“O Leitor” (The Reader, 2009) foi o filme exibido na quarta-feira (22), no Cineclube Goitacá. O longa-metragem, do diretor Stephen Daldry, baseado no livro de Bernhard Schlink, reuniu os cineclubistas na sala 507 do edifício Medical Center. A apresentação foi da agente cultural Luciana Portinho, que ressaltou a densidade da história.

— É um filme que levanta questões morais, éticas e históricas. Não é um romance qualquer. Ele envolve o que tem por trás da vida das pessoas. É uma história que fala de um rapaz que se apaixona por uma mulher, sendo sua primeira experiência afetiva e, anos depois, ele descobre coisas sobre ela que tornam o filme muito denso — relatou.

A história contada em “O Leitor” começa na Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial. O adolescente Michael Berg (David Kross) se envolve, por acaso, com Hanna Schmitz (Kate Winslet), que tem o dobro de sua idade. Apesar das diferenças de classe e idade, eles se apaixonam e vivem uma história de amor. Até que um dia Hanna desaparece misteriosamente.

Oito anos se passam e Berg, um então interessado estudante de direito, fica surpreso ao reencontrar Schmitz, seu amor passado de adolescência, no banco de réus de um polêmico julgamento por crimes de guerra cometidos pelos nazistas que ele acompanhava em um tribunal alemão.

Ao final do filme, Luciana Portinho destacou a atuação de Kate Winslet.

— O trabalho dela é espetacular. O filme concorreu ao Oscar em várias categorias, mas ganhou apenas o de melhor atriz. É uma personagem muito forte, que, inclusive, prefere se omitir no seu julgamento a confessar que não sabia ler, sendo que o Michael, muito bem trabalhado pelos dois atores, também preferiu não revelar o segredo dela — disse Luciana, que ainda descreveu a fotografia da obra como “lindíssima”.