Jhonattan Reis
25/01/2017 14:47 - Atualizado em 25/01/2017 18:23
Paralisação dos policiais civis do Estado já passa de uma semana. Na terça-feira da semana passada (17), os policiais paralisaram por 72 horas, que terminaram na última sexta (20). Na última segunda (23), o sindicato da categoria decidiu pela manutenção da paralisação por tempo indeterminado. Nas delegacias, ainda estão sendo feitos apenas flagrantes e remoção de cadáver — serviços considerados essenciais. Eles também falaram que as investigações que estavam em curso estão paradas. Os agentes comentaram sobre condições de trabalho.
Os policiais civis, até o fechamento desta matéria, ainda estavam sem receber os pagamentos do 13º, do Regime Adicional de Serviço (horas extras) e dos prêmios por cumprimento de metas de segurança. Nessa terça, a secretaria de Fazenda informou, em nota, que “o décimo terceiro, o RAS e o sistema de metas seguem sem previsão de pagamento”. Nesta quarta (25), a pasta foi contatada novamente e afirmou: “Não temos previsão para esses pagamentos”. Segundo o sindicato da categoria, o trabalho só volta ao normal com todos os pagamentos efetuados.
— Contamos com a compreensão da população. É importante para a gente que todos entendam que não há como trabalhar sem salário e com más condições de trabalho — relatou um policial que preferiu ter a identidade preservada.
Condições de trabalho — Desde o início das paralisações, policiais civis relataram sobre as condições que se encontram as delegacias. “São complicadas. Chão soltando e com buracos, fiação exposta, banheiros em más condições, impressoras com problemas, viaturas sem funcionamento e sem vistoria há seis anos. É só um pouco do que a gente convive”, relatou um policial que preferiu não se identificar.
Questionada sobre a possibilidade de melhoria de condições de trabalho dos agentes, a Polícia Civil informou que "está envidando esforços junto ao Governo do Estado para a liberação dos recursos necessários para a manutenção da Instituição". A Polícia Civil acrescentou que no tocante a obras e reformas nas estruturas das unidades, deve ser feito contato com a secretaria de Obras.
Em nota, a secretaria disse que "houve uma licitação para as obras de transformação das atuais delegacias em delegacias legais de Campos e Guarus em 2015, mas não apareceu nenhuma empresa interessada na obra. A Secretaria ia fazer nova licitação em 2016, quando veio a crise financeira do Estado". A secretaria informou ainda que, os problemas de impressoras e viaturas sem funcionamento seriam de responsabilidade da Polícia Civil.