Estresse e liberação de glicose pelo fígado
Leonardo Gama - Atualizado em 22/09/2024 08:40
Pesquisadores brasileiros publicaram na revista científica Metabolism, um estudo que mostrou uma liberação importante de glicose do fígado de animais (camundongos) estressados.
A pesquisa inédita, demonstra que os nervos simpáticos no fígado liberam noradrenalina e ajudam a aumentar o açúcar no sangue.
Esse processo é conhecido como neoglicogênese e a ativação envolveu a proteína CREB e seu ativador CRTC2, pouco estudadas nesse contexto.
A neoglicogênese é um fenômeno importante em situações de estresse agudo (ou alarme), onde necessitamos de energia para "lutar ou fugir".
Um dos problemas é que essa reação de luta ou fuga deveria ocorrer, de acordo com a evolução, em circunstâncias de risco de morte, como ataque de um predador.
Nos dias de hoje não temos a onça, mas a violência urbana, desemprego, custo de vida, trânsito, etc., de forma que vivemos em estado de alarme.
A noradrenalina além de elevar a glicose, aumenta a pressão arterial, desvia sangue para os músculos, reduz a sensação de dor aguda, interfere no sono, dentre outros efeitos.
Segundo Luiz Carlos Navegantes, professor pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, os achados são fundamentais para se entender a relação entre o estresse, a obesidade e a hiperglicemia (glicose sanguínea elevada). 

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