Forte chuva causa estragos em cidades da região Norte Fluminense
As fortes chuvas que atingiram o município durante o fim de semana castigaram localidades da região. O nível do Rio Paraíba do Sul aumentou, as águas chegaram ao Cais da Lapa, assim como o nível da Lagoa de Cima que subiu e invadiu até a RJ 208, estrada que liga Tapera a localidade. Ainda no local, por conta das chuvas, duas árvores caíram, uma delas interditou a rodovia. Pontos de alagamentos, além de uma chuva de granizo que aconteceu em vários bairros da cidade também foram registrados. A Secretaria Municipal de Defesa Civil de Campos segue monitorando a situação e em alerta para possíveis emergências.
Na RJ 208, o nível da Lagoa de Cima subiu e acabou deixando as casas e pastos, às margens da RJ, alagados. Ainda com o grande volume de chuvas, as águas atingiram a rodovia, chegando a cobrir o asfalto em alguns pontos. Um morador da localidade, Paulo César Fonseca da Silva, conta que está secando aos poucos, mas ainda tem muita água.
Na RJ 208, o nível da Lagoa de Cima subiu e acabou deixando as casas e pastos, às margens da RJ, alagados. Ainda com o grande volume de chuvas, as águas atingiram a rodovia, chegando a cobrir o asfalto em alguns pontos. Um morador da localidade, Paulo César Fonseca da Silva, conta que está secando aos poucos, mas ainda tem muita água.
"A situação da estrada é crítica, o problema está complicado até para gente sair, tem dia que a gente não podia nem andar aqui, mas agora está secando, aos poucos, mais está. Porém nós estamos preocupados porque com esse chuveiro que está dando, de repente, a água pode altear mais, pode transbordar de novo e a gente não ter condições de sair. Tem alguns moradores que são pessoas graduadas, gente que tem condições de altear as casas, a gente que mora em lugar baixo não tem condições de altear e ficamos em situação difícil. Eu moro perto das Palmeiras, na minha casa, quase que chega água, mas tem casa para o outro lado do rio que a água está pertinho e chegando nas casas”, explicou o morador.
Ainda segundo Paulo César, os comerciantes estão preocupados já que com o acesso alagado, não tem como as pessoas passarem. Segundo ele, a locomoção pela rodovia tem que ser a cavalo.
“Os comerciantes estão meio preocupados porque não tem quase estrada para locomover o povo e o comércio aqui depende do caminho. Não tendo um caminho, o comércio fica puro sem ninguém. Aqui a gente está se locomovendo de cavalos, de bicicleta. O ônibus ainda está passando, mas vai ter um momento que se encher mais o ônibus não vai romper. A gente está em uma situação crítica e não podemos fazer nada, está nas mãos de Deus. Temos que esperar e ver qual vai ser a situação da água, porque eu acho que mesmo com ela secando, está sujeito a encher muito, ainda mais com essa chuva caindo no Imbé. É preocupante, não tem como ter uma expectativa, hoje está secando, amanhã pode chover e encher tudo de novo e tapar o caminho. É complicado e temos que conviver todo ano com essa situação, sabemos que é isso e não tem outro jeito. Só esperar mesmo", finalizou Paulo César.
“Os comerciantes estão meio preocupados porque não tem quase estrada para locomover o povo e o comércio aqui depende do caminho. Não tendo um caminho, o comércio fica puro sem ninguém. Aqui a gente está se locomovendo de cavalos, de bicicleta. O ônibus ainda está passando, mas vai ter um momento que se encher mais o ônibus não vai romper. A gente está em uma situação crítica e não podemos fazer nada, está nas mãos de Deus. Temos que esperar e ver qual vai ser a situação da água, porque eu acho que mesmo com ela secando, está sujeito a encher muito, ainda mais com essa chuva caindo no Imbé. É preocupante, não tem como ter uma expectativa, hoje está secando, amanhã pode chover e encher tudo de novo e tapar o caminho. É complicado e temos que conviver todo ano com essa situação, sabemos que é isso e não tem outro jeito. Só esperar mesmo", finalizou Paulo César.
Ainda na RJ 208, por conta da força das chuvas, duas árvores caíram, além da queda de um poste de energia. Uma das árvores chegou a bloquear a estrada, interditando o acesso a localidade de Imbé, moradores demoraram mais de duas horas para conseguir chegar as suas casas. A árvore foi retirada tempos depois, ainda na noite de segunda, por uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Rio Paraíba
De acordo com a última medição do Centro de Monitoramento de Desastres (CEMOD), na tarde dessa segunda-feira (7), o nível do Rio Paraíba do Sul chegou a cota de 8,20 metros em Campos, sofrendo queda desde às primeiras horas do dia, após chegar a uma cota de 8,51 metros às 23h15 do domingo (5), após as fortes chuvas. A cota de transbordo é 10,40 metros.
As estações pluviométricas que registraram maior volume de chuva neste fim de semana foram: Lagoa de Cima com 42,4 mm (sendo 32 mm no sábado e 10,4 mm no domingo), Morro do Coco com 40,8 mm (sendo 24,6 mm no sábado e 16,2 mm no domingo), Parque Cidade Luz com 39,4 mm (sendo 22,8 mm no sábado e 16,6 mm no domingo) e Ponte Barcelos Martins com 36,2 mm (sendo 18,6 mm no sábado e 17,6 mm no domingo).
Estragos das chuvas
Na tarde de domingo (5), após uma manhã de calor, um temporal com chuva de granizo foi registrado em vários bairros. Moradores mostraram em vídeos e fotos o fenômeno, que não acontece há tempo na cidade. Em março de 2021, Campos e São João da Barra registraram uma forte chuva de granizo, que causou diversos danos materiais.
Ainda no domingo, na área central da cidade foram registradas ocorrências de quedas de árvores e houve um chamado por árvore atingida por queda de raio, sem registro de feridos. Já em São Francisco de Itabapoana, também foi registrada a chuva de gelo, seguida de queda de uma torre de telefonia que tombou numa residência, na área central. Ninguém ficou ferido.
As equipes da Secretaria de Defesa Civil seguem prestando atendimento as famílias atingidas pelas fortes chuvas. Na localidade de Serrinha, foram realizados atendimento a 50 famílias, com entrega de água mineral, porque, devido às chuvas, houve uma enxurrada de água, causando a contaminação dos poços artesianos. Já em Conceição do Imbé foram 35 famílias, com entrega de água mineral, devido o transbordo da Lagoa de Cima ter ocasionado a interdição de vários pontos da estrada. Em Santo Eduardo três ocorrências foram registradas por alagamentos e um deslizamento de terra, no trecho da Ponte Itabapoana. Já em Ururaí, as equipes realizaram a remoção de uma família em área de risco. As equipes de Defesa Civil também realizaram transporte de combustível para o Hospital São José, com 60 litros de óleo diesel para abastecimento do gerador de energia.
Situação em São João da Barra
A Defesa Civil de São João da Barra não registrou nenhuma anormalidade em decorrência das chuvas. Choveu 2,3 mm de domingo (5) até 6h desta segunda-feira (6). "A Defesa Civil se mantém em alerta e monitorando o Rio Paraíba do Sul, que está em 5,85 metros, com tendência de baixar, após chegar a 6 metros. A cota de transbordo é 8,0 metros", informou a prefeitura.
A Defesa Civil de São João da Barra não registrou nenhuma anormalidade em decorrência das chuvas. Choveu 2,3 mm de domingo (5) até 6h desta segunda-feira (6). "A Defesa Civil se mantém em alerta e monitorando o Rio Paraíba do Sul, que está em 5,85 metros, com tendência de baixar, após chegar a 6 metros. A cota de transbordo é 8,0 metros", informou a prefeitura.
Contatos
A Secretaria Municipal de Defesa Civil disponibilizou os contatos para a população em caso de emergência. A população pode acionar o órgão através dos telefones 199 e (22) 981752512.
A Secretaria Municipal de Defesa Civil disponibilizou os contatos para a população em caso de emergência. A população pode acionar o órgão através dos telefones 199 e (22) 981752512.