Em decisão proferida pelo desembargador Cairo Ítalo França David, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou, nessa terça-feira (9), o habeas corpus a Diogo Viola de Nadai, de 39 anos, acusado de mandar matar Letycia Peixoto Fonseca, 31 anos, com quem mantinha um
relacionamento e que estava grávida de 8 meses de um filho seu. O crime aconteceu no dia 2 de março e Diogo está preso desde o dia 6 do mesmo mês.
Em 31 de março, o Ministério Público apresentou à Justiça denúncia contra quatro dos cinco presos por suspeita de envolvimento no crime, após conclusão do inquérito policial. Fabiano Conceição Silva, suspeito de ter atirado na vítima; Dayson dos Santos, que pilotava a moto usada no crime; Gabriel Machado Leite, acusado de ter o interlocutor; e Diogo respondem, segundo o Ministério Público, por homicídio triplamente qualificado contra Letycia e o seu filho Hugo e, ainda, por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra a mãe da vítima, Cintia Pessanha Peixoto.
O crime
Letycia, grávida de sete meses, estava no carro da empresa em que trabalha conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, próximo à Arthur Bernardes, quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto, que pararam ao lado do automóvel. O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, chegou a correr em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda. Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato.
Também no momento do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue e a família diz que ela chora o tempo inteiro. Segundo o tio de Letycia, eles chegaram a pensar que a Simone havia sido baleada, mas se tratava de grande quantidade de sangue de Letycia após ser atingida.
As duas foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Já a mãe da gestante foi atendida, fez exames e recebeu alta.