Relatório parcial da Uenf indica presença de organismos que afetam a qualidade da água
Dora Paula Paes 26/07/2024 18:26 - Atualizado em 26/07/2024 18:38
Genilson Pessanha
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) acompanha o caso que envolve a água distribuída, em Campos, com gosto e odor forte. O órgão foi noticiado informalmente na terça-feira (23) e, logo, acionou a UENF para realizar as análises necessárias. O pedido foi para uma avaliação científica imparcial e especializada sobre a qualidade da água ofertada à população. O MPRJ já recebeu o relatório parcial do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA), que indicou a presença de organismos "fitoplanctônicos com potencial para produzir substâncias que afetam a qualidade da água". No entanto, por não ser conclusivo, estão no aguardo de novos resultados.
"Os contatos que mantivemos com outros órgãos, inclusive o INEA, indica que a empresa (Concessionária Águas do Paraíba) está examinando o material em laboratórios credenciados, e afirma que não há toxinas, daí a ausência de dados a contraindicar o uso da água frente a todo o conjunto de responsabilidades legais da concessionária", diz uma fonte do MP.
Bom destacar, a existência de um trabalho conjunto da Promotoria de Investigação Criminal com a Promotoria de Tutela Coletiva e com o Grupo de Trabalho Temático, este sediado na capital. O Grupo de Trabalho Temático tem larga experiência com outros episódios similares, como o caso do Sistema do Rio Guandu, que no ano passado, por exemplo, deixou cerca de 11 milhões de pessoas sem água na Baixada Fluminense e já teve cenário bem parecido com "geosmina".
Ainda, segundo essa mesma fonte do MP, os agentes da Promotoria atuaram na fiscalização e supervisão das coletas de amostras de água do Rio Paraíba do Sul para garantir a transparência e a integridade do processo para que fossem realizadas conforme os procedimentos técnicos e legais, com coleta de contraprova.

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