Insegurança no transporte
Daniela Abreu 21/02/2017 22:01 - Atualizado em 22/02/2017 18:12
O usuário do transporte público ou alternativo em Campos tem sido refém dos maus serviços prestados. Se de um lado não há frota de ônibus suficiente para atender a demanda de linhas onde há fluxo intenso de passageiros em horários de pico, do outro, passageiros são espremidos em vans, que não poderiam fazer o transporte de passageiros de pé, muito menos com portas abertas. A falta de informação nos últimos anos sobre os meios para denunciar as irregularidades também foi apontado pelos passageiros como causa da impunidade.
Leandra Souza trabalha no Centro e contou que ficou 20 na rua Cora de Alvarenga, no Parque Leopoldina, aguardando uma condução e uma van lotada foi a alternativa.
— Não podia chegar atrasada ao trabalho e tive que entrar na van. Mesmo sem caber mais ninguém, entrou um passageiro a cada ponto e a cobradora resolveu deixar a porta aberta. Reclamei, falei dos riscos e ela disse que não era para me preocupar. Reclamei com o motorista, que disse para eu reclamar com a cobradora. Eu não gosto de andar de van por isso, mas não tive outro jeito — desabafou a comerciante.
O presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Renato Siqueira, explicou que o recadastramento das vans regularizadas não tem previsão para início em março, onde serão avaliadas a quantidade de veículos e qualidade dos serviços oferecidos à população. Em relação às vans não regularizadas, Siqueira disse que está “em conversa com a Procuradoria para tomar medidas legais”.
Em nota, o IMTT informou que a fiscalização permanece em locais estratégicos. Sobre a irregularidade do veículo citado, o IMTT informou que já está ciente e orienta que a população procure o órgão para realização de denúncia e preenchimento de formulário de requisição. “Diante desta situação, o órgão vem marcando reuniões junto aos responsáveis pelos setores denunciados”, finalizou a nota.

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