Celso Cordeiro Filho e Jhonattan Reis
15/03/2017 12:47 - Atualizado em 17/03/2017 17:46
A II Semana de Artes da Candido Mendes prossegue nesta quarta-feira (15) com noite de autógrafos dos autores campistas Adriano Moura e Paula Vigneron. Eles autografarão “Todo Verso Merece um Dedo de Prosa” e “Sete Balas ao Luar”, respectivamente.
Adriano salientou que “vai ser uma excelente oportunidade para conversar sobre criação, editoração e publicação. Eu agora estou nas duas pontas, porque além de autor sou também editor executivo da Editora Essentia, do IFF (Instituto Federal Fluminense)”.
Por sua vez, Paula Vigneron observou que “a II Semana de Arte da Universidade Candido Mendes cumpre seu papel não somente em relação à educação, mas também em relação à cultura da cidade ao trazer diversos temas interessantes para o debate entre alunos, professores e campistas que atuam em diversas áreas da produção cultural. Eu me sinto extremamente grata pelo convite da organização do evento e tenho Certeza de que será uma noite de aprendizados para mim. É importante haver essa troca dentro de uma instituição de ensino”.
E, logo em seguida, acrescentou: “Participarei a convite de Carol Poesia, da mesa ‘A escrita criativa e os desafios da publicação’, com o professor e escritor Adriano Moura e a atriz e também escritora Marcelle Louback na mediação. Será um momento em que falaremos sobre os livros publicados e a relação com o mercado editorial, que, em minha opinião, é difícil em uma cidade que ainda oferece poucas oportunidades para quem escreve”.
Noite de abertura
“Deixo esta pergunta aqui: Até que ponto o poder público é tão importante assim que a gente não pode fazer (arte) por conta própria? E até que ponto não nos acomodamos com essa ‘facilidade’ de verba pública para estar financiando nossas atividades?”. O questionamento foi feito pelo poeta e jornalista Aluysio Abreu Barbosa, durante debate sobre o cenário artístico de Campos que abriu a II Semana de Artes da Candido na última segunda (13). Aluysio apontou que manifestações artísticas acontecem independente do poder público, como aconteceu com o Carnaval campista.
Na mesa de debate de segunda também estiveram presentes o diretor teatral Fernando Rossi, a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Cristina Lima, a superintendente de Igualdade Racial, Lucia Talabi, e o agente cultural Bruno Macedo. O debate passou pela “ausência, nos governos anteriores, de uma política cultural em Campos”, e a perspectiva de se construir uma política de cultura para o município a partir da participação dos atores locais como artistas, produtores e universidades. Também foi abordada a participação cultural dos negros na região, lembrando da importância da cultura como instrumento de igualdade racial.
A programação de hoje (15) começa às 9h, com oficinas de zouk, ministrada por Paulo Barcellos, e de stiletto, com João Luis. Às 18h, há exposição de artes plásticas e visuais com a professora Mariângela Marques.
Já às 19h, a Semana de Artes recebe os autores Adriano Moura e Paula Vigneron, com bate-papo sobre o tema “escrita criativa e os desafios da publicação”. A mediação é de Marcelle Louback.
Amanhã (16), há oficina de dança do ventre às 11h, com Edhuardo Rodrigues. O encerramento acontece com a Noite Cultural, a partir das 19h, no auditório da instituição.
— Será um palco democrático, onde alunos, professores, funcionários e artistas da comunidade realizam apresentações artísticas — explicou a organizadora do evento, Carol Poesia.