Campistas enfrentam jornada de 120 horas e celebram título histórico do Botafogo
Maria Laura Gomes - Atualizado em 03/12/2024 16:53
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Os campistas Luan Pessanha e Caio Rocha, ambos de 28 anos, embarcaram em uma viagem de ônibus até Buenos Aires para acompanhar um dos momentos mais históricos do Botafogo: a conquista da primeira Libertadores da América. No último sábado (30), o time venceu o Atlético Mineiro por 3 a 1, mesmo com um jogador a menos desde os segundos iniciais, e sagrou-se campeão continental no Estádio Monumental de Núñez, na Argentina.

Luan destacou o que o motivou a enfrentar os desafios da viagem: “O que motivou foi realmente a oportunidade de ver de perto, a primeira Libertadores vai sempre ficar marcada na história do clube e eu ter a chance de viver esse momento no estádio não tinha como deixar passar.” Foram 60 horas de ida e mais 60 na volta, com dificuldades na estrada e uma burocracia desgastante na fronteira. Ele relatou como a energia dos torcedores ajudou a superar os perrengues: “Qualquer descida do ônibus em alguma parada, cantando as músicas do clube, dava o gás pra continuar", disse Luan.

A emoção do título foi indescritível para Luan: “Quando o jogo acabou, todo mundo estava eufórico demais, em êxtase porque tinha acabado de sair o gol que realmente acabou com o jogo. Então é a hora que a gente abraça o primeiro que vê, um desconhecido, que a gente grita, extravasa. Eu estava meio anestesiado, sem acreditar que estava vivendo aquilo, um misto de emoções mesmo.”
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Já Caio Rocha compartilhou como o sentimento pelo Botafogo foi herdado de sua família e a importância desse título para ele: “Bom, o sentimento que tenho pelo Botafogo foi passado de geração (pai, tio), por isso desde que me entendo por gente e comecei a ir em estádio eu esperava ver um momento de glória. Com a possibilidade de jogar uma final de Libertadores, não pensei duas vezes em fazer o sacrifício”, contou Caio.

Ambos comentaram sobre a força da torcida, especialmente após a expulsão de um jogador logo no início da partida. Para Luan, “a torcida foi se contagiando, cantando, jogando junto com o time mesmo, um chamando o outro para cantar, meio que sabendo que ia dar certo apesar de tudo.”

Caio reforçou o aprendizado da viagem e a reafirmação de sua paixão pelo clube: “A viagem em si te ensina muita coisa, é realmente para quem ama. O título veio para reafirmar a minha paixão pelo clube. Mesmo vivendo momentos muito difíceis ao lado do mesmo, a esperança de que uma hora chegaria a glória nunca deixou de existir”, finalizou Caio.

Agora, ambos estão otimistas com as chances do Botafogo de conquistar também o título do Campeonato Brasileiro. “As expectativas são as melhores possíveis. O Botafogo só depende dele para essa conquista e com o grupo unido e com sede de vitória tem tudo para dar certo", finalizou Caio.

O Botafogo lidera o Brasileirão com 73 pontos e faltam apenas duas rodadas para o fim do campeonato. Com a conquista da Libertadores, o sonho do Mundial de Clubes já é motivo de expectativa para os torcedores alvinegros.

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