Há mais de 40 anos existe a promessa de uma ponte sobre o rio Paraíba do Sul para ligar São João da Barra ao seu antigo “sertão”, emancipado como São Francisco de Itabapoana desde 1995. Os primeiros pilares, do que seria a Ponte João Figueiredo, com a pedra fundamental lançada em julho de 1981, foram abandonados. A sua reutilização foi descartada, devida a um novo projeto. Batizada pelo então deputado Roberto Henriques, a Ponte da Integração teve a pedra fundamental lançada em junho de 2014. A promessa era de conclusão em um ano, mas já se sabe que até hoje não ocorreu. Agora, a futura ponte muda de nome mais uma vez.
Primeira mudança
Mesmo sem previsão real de inauguração da obra, uma estrutura de 1.344 metros que encurtará a viagem entre os dois municípios em até 80 quilômetros, em 2017, o então deputado estadual João Peixoto, que morreu em 2020 por complicações da Covid-19, sugeriu que a futura ponte passasse a ter o nome de “Ponte da Integração Dodozinho Mendonça”. Era uma homenagem ao ex-prefeito de São João da Barra Genecy Mendonça, popularmente chamado de Dodozinho, que morreu em 2014, aos 96 anos. Responsável como prefeito por importantes obras estruturantes, tinha recebido homenagem em uma construção emperrada.
Nova homenagem
Agora, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) mudou o nome de novo: “Ponte da Integração Deputado Estadual João Peixoto”, conforme projeto de lei aprovado na Casa. A homenagem é merecida, ninguém questiona o empenho de João pela obra. Só que, mais de oito anos depois, ela ainda não terminou. E a construção dos acessos deve gerar outra novela. Por toda vida pública que tiveram, Dodozinho e João merecem ser homenageados e oportunidades não faltarão. Certamente, por ora, os dois ficariam mais lisonjeados se a obra fosse concluída, beneficiando a região, para só depois se discutir o nome que batizará a ponte.
Fora da disputa
Jornalista, advogado, ex-secretário estadual e de Campos, além de figura querida mesmo entre os detratores do grupo político dos Garotinho, ao qual sempre pertenceu em sua vida pública, Mauro Silva (PP) abriu mão da sua candidatura a deputado estadual em outubro, como informou o blog Opiniões (aqui). Mauro anunciou sua decisão na noite dessa quinta-feira (27), em seu perfil no Instagram. Ele se definiu por receio de que questões jurídicas advindas da sua candidatura a vice-prefeito de Campos, na eleição municipal de 2016, pudessem afetar sua candidatura e eventual mandato na Alerj.
O Ministério Público do Rio de Janeiro fez um cruzamento de dados com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e constatou que 2.058 pessoas que disputaram as eleições de 2000 a 2020 receberam ordens de pagamentos da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj). O levantamento indica ainda as candidaturas foram para os cargos de vereadores, prefeitos, deputados e até de suplentes ao Senado. Sob suspeita de funcionários fantasmas e rachadinhas, o MP conseguiu suspender os pagamentos, em decisão de 31 de julho.
Ecos na planície
Segundo matérias publicadas pela mídia nacional, em investigação iniciada pelos jornalistas Igor Mello e Ruben Berta, do portal Uol, recebiam pelo Ceperj funcionários sem nomeações em diário oficial e que não constavam no portal da transparência. A denúncia ecoou em Campos: mais de R$ 220 milhões sacados em espécie na boca do caixa, a agência do Bradesco no Centro se destacou com o recorde de R$ 12 milhões em retiradas. Pelo menos 16 parentes, assessores ou ex-assessores de 10 vereadores de oposição, com ligações políticas com o deputado estadual e ex-secretário Rodrigo Bacellar (PL). Todos negam qualquer irregularidade.
Vídeos
O MP deu um prazo de 10 dias para o Bradesco enviar as imagens de saques feitos na “boca do caixa” de agências onde prestadores de serviço do Ceperj sacavam o dinheiro, segundo o jornal Extra. As imagens já haviam sido requisitadas, mas o banco pediu um maior prazo. Os vídeos, que não terão edição, confirmarão se os prestadores da lista foram as pessoas que sacaram o dinheiro nas agências, para o caso de eles negarem ser os beneficiários. Em um só dia, na agência de Campos, as retiradas ultrapassaram meio milhão de reais em espécie, precisamente R$ 538.450,47 em 13 de junho deste ano.
Sesc Grussaí
Acontece neste domingo (28), a partir das 14h, a Caravana Sesc em Grussaí. O projeto leva uma amostra do que o Sesc oferece nas áreas de Assistência, Cultura, Educação, Lazer e Saúde. Esta será a primeira Caravana de uma série que acontecerá mensalmente na unidade em SJB até o fim do ano. Fechada em maio de 2020 por causa da pandemia, o Sesc Grussaí tem previsão de ser reaberto para o próximo verão sob administração do Sesc RJ — o complexo era gerido pela regional mineira. Os espaços e serviços serão abertos paulatinamente, iniciando com a oferta de 200 leitos na hotelaria, restaurante e espaço esportivos e de lazer.