Serviço de home care ameaçado
Marcus Pinheiro 16/02/2017 21:24 - Atualizado em 18/02/2017 12:51
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Dívida orçada em mais de R$ 6 milhões com o Instituto de Gestão, Organização e Logística em Saúde (Igols) – responsável por serviços de home care, em Campos – é mais uma herança deixada pela antiga gestão do município, ao governo do prefeito Rafael Diniz (PPS). Na manhã dessa quinta-feira (16), a jornalista Suzy Monteiro, publicou no blog Na Curva do Rio, hospedado no portal Folha 1, a preocupação de uma mãe sobre a indefinição a respeito da permanência do programa que responde pela assistência do filho.
A publicação revelou o desespero da mãe do bebê Matheus, Gabrielle Vieira, que através de uma conta no Facebook, apontou o receio dela e de outros 280 pacientes, sob auxílio do home care, em ficarem sem os atendimentos de saúde nos lares. O medo dos familiares e assistidos pelo programa estaria sendo causado por uma suposta paralisação de técnicas de enfermagem, que estariam com os salários atrasados há dois meses. “Sem técnica (de enfermagem), os pacientes vão ter que ser internados, inclusive o meu filho”, relatou Gabrielle. A publicação mencionou ainda a falta de medicamentos e oxigênio.
De acordo com o diretor da Igols, Renato Gonçalves, desde o mês de setembro de 2016 a empresa não recebe repasses da Prefeitura de Campos. Segundo ele, o contrato firmado entre as partes expirou em novembro, no entanto, os serviços prestados pela Igols não foram suspensos ao fim do convênio, a fim de não comprometer a saúde dos pacientes assistidos. Renato afirmou que após reuniões com a nova gestão do município, a Igols não tem interesse em renovar a contratualização com a Prefeitura. “Os repasses municipais deixaram de ser feitos cerca de dois meses antes do fim do contrato. Mesmo assim, o atendimento foi mantido. Em janeiro, nos reunimos com a Prefeitura, que solicitou que não paralisássemos os serviços. No entanto, até o momento nenhum pagamento foi feito e nenhuma previsão para a regularização dos repasses foi acordada. A dívida do município com a Igols já ultrapassa R$ 6 milhões”, contou o diretor. Renato informou ainda, que nesta sexta-feira (17) representantes da empresa e da Prefeitura estarão reunidos para discutirem questões referentes ao pagamento dos atrasados e a transição dos pacientes para a responsabilidade de uma nova empresa de Home care.
Em relação a suposta paralisação de técnicas de enfermagem, nos próximos dias, devido a atrasos no pagamento dos salários, o diretor confirmou que, em virtude da demora de efetivação dos repasses municipais, a última remuneração dos colaboradores foi paga em dezembro. “Precisamos de dinheiro para honrar o salário dos colaboradores. Ainda assim, por se tratar de um serviço de saúde contínuo, paralisar o atendimento não é interesse da Igols”, esclareceu o diretor.

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