Jhonattan Reis
30/01/2017 12:07 - Atualizado em 31/01/2017 13:02
Paralisações, protestos e faltas de pagamentos marcaram os últimos meses dos rodoviários das empresas que fazem parte do consórcio União, em Campos. Na última semana, os trabalhadores chegaram a paralisar as atividades, na terça-feira (24), mas, em acordo com os empresários, retornaram ao trabalho na quarta. A paralisação da terça transformou a vida dos usuários de transporte público em Campos em um verdadeiro caos. Nesta segunda (30), rodoviários da Cordeiro disseram que a empresa está em dia com eles. Já as outras três continuam atrasadas.
A São Salvador, segundo funcionários, efetuou o pagamento, na última sexta-feira (27), do salário de dezembro de apenas alguns trabalhadores. Eles afirmaram que a maioria ainda estaria sem receber relativo ao mês. Também disseram que todos os profissionais ainda precisariam receber 40% do vencimento de novembro e o 13°.
De acordo com rodoviários da Siqueira, eles receberam, na sexta, salário de dezembro e falta, agora, o 13°. Funcionários da Turisguá apontaram que ainda não receberam a segunda parcela do 13°, já que foram pagos os salários de dezembro na sexta passada. No mesmo dia, a Cordeiro, que devia só vencimento do mês de dezembro, quitou a dívida com os trabalhadores. Os salários de janeiro de todas as quatro empresas vencem no próximo dia 5, segundo os servidores.
O sindicato da categoria confirmou os direitos ainda a serem pagos pelas empresas e indicou que até o momento os profissionais aguardam os próximos pagamentos.
Paralisação - A terça da semana passada foi de dificuldade para os usuários do transporte coletivo de Campos. No terminal do Centro, não havia nenhum ônibus do consórcio União nos pontos por volta das 11h. Naquele dia, por volta das 11h30, Ilsa Cabral Vicente, 49 anos, que trabalha com serviços gerais, foi pega de surpresa pela falta dos coletivos. Ela, junto com sua filha de 11 anos, foi para a rodoviária Roberto Silveira, carregando várias bolsas, para pegar um coletivo para Farol. “Nem sabia que estava sem ônibus. Estou descobrindo agora”, disse.
Transtornos - Rodoviários disseram estar passando por dificuldades sem os pagamentos. Na semana passada, um motorista, que preferiu ter a identidade preservada, comentou: “Estou vendo até colega de trabalho parando em mão de agiotas. As contadas estão batendo à porta”.
Nesta segunda, um cobrador se queixou de dificuldades. “As contas estão atrasadas e a família precisando das coisas em casa”, falou.
A Folha tenta contato com as empresas desde quarta passada, sem êxito.