Trajetória de Eduardo Chacur acaba em livro
Matheus Berriel 04/03/2017 15:48 - Atualizado em 04/03/2017 15:48
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É impossível relatar a história da Associação dos Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa e Adjacências (Carjopa) sem dar um capítulo à parte para o empresário Eduardo Chacur, que ficou à frente da instituição durante mais de dez anos. Sabendo disso, o jornalista campista Renato Wanderley foi além. Decidiu escrever um livro com foco na história do ex-presidente da Carjopa, apelidado de “O Homem do Centro”, tendo como pano de fundo os grandes feitos e o crescimento da entidade ao longo dos últimos 20 anos. O livro tem prefácio do juiz aposentado Edmundo Machado e apresentação do jornalista Aloysio Balbi.
“A história do livro fala da minha trajetória de mais de dez anos na presidência. Relata a luta da Carjopa para revitalizar o Centro de Campos”, disse Eduardo Chacur, que é filho de pai e mãe libaneses. A chegada dos pais a Campos, em 1920, marca o início da história. Em 1972, com o falecimento do pai, Riscalla Chacur, Eduardo assumiu o comando das Organizações Riscalla Chacur, ou a “Feira Livre”, como já era conhecida desde a época. Um dos fundadores da Carjopa, em maio de 1996, foi eleito presidente em 2005, ficando até o ano passado, quando foi substituído por João Elias Waked Filho, justamente o primeiro presidente da instituição.
O reconhecimento pelo trabalho na presidência da Carjopa foi recebido com entusiasmo por Eduardo Chacur. “É como se eu tivesse deixado um legado. Nunca tive interesse próprio, sempre foi uma luta pela cidade. Ver parte dela sendo concretizada e a minha luta reconhecida é muito gratificante”, destacou. Entre as conquistas relatadas no livro, o empresário destaca como principal a revitalização do Centro Histórico, que nos últimos anos foi recuperado, repaginado e reestruturado. Porém, apesar da evolução, ressalta que a luta da Carjopa não pode terminar. “O ideal seria que tirassem os fios e postes das ruas do Centro, o que também estava no projeto. Depois, pedir para os comerciantes tirarem os letreiros. A ideia sempre foi fazer o Centro virar um pólo de turismo. Digo que o meu dever não foi totalmente cumprido porque não consegui 100% do que eu queria, mas o saldo é muito positivo, a árvore está plantada. Minha raiz está lá. Foram grandes conquistas junto à Prefeitura, trouxemos projetos da Petrobras para a cidade, participamos da mobilização pelos royalties, entre tantas outras coisas. Tudo o que foi feito, está documentado, e isso é realmente gratificante”, enfatizou.
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A pauta de reivindicações entregue pela Carjopa aos prefeitos de Campos foi publicada na íntegra no livro, que também conta com depoimentos de pessoas próximas a Eduardo Chacur e de grandes nomes da imprensa campista, com artigos escritos sobre o empresário e sobre a entidade nas últimas duas décadas. Um dos depoimentos é do jornalista Celso Cordeiro Filho, atual editor da Folha Dois, que, à época, escrevia para o extinto Monitor Campista. A imprensa, aliás, tem um espaço de destaque no acervo pessoal de Eduardo, na parede de seu escritório, que é coberta de condecorações, diplomas, fotos com amigos e familiares e matérias de jornais nas quais é citado. Fazem parte do conteúdo jornalístico várias páginas de edições da Folha da Manhã. A mais nova peça do acervo é um quadro com o desenho que virou capa do livro, feito pelo caricaturista Marco Antônio Rodrigues. Na arte, Eduardo aparece bem à vontade no cenário da rua João Pessoa, palco da maior parte da história.

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