Responsável pela maior gafe da história do Oscar, a troca de envelopes que acabou dando, por alguns minutos, o prêmio de melhor filme ao concorrente errado na festa de 2017, a empresa de contabilidade e auditoria PwC vai se manter como parceira da premiação, segundo o site da revista The Hollywood Reporter. A decisão foi tomada pelo conselho da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que se reuniu na noite desta terça-feira (28), em Beverly Hills.
A reunião durou cerca de seis horas — foi a primeira vez que o conselho se encontrou pessoalmente desde a cerimônia do Oscar, em fevereiro. No encontro, o presidente da divisão americana da PwC, Tim Ryan, se desculpou novamente pela confusão em nome dos consultores Brian Cullinan e Martha Ruiz, que estavam no palco da festa e foram os responsáveis diretos pelo erro.
Ao final da cerimônia de 2017, quando chegou a hora de anunciar o principal prêmio da noite, o de melhor filme, Cullinan entregou aos apresentadores Warren Beatty e Faye Dunaway o envelope errado — o que continha o nome de Emma Stone, vencedora da estatueta de melhor atriz por “La La Land — Cantando Estações”. Confusos, Beatty e Faye acabaram anunciando “La La Land” como vencedor, quando, na verdade, o ganhador era “Moonlight — Sob a Luz do Luar”. Os produtores de “La La Land” já estavam no meio de seu discurso de agradecimento quando o erro foi percebido e corrigido, causando um constrangimento geral.
Em um e-mail enviado aos membros da Academia nesta quarta (29), a presidente, Cheryl Boone Isaacs, resumiu as conversas que o conselho vem tendo com a PwC desde a noite do Oscar. “Caminhando rumo ao 84º ano de trabalho com a PwC, uma parceria que é importante para a Academia, fomos irredutíveis quanto ao fato de que o erro cometido por representantes da empresa foi inaceitável”, disse.