Moto Club faz 85 anos e inicia festejos
Jhonattan Reis 13/03/2017 18:26 - Atualizado em 15/03/2017 15:01
O Moto Club de Campos, mais antigo do Brasil em atividade, chega aos seus 85 anos em 24 de julho de 2017 — na mesma semana em que se comemora o dia do Motociclista, 27 de julho — e, para iniciar as comemorações da data, será realizado, neste sábado (18), o I Moto Beer Festival. O evento acontece entre 11h e 22h, em um estacionamento localizado na rua Conselheiro Otaviano, 214, no Centro, com entrada gratuita. Idealizador e organizador do I Moto Beer, João Alberto Marinho explica que serão várias atrações.
— Vai ter cervejaria artesanal, churrasco, stand de lojas com vendas de acessórios e talvez até de motocicletas, exposição de motos atuais e antigas, além de música ao vivo com o DJ Júlio Cossolosso, às 18h, e com a banda Cântarus, a partir das 20h — disse João, lembrando que haverá uma motociata, que sairá às 10h da sede (avenida XV de Novembro, 887, no bairro Caju) até o local da comemoração.
Segundo o presidente do Moto Club de Campos, Natanael Sales Fernandes, que é sócio há mais de 15 anos, serão vários eventos em 2017 para celebrar os 85 anos.
— Sábado é apenas o início das comemorações, que vão se estender até o dia 17 de dezembro, último domingo antes do período de festas de fim de ano. Os outros (eventos) acontecerão na própria sede do clube. Lá, na sede, acontecem reuniões todas as sextas-feiras, sendo que há evento de 15 em 15 dias, com associados e amigos. Inclusive, sexta-feira agora (17) temos show com Renato Rio Blues, a partir das 20h.
Natanael lembra que o objetivo do evento é aproximar cada vez mais o Moto Club da sociedade.
— Também para isso, “abrimos” os muros da nossa sede, há uns dois anos. Eles (muros) eram altos demais. Então colocamos grades e o local ficou mais aberto, para que todos possam passar e olhar o que acontece no interior do Moto Club. Com isso, sentimos diferença. Um vizinho da sede, por exemplo, não conhecia o espaço e nem sabia o que é realizado lá, e ele foi conhecer. Também temos um museu nosso e quem quiser saber da história do moto clube e de algumas motos, pode ir lá às quartas e sextas-feiras, a partir das 20h, sendo preferencial às sextas.
O presidente descreveu o Moto Club de Campos, que atualmente conta com 65 sócios, como uma família.
— E buscamos manter essa postura, que veio com o clube desde seu nascimento. Um dos nossos membros mais antigos é o Jorge Antônio Fernandes, desde 1967, e quando recebemos um novo sócio, sendo que são 12 meses de avaliação para alguém entrar no nosso moto clube, a pessoa passa por um batismo, que é um momento de festividade. E, no moto clube, se você coloca o colete, é responsável pela nossa filosofia, que é de usar equipamento de segurança, respeitar as leis de trânsito, não beber e dirigir ou pilotar.
O tesoureiro do Moto Club, Cláudio Nogueira Martins, explicou o porquê do colete preto e da caveira como símbolo.
— O preto é a ausência de cor, e isso significa uma uniformidade, que a gente não tem partido político, clube de futebol, profissão ou religião, pois somos todos iguais. Já teve sócio de todas as profissões aqui, como padre e policial, por exemplo, mas não é isso que importa para a gente. E a caveira tem o mesmo significado, porque quando as pessoas morrem, todos são iguais. A igualdade é uma filosofia nossa. Quando você coloca o colete, não importa quem você é.
Cláudio ressaltou, ainda, o respeito entre os motociclistas. “Existe um preconceito, pois as pessoas acham que todo motociclista é violento. Isso acontece porque nos Estados Unidos há realmente muitas facções e eles brigam entre si quando se encontram, há rivalidade. Porém, aqui no Brasil não existe isso, somos todos irmãos. Inclusive, os clubes costumam trabalhar com solidariedade, como o nosso moto clube, que já fez eventos para arrecadar doações de materiais para o Asilo do Carmo e doação de sangue para o Hemocentro”, relatou.
Ele também comentou sobre as diferenças entre motociclistas e motoqueiros. “O motociclista é aquele que respeita as leis de trânsito, anda com capacete e equipamentos de segurança. Já o motoqueiro anda de sandália, sem capacete, faz pirueta nas ruas, sem nenhum critério”.

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