Jornalista automobilístico comenta retorno do Brasil à Fórmula 1
Maria Laura Gomes - Atualizado em 12/11/2024 16:23
Gabriel Bortoleto e Rodrigo Viana
O jornalista automobilístico Rodrigo Viana participou do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, nesta segunda-feira (11), onde comentou sobre o retorno do Brasil à Fórmula 1 com a chegada do jovem piloto Gabriel Bortoleto, de 20 anos, à equipe Sauber. Na última quarta-feira (6), a Sauber anunciou a contratação de Bortoleto, de apenas 20 anos, para a temporada de 2025. Após sete anos sem um brasileiro na Fórmula 1, desde a aposentadoria de Felipe Massa em 2017, a espera finalmente terminou. Agora, o Brasil volta ao grid da principal categoria do automobilismo mundial.
Bortoleto, cuja trajetória começou no kart, tem se destacado com um desempenho consistente nas categorias de base. Campeão da Fórmula 3 no ano passado, ele atualmente lidera o campeonato de Fórmula 2 e possui grandes chances de conquistar o título nesta temporada. Segundo Viana, “o Gabriel tem um futuro promissor. É um rapaz muito dedicado, muito empenhado, focado. Ele foi correr na Europa, que é o caminho natural para quem busca uma carreira na Fórmula 1. Esse desempenho nas categorias menores é o que o trouxe até a Sauber.”
Na gestão de sua carreira, Bortoleto conta com o apoio de Fernando Alonso, experiente piloto da Aston Martin, que o guia nesse trajeto. O caminho de Bortoleto até a F1 passou por um processo natural e rigoroso: kart, F3, F2 e agora, o tão aguardado ingresso na categoria principal.
Além do impacto do retorno de um brasileiro à F1, Rodrigo Viana destacou uma importante transformação no público do esporte: “Quem gosta de Fórmula 1, gosta independente de Ayrton Senna ou não”, comentou Viana.
No entanto, para muitos, o sentimento de nostalgia com o ídolo Ayrton Senna permanece vivo. Rodrigo Viana destacou a influência de Senna na popularidade do esporte: “Senna fazia as pessoas saírem do lugar comum para poder assisti-lo. Quem assistia a Senna não assistia a Fórmula 1 em si. Assistia um campeão que fazia bem aquilo que estava pré-disposto a fazer e trazia alegria para os lares nos domingos”, finalizou.
Outro ponto ressaltado por ele foi o crescimento do público feminino e jovem na Fórmula 1, uma renovação que ele considera “muito gratificante”. Essa mudança de perfil também atrai novos investimentos e atenção para o Brasil como um destino favorito para corridas: “O Brasil é o país preferido, um dos países preferidos da Fórmula 1. Tanto é que a corrida sprint aqui é o único país que teve todas as corridas Sprint”, finalizou.

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