Porto do Açu celebra 10 anos de operação e já supera Porto de Santos
15/06/2024 12:41 - Atualizado em 15/06/2024 12:41
O Porto do Açu se consolida como o mais importante vetor para o desenvolvimento econômico do estado do Rio de Janeiro, com crescimento médio de 32% ano, o que demonstra a solidez do porto-indústria que gera cerca de 7 mil empregos no Norte Fluminense, sendo 70% concentrados em São João da Barra e Campos. São 11 terminais privados e 22 empresas instaladas, líderes em seus setores, além de potenciais 3GW gerados por um parque termelétrico movido a gás natural.

Em 2024, o Açu celebra dez anos de operação e já ultrapassou o Porto de Santos em número de acessos de navios (6.377 contra 5.913, ao longo de 2023) e se mantém o segundo maior porto do país em movimentação de cargas: segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ), em 2023, foram 84,6 milhões de toneladas movimentadas, 27% a mais do que em 2022.

O processo de transformação do Açu no maior hub de integração energética do Brasil avança e promete fazer dessa região o epicentro da revolução energética do país. O porto já responde por quase 40% das exportações de petróleo bruto, através do terminal da Vast; oferece a maior base de apoio a plataformas de óleo e gás no planeta; e é o escoadouro do maior mineroduto do mundo, com 529 km de extensão, através do terminal da Ferroport.

Com as atividades de movimentação portuária de minério, petróleo e gás consolidadas e em expansão com cargas de projeto, como pás eólicas e turbinas para termelétricas, além de granéis sólidos; o Porto do Açu está também, ano a ano, acelerando a industrialização com foco em projetos de baixo carbono. O empreendimento é reconhecido mundialmente como o porto da transição energética do país.

O Brasil tem uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo e pode ser um dos maiores parceiros de países que necessitam descarbonizar suas indústrias e reduzir a emissão de CO2, na expansão de negócios sustentáveis e na transformação energética. Neste contexto, o Porto do Açu tem oportunidade única de viabilizar novos negócios em energia, sendo a porta de entrada para iniciativas de baixo carbono no país.

“Nos últimos anos assinamos uma série de acordos para estudar plantas industriais renováveis e, agora, estamos no momento de avançar para que, na próxima década, esses projetos se tornem realidade. O Açu estuda, em conjunto com parceiros, soluções para ajudar a reduzir em até 25% as emissões de gás carbônico na produção de aço, algo revolucionário no mercado brasileiro”, elenca Vinícius Patel, Diretor de Administração Portuária do Porto do Açu.

Para a região, a implantação desses projetos, previstos para ocupar os 44 km² de área disponível para industrialização, significa gerar mais capacitação na região e mais empregos, que serão criados com a necessidade de mão-de-obra das companhias que devem se instalar no Açu nos próximos anos.
O processo de transformação do Açu no maior hub de integração energética do Brasil tem sido muito bem-sucedido. Já foram anunciadas parcerias com players globais, como a Eletrobras, para produção de hidrogênio renovável (H2R) e seus derivados.

“O Açu possui um grande atrativo, inédito no país, que é uma área de 1 milhão de metros quadrados licenciada ambientalmente para a instalação de um hub de hidrogênio de baixo carbono. Concedido pelo Governo do Rio, o licenciamento é um facilitador para a instalação de empresas que queiram construir e operar plantas de hidrogênio verde no Porto do Açu. Estamos prontos para abrigar esse projeto e temos estratégia única do país, que é assegurar a demanda deste hidrogênio como insumo para indústrias instaladas no complexo portuário”, explica Patel.

O Açu também desponta como um dos três principais pontos do país para a instalação de eólicas em alto-mar. O Brasil possui cerca de 700GW de potencial de eólica offshore em profundidade de até 50m e com ventos acima de 7m/s. Até março deste ano, havia 183GW sendo licenciados ao longo da costa brasileira, dos quais 34GW estão na região de influência do Porto do Açu, tendo estudos de viabilidade em andamento com Corio Generation e SPIC, entre outras empresas.

Infraestrutura - Outra vantagem é a infraestrutura disponível para atender a fabricação dos componentes necessários à instalação, operação e manutenção dos parques eólicos. Mais um diferencial é a localização estratégica, perto dos principais mercados consumidores de energia e próximo ao centro da costa brasileira, com potencial para ser um hub de exportação de componentes para outras regiões do país via cabotagem. Soma-se isto, a proximidade com área de grande potencial eólico na região sudeste; infraestrutura portuária operacional, com terminais com grande profundidade, capacidade e experiência no recebimento de cargas de projeto e conexão às linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN).

“As vantagens apresentadas pelo Porto do Açu para implantar o maior hub de integração energética do país são significativas. E estamos montando um ecossistema competitivo, baseado em sinergias, criando ainda mais valor para o que é produzido no complexo portuário. São características que só o Porto do Açu possui”, conclui Patel.

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