— Vamos trabalhar muito com essa questão das parcerias, porque a gente sabe da situação do Governo e do quão sucateados encontramos os equipamentos do teatro. A primeira fechada foi essa com o Sated. As outras a gente está buscando, mas nada ainda foi fechado. E a reabertura do Teatro de Bolso acontece em uma data muito sugestiva, sendo que será o primeiro encontro com a classe. É importante ressaltar que não é a Prefeitura que está bancando esse festival. Ele (festival) é do Sated e será apresentado no TB para reabrir o teatro.
De acordo com Fernando, depois da data do festival, ele e sua equipe estudarão metas para o TB em 2017. “Inclusive, essa equipe ainda será fechada. A minha nomeação saiu para justamente começar a resolver nisso. Vamos definir o que vai acontecer, como vai ser essa ocupação artística, os ensaios, a volta do curso de teatro e outras ações que vão ocorrer no TB, que vai virar um espaço vivo. A ideia é que essa casa respire arte, porque ela foi feita para isso. Não esquecendo que a prioridade é a produção local”, disse.
Fernando também ressaltou que todas as ações estão visando uma única finalidade: “Dar vida ao Teatro de Bolso. É lamentável o teatro estar fechado. Foi lamentável ver a forma como ele foi tratado nos últimos anos, e a ocupação dos artistas, no ano passado, foi uma resposta a esse marasmo, a esse absurdo que a gente viu. Primeiro houve argumento da construção de um elevador para acessibilidade, depois a questão do ar condicionado. É incompreensível que um teatro como este tenha ficado quase cinco anos fechado por supostamente esses problemas”.
Transparência foi a palavra usada pelo diretor para descrever a forma de diálogo com os artistas da cidade. “As pessoas saberão o que pode ou não ser feito em relação ao Teatro de Bolso. Vamos dialogar de igual para igual. Eu sou artista tanto quanto o outro, com necessidades e expectativas em relação à arte. Este vai ser um trabalho de resgate, para que as pessoas da arte se apoderem daquele espaço, com produções para o público, que vai saber que ali é uma casa de espetáculos, um local onde se produz arte”, relatou.
No festival, segundo Fernando, a equipe que estará à frente da cultura na cidade será apresentada aos artistas. “A presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Cristina Lima, e toda a equipe já vai iniciar conversa com todos, para manter o diálogo com a classe artística da cidade. Também será forma de dar uma satisfação e apresentar para a classe as novas perspectivas que estão sendo pensadas para a cultura”.
Ainda segundo Rossi, ainda não há outros eventos marcados para depois do festival. “O teatro não vai funcionar ainda porque faltam muitas coisas para a gente receber, como o salão da parte de cima do TB e a sala de ensaio”, comentou, apontando como grande desafio o resgate de um público. “Grande parte das pessoas da nova geração não sabe que no Centro da cidade há um teatro como este, que é uma referência histórica, que faz parte da história da cultura campista. Vamos devolver o Teatro de Bolso para o artista e para o público, e isso vai acontecer naturalmente”.
Festival — As inscrições para o Festival de Esquetes do Sated-RJ começaram no dia 10 de fevereiro e vão até amanhã (10). No festival, que é aberto a trabalhos de todo o Norte e Noroeste Fluminense, será realizado de forma simultânea em seis cidades: Cabo Frio, Petropólis, Nova Iguaçu, Itaboraí e Volta Redonda, além de Campos.
No TB, como nos demais palcos fluminenses, serão 10 apresentações, com premiações para 1º, 2º e 3º lugares, melhor ator, atriz, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, texto original, conjunto estético cênico e ambientação sonora.