
“É importante destacar que o paciente apresentava um quadro clínico extremamente grave, caracterizado por uma úlcera corneana que culminou em perfuração ocular e evolução para catarata densa. Considerando a gravidade do caso, a realização isolada do transplante de córnea não seria suficiente para restaurar a visão, devido à opacidade significativa do cristalino. Dessa forma, optou-se por uma abordagem combinada, na qual o transplante de córnea e a cirurgia de catarata foram realizados no mesmo procedimento. Trata-se de uma técnica de maior complexidade e risco, porém, o procedimento foi concluído com êxito”, explicou o cirurgião oftalmológico Guilherme Barbosa de Souza Araújo. O procedimento foi acompanhado pelo oftalmologista Pedro Martins Tavares Scianni Morais, que é chefe do serviço de oftalmologia do HEAA.
A cirurgia durou cerca de duas horas e ocorreu sem qualquer intercorrência. A recuperação do paciente deve durar de 30 a 40 dias. “Foi realizada a cirurgia de retirada do cristalino opacificado, com o implante de uma lente intraocular e, em seguida, o transplante de córnea. Ela ocorreu sem intercorrência no pré-operatório e sem qualquer queixa do paciente nesse primeiro momento. A grande finalidade desse transplante foi evitar a perda do olho, porque já estava perfurado”, explicou Pedro Morais, acrescentando que o paciente já recebeu a primeira avaliação pós-cirúrgica e alta médica, mas será acompanhado pelo Serviço de Oftalmologia.
“Ele não enxergava nada e já está contando os dedos e reconhecendo familiares”, celebrou o médico. (leia mais abaixo)
Para que o transplante fosse realizado, a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou o transporte para buscar o tecido corneano no Banco de Olhos no Rio de Janeiro. “Existem critérios eletivos e emergenciais, como foi o caso desse paciente, para liberação de córneas para transplantes. Ele tinha sofrido uma lesão na córnea em um acidente automobilístico que evoluiu para uma infecção, passando pelo serviço de emergência oftalmológica do Hospital Ferreira Machado e encaminhado para avaliação do doutor Guilherme, que coincidiu com a habilitação do Hospital Álvaro Alvim e a autorização da disponibilidade da córnea pelo Banco de Olhos para fazermos o transplante”, explicou Pedro, garantindo que 90% do atendimento no ambulatório são de pacientes do SUS.
TRATAMENTO NO MUNICÍPIO OFERECE MAIS CONFORTO AOS PACIENTES - Antes de o HEAA ser habilitado para transplante de córnea, os pacientes eram encaminhados para fora do município, como, por exemplo, Rio de Janeiro e São Paulo, enfrentando filas e horas de estradas. O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, destacou que esse é mais um momento de consolidação da evolução da assistência à saúde do município e da região.
“Um grande passo foi dado com esse transplante de córneas no Hospital Álvaro Alvim e só temos a parabenizar, porque recentemente chegou a habilitação do Ministério da Saúde e, logo a seguir, fomos acionados, o hospital foi acionado para que realizasse esse primeiro transplante de córnea numa situação emergencial. A equipe de oftalmologia que se preparou, que está habilitada a realizar esses procedimentos está de parabéns, a estrutura hospitalar está de parabéns e aqui parabenizo a figura do doutor Geraldo Venâncio. É uma glória para todos nós, é um grande avanço para as instituições e também para os pacientes”, disse.
Para doar órgãos e tecidos, é importante comunicar sua intenção à família, pois é ela quem autoriza a doação. Através do NF-Transplante, Campos já é referência em captação de órgãos por meio dos Hospitais Ferreira Machado (HFM) e Geral de Guarus (HGG).
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