Paes garante que PSD fica com Bacellar e Bruno Vianna se Caio não for candidato
Rodrigo Gonçalves 29/03/2024 13:54 - Atualizado em 29/03/2024 14:40
O prefeito Eduardo Paes, maior líder do PSD no estado do Rio de Janeiro, afirmou nesta sexta-feira (29) que o "partido vai ficar sob o comando do Caio Viana se ele for candidato a prefeito. Caso não, o Bacelar é quem vai dar o caminho em Campos junto com o vereador Bruno Viana".
O blog procurou o prefeito do Rio após Bacellar declarar em Campos, durante reunião com seus aliados na noite de quarta (27), que o PSD estará no seu grupo para nominata. Wladimir Garotinho (PP) chegou a dizer que teve a informação do deputado federal Pedro Paulo, aliado de Paes e presidente estadual da sigla, que a "informação não procedia"(aqui). Na manhã desta sexta (29), Pedro Paulo, não confirmou a informação. "Tenho o maior respeito pelo prefeito Wladimir, mas não conversei com ele", declarou o deputado.
Wladimir vinha trabalhando na montagem da nominata do PSD na planície se reuniu com aliados nessa quinta (28) para recalcular a rota e definir novo destino para os pré-candidatos que iriam disputar pela sigla, entre eles, o vereador Marquinho do Transporte (ainda no PDT) e Dudu Azevedo, assessor do prefeito e apontado como o principal apoiado por ele à Câmara. A alternativa mais trabalhada, segundo informações de bastidores, é que Transporte venha pelo PP e Dudu no Republicanos.
Com a articulação de Bacellar, Bruno Vianna que já está no PSD vai tentar voltar à Câmara, e terá possivelmente Maicon Cruz como colega de partido. Os dois foram cassados e afastados recentemente da Câmara, mas estão liberados pelo Tribunal Superior Eleitoral para concorrerem ao pleito de outubro. Outros nomes como do vereador Fred Machado (Cid) e de ex-parlamentares são trabalhados para a sigla.

A situação de Caio Vianna, presidente municipal do PSD em Campos e ocupando uma vaga de deputado federal graças ao padrinho Eduardo Paes, ainda é uma incógnita. O acordo entre Bacellar e Paes não o obrigaria ser candidato à Prefeitura de Campos, deixando, supostamente, a decisão na mão dele, apesar de Bacellar não esconder que o nome de Caio, somado a outros na disputa, aumenta as chances da eleição seguir para o segundo turno. Antes adversário, Caio vem se alinhando nos últimos meses ao prefeito Wladimir Garotinho.

O alinhamento de Rodrigo e o prefeito do Rio é apontado como resultado de um movimento na capital que foi noticiado na coluna Ponto Final (aqui), no último dia 9, e que ganhou ainda mais força depois que Paes foi à recente filiação e posse de Bacellar na presidência do União (aqui).

"Paes quer fazer o deputado federal Pedro Paulo (hoje, PSD) vice em sua chapa de reeleição. Que mira em turno único para se lançar candidato a governador em 2026, deixando a Prefeitura do Rio com alguém da sua estrita confiança. Para ampliar seu leque partidário, e como o PT quer sua vice para apoiá-lo, Paes já tentou emplacar Pedro Paulo no PP de Wladimir, sem sucesso. O União de Rodrigo seria não só alternativa, como demonstração de força", noticiou a coluna Ponto Final.

Foi esse o acordo agora concretizado, se mantendo também a dúvida, até então, em relação a Caio, que já teria se encontrado com Bacellar no Rio e ficou de bater o martelo se vem na disputa à Prefeitura de Campos. O blog procurou o deputado federal para comentar sobre o assunto, mas ainda não obteve retorno.

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