Silvinho vê possibilidade de Wladimir com Bacellar e Paes
Aluysio Abreu Barbosa, Cláudio Nogueira, Gabriel Torres e Mário Sérgio Junior - Atualizado em 30/04/2025 07:43
Silvinho Martins
Silvinho Martins / Rodrigo Silveira
"Hoje todo mundo quer Wladimir como vice. Eu acho que uma chapa de Eduardo Paes com Wladimir tem uma probabilidade enorme de sair vitoriosa". A declaração foi dada pelo vereador e presidente do MDB em Campos, Silvinho Martins, em sua participação no programa Folha no Ar, da rádio Folha FM, dessa terça-feira (29). O parlamentar também apostou que uma chapa do prefeito de Campos com o presidente estadual do MDB, Washington Reis, seria uma grande chapa ao Governo do Estado. Silvinho também analisou a segunda gestão de Wladimir e deu nota 9,5 ao presidente da Câmara, Fred Rangel.
Eleições — “O Wladimir é um jovem, ele tem que ter sonho mesmo. Ele quer galgar novos espaços. Uma outra hora, de repente, o pai dele fez. E Wladimir, na forma muito dele trabalhar, ele está sendo muito visto no Estado. Eu particularmente, acho que vai ser o governo Wladimir/Federico Paes. Porque hoje todo mundo quer ele como vice. Eu acho que uma chapa de Eduardo Paes com Wladimir, ela tem uma probabilidade enorme de sair vitoriosa nas eleições. Porque vai juntar o forte do grande Rio, que é quase a metade do eleitorado, com um cara que está em ascensão no interior”.
Grande chapa — “Também entendo, e aí eu vou falar como emedebista, tenho uma proximidade muito grande com o Washington Reis. E o sonho dele seria ser governador do Estado. Ele hoje ainda não pode. Mas vai que quem sabe ele consiga o registro, consiga resolver as pendências que ele tem. Uma chapa com Washington Reis e Wladimir seria uma grande chapa. Mas no decorrer das coisas se ele sair, acho que a data mágica seria 31 de março do ano que vem, se não conseguir fluir para lá ou para cá, Wladimir vem como federal. E pode anotar, como federal ele faz mais de cem mil votos em Campos”.
Paes — “O Eduardo Paes é um político extremamente bem visto no grande Rio, na cidade do Rio de Janeiro, onde tem 45% do eleitorado do estado do Rio todo lá na capital. E, consequentemente, por osmose, ele tem também uma penetração muito grande em Niterói porque faz parte do fluxo. Mas quando vem para o interior, perde densidade, não tem essa penetração”.
Chances de Bacellar — “O Rodrigo é muito bom de bastidor, sabe trabalhar bastidor. Acho que ainda vai ser candidato sentado no Palácio Guarabara, vai acontecer coisas. Pampolha vai acabar no Tribunal de Contas. O governador Claudio Castro vai vir candidato ao Senado, o Rodrigo vai virar governador. O Rodrigo vai capilarizar essas prefeituras todas, vai ser um grande adversário para o Eduardo Paes. . E mais esse contexto do Rueda junto com o Ciro, que são os presidentes do União e do PP. Isso aí já está claro. Vai ser uma disputa pau a pau se isso vier a acontecer, Rodrigo e Eduardo Paes”.
Importância do vice — “Acho um fator diferencial quem souber escolher um vice que agregue na sua chapa, vai ter um passo a mais. O Eduardo Paes, se ele conseguir colocar o Wladimir Garotinho, que é muito forte no interior, do Norte e Noroeste, acho que Eduardo Paes dá um passo a mais. Da mesma forma, se o Rodrigo conseguir colocar o Wladimir como vice, ele também vai ter a musculatura maior, porque aumenta a capilaridade”.
Lula contra Tarcísio — “Eu entendo que o Bolsonaro não é candidato. Isso para mim é um fato já. E acho que a disputa mais uma vez será o Lula contra o bolsonarismo, no meu entender, a figura do Tarcísio. Pesquisa é um retrato do momento, a gente não pode ignorar isso. Lula tem ainda um ano e meio para frente de governo. Eu acho que existe uma possibilidade. Há um ano atrás a gente achava isso maluquice. Lula vai dsputar a eleição de novo, acho que junto com o governador de São Paulo ou a Michele Bolsonaro, que eu entendo ter menos força política para disputar".
Chance do bolsonarismo — “Se o Bolsonaro e o grupo dele querem tentar ter uma chance, tem que entender que ele não é candidato e tem que botar a mão no Tarcísio, para que o Tarcísio comece a posar como futuro candidato a presidente, para que ele em abril do ano que vem se desincompatibilize. Se isso não acontecer, acho que o Tarcísio vai ser candidato à reeleição. E aí o bolsonarismo vai ficar sem candidato, na minha ótica”.
Futuro politico — “Quero de primeira mão falar que eu não tenho pretensão alguma de ser candidato. Estou com 62 anos, já tenho um compromisso muito grande como vereador”.
Grupo politico — “A questão dos deputados estaduais, a gente vai ter que ter muita tranquilidade. Porque estamos falando de acordos, de parceiros. Por exemplo, o Caio Viana, mesmo se o Wladimir for apoiar o lado do Rodrigo Bacellar, pode acontecer. Mas ele tem um compromisso, Caio Vianna foi parceiro dele aqui na na eleição de 2024, foi para televisão. Então, existe acordo combinado e a gente tem que honrar. Eu acho que os dois candidatos da estadual do Wladimir hoje, seriam o Bruno Dauaire e o Caio Vianna. Agora, tem o Thiago Virgílio que é amigo e tem o sonho de ser deputado. O grupo tem voto para eleger três. Só que na minha visão política, se sou o prefeito, eu boto a mão em dois e elejo dois”.
Disputa pelo Senado — “A eleição do Senado desse ano, na verdade são duas eleições. Você vota duas vezes. Eu acho que a primeira vaga está consolidada no meu entender, no Flávio Bolsonaro. Aí quando você pensa na segunda cadeira, são muitas variantes. Eu acho que se a esquerda se unisse, se a Benedita com o Molon se unissem, eles teriam a grande probabilidade de fazer a segunda. Só que o problema da esquerda é que ela não costuma se unir. Então, o bolsonarismo vai ter a primeira cadeira. Mas o Cláudio Castro vai ser a segunda? Não sei até onde o Bolsonaro acredita no Cáudio Castro, de chegar lá a peitar Alexandre de Moraes. Porque a grande ideia, na minha ótica, no meu entendendo político, é de tentar tirar Alexandre de Moraes, e isso é um jogo político. E quem tira é o Senado, precisa de senadores igual o Flávio Bolsonaro, igual o Eduardo”.
Tassiana — “Tem possibilidade, sim, porque se ele vem como vice, por exemplo, do Eduardo Paes, ou vice do Washington Reis, por exemplo, que para mim seria a chave dos sonhos, ele tem total legitimidade de lançar a Tassiana para representá-lo no Congresso Nacional. Eu acho que não teria dificuldade e seria um grande quadro para Campos. Tassiana junto com Wladimir. Wladimir já conhece o caminho das pedras, vai ser muito importante para o município para trazer recursos”.
Reforma — “A reforma administrativa do governo Wladimir, qual eu com muito orgulho faço parte, precisava primeiro desse novo organograma, que está sendo feito, foi pensado, foi projetado. O prefeito teve a coragem de mexer no organograma, atendendo a uma solicitação e um acordo que ele fez com o Tribunal de Contas. A partir da semana retrasada que nós votamos o novo organograma, vai começar a acontecer a partir do dia 5 de maio a nova cara do governo”.
Gestão Wladimir — “Nós estamos nos reorganizando. Eu acho que a partir de maio fez o novo organograma, preparou a Prefeitura para os próximos quatro anos. Eu não posso dar uma nota, porque a nota pode ter sido assim, se preparou para fazer uma nova gestão. Nunca esquecendo, quando o Wladimir começou no passado, o parâmetro que ele tinha era o governo Rafael Diniz, que não foi um bom governo. Agora, o sarrafo subiu muito. O parâmetro que ele vai ter nessa nova empreitada no segundo mandato dele é o próprio Wladimir. Ele trouxe muita coisa, muito avanço. Então ele tem que fazer uma grande gestão do segundo mandato”.
Transporte — “Eu entendo que o transporte é hoje a prioridade da nova gestão Wladimir. Porque a nossa cidade é uma cidade de 4 mil quilômetros quadrados, não é fácil resolver o problema do transporte, tem que atender quem mora em Serrinha, quem mora em Santo Eduardo, no Farol, a grande Guarus, o Centro. É uma coisa muito complexa, mas pode ter certeza que o prefeito, nessa nova gestão dele, vai pegar de frente e nós vamos dar um avanço muito grande. O transporte público é a menina dos olhos do prefeito. Porque precisa dar a resposta à sociedade na questão do transporte”.
Servidores — “A primeira coisa que o servidor espera de um prefeito, eu entendo, é ele receber na conta dele mensal. E o servidor de Campos ficou muito massacrado no governo passado. A partir do momento que o Wladimir entrou, conseguiu voltar a pagar, voltar a pagar até o quinto dia, voltou a pagar no final do mês direitinho, deu um reajuste que pôde na época de 10,4%. Não adianta você chegar ali, eu vou dar 15% do servidor, chegar dia 30 você não pagar. Porque tem a lei da responsabilidade fiscal”.
Legislatura — “Para a nova legislatura dá para dar uma nota 9,5. Porque Fred Rangel está um presidente dos 25 vereadores, ele trouxe os 25 vereadores, tanto situação como oposição. E entendeu que todos eles têm legitimidade. Ouviu cada um, está sendo um presidente consciencioso. E isso está entregando em resposta de projetos votados. Então, o Fred Rangel nesses primeiros quatro meses que termina amanhã, eu daria uma nota 9,5”.
Câmara — “Eu diria que o prefeito, nesse segundo mandato, quer politizar um pouco mais as secretarias. Por exemplo, eu acho que o Fábio Ribeiro vai para secretaria de Obras, eu entendo que o Wainer vai voltar para a nova secretaria de Recursos Humanos. A gente entende que o Leon fez um bom trabalho na Fundação da Infância e Juventude, irá voltar também. Então, de um primeiro momento, já falei em três novos secretários. Entendo que a partir do mês de maio vai começar a dar novas caras na administração pública municipal. O Ceascam foi criado agora. Então, ele está muito embrionário ainda. Acredito que o Nildo Cardoso seria mais para o ano que vem, os próximos três anos, porque ele foi criado, ainda não tem dotação orçamentária".
Suplências — “O primeiro suplente do PP é o Maninho e a segunda suplente é a Nea Terra. Eu entendo que o Doutor Maninho fará parte da gestão Wladimir, ele já fez um grande trabalho na secretaria de Saúde, foi presidente da Fundação Municipal de Saúde, foi um grande quadro que Wladimir teve na Saúde no primeiro mandato dele. Aí se ele realmente for para lá, Vinícius Madureira, que seria o próximo, já está na secretaria de Qualificação e Emprego. O próximo seria o Juninho Jubiraca. Rio Lu no lugar de Leon. É um quadro forte em Guarus. A Prefeitura precisa avançar também. Isso é estratégia também, política é ocupar espaço. No lugar de Nildo, Beto Abençoado”.
Oposição — “A relação com a oposição é aquela relação razoável. Oposição é oposição, governo é governo, mas não tem mais aquela tensão da legislatura passada quando o Marquinho foi, aquela coisa um num canto, outro no outro. Hoje a gente está numa coisa mais amistosa, está tentando convergir para coisas boas para a cidade. Mas é lógico que a oposição vai ser sempre oposição. E isso é democracia, isso é salutar, vai ter sempre”.
RPAs — “Chegou o momento que o prefeito fez um acordo com o Tribunal de Contas e, se não me falha a memória, até abril do ano que vem não pode mais ter RPA na Prefeitura. Então, por isso a reforma administrativa. E vai ter a secretaria de Patrimônio também para nós entendermos o que é que nós vamos fazer com esse restante desses RPA, que vai ser processo seletivo, vai ter que ter concurso público, contrato direto com a administração, terceirizações, para que até abril a gente não tenha mais os RPAs”.

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