidade em risco de explosão de casos, o que acabou acontecendo no final do mês para início de abril, explica o subsecretário Charbel. “A gente saiu de vermelho, de risco alto, em 23 de março, fomos para roxo, a fase mais perigosa, logo depois retornamos à fase vermelha, no dia 16 de abril, graças às medidas adotadas, de mitigação, de abertura de leitos, à vacinação acelerada”, relacionou o subsecretário de Atenção Básica, lembrando que de 22 a 28 de março foram feitas 14 mil vacinações, em uma estratégia que gerou resultados.
Em 13 de maio, diz Charbel, “a cidade estava em laranja e o Estado nos mostrava em amarelo, que indica que Campos tem vigilância mais sensível que a estadual, que a gente consegue identificar mais precocemente o quadro epidemiológico, e que as medidas do governo de Campos foram eficazes”. Charbel lembrou que a explosão de casos com descida lenta é clássica de “uma variante agressiva, o que o município confirmou com a vigilância genômica”.
Campos incorporou um novo componente nos cálculos de monitoramento das fases, que é o número de pessoas em fila de espera, “por isso Campos estava ainda em laranja, quando o Estado indicava Fase Amarela, porque ainda tínhamos fila de espera, que acabou aproximadamente em 8 de maio”, cita Charbel. “Hoje, o que temos é a fila do sistema: a pessoa chega no hospital, verifica necessidade de internação no sistema e esse regula até o final do dia”, pontua o infectologista.
Flexibilizações mantidas - A reunião do Gabinete de Crise manteve as flexibilizações anunciadas no dia 21 de maio, como a permissão da prática de exercícios aeróbicos e esportes coletivos praticados ao ar livre, permitindo-se ainda a realização de campeonatos, sendo vedadas torcidas ou qualquer outro tipo de aglomeração.