"Piratas do Caribe - A Vingança de Salazar"
24/05/2017 19:18 - Atualizado em 26/05/2017 14:51
streia hoje (25) nos cinemas de Campos mais um filme da saga “Piratas do Caribe”, como sempre trazendo à frente do elenco o ator Johnny Depp. Desta feita, temos o episódio “A Vingança de Salazar”.
Na trama, o filho de Will Turner (o personagem de Orlando Bloom nos primeiros filmes), Henry, recruta a ajuda do falido Capitão Jack Sparrow para encontrar o lendário Tridente de Poseidon, capaz de remover a maldição de seu pai, condenado a ser o capitão do Holandês Voador. No entanto, Jack está sendo perseguido por Salazar, capitão de um (outro) navio de mortos-vivos que quer se vingar do pirata. E ainda por cima, Salazar também está atrás do mesmo Tridente (convenientemente).
Javier Barden, como de costume, é ameaçador como Salazar (mesmo que a franquia já esteja saturada de capitães de uma tripulação amaldiçoada como vilão), mas o aspecto vingança do personagem é subaproveitado e sua rixa com Jack Sparrow mal parece afetar nosso herói.
Geoffrey Rush retorna como Barbossa, secretamente o melhor personagem da franquia o tempo todo. Rush atua com o seu carisma habitual, mas, infelizmente, o filme leva o personagem para rumos que poderiam ser interessantes, se não fosse executado de forma tão medíocre e apressada.
Henry Turner e Carina Smyth aqui fazem o papel de mocinho e mocinha, similares aos personagens de Will Turner e Elizabeth wan na trilogia original de filmes (os quais têm uma participação pequena aqui). Por sorte, enquanto Orlando Bloom e Keira Knightley tinham um estigma desinteressante de galã de novela, Brenton Thwaites e Kaya Scodelario surpreendem e trazem bastante carisma aos seus papéis, que também possuem personalidades mais redondas. Scodelario traz uma caracterização progressista, como uma cientista mulher em tempos antigos, que é bem simplista, mas cumpre o papel de ser facilmente relacionável ao público. Já Thwaites, com seu charme de bom moço atrapalhado, lembra uma espécie de Guybrush Treepwood, dos games Monkey Island, e daria um protagonista muito mais interessante no lugar de Jack Sparrow.
Quando foi introduzido, Jack tinha o potencial de ser um dos (anti-)heróis de ação definitivos do cinema, com a perenidade de um Indiana Jones ou James Bond, mas a cada nova decepção da franquia, o personagem parece mais limitado. Johnny Depp retorna desinteressado, sem trazer nada de novo ao velho capitão e com um timing cômico enferrujado. Se Depp tivesse a bússola de Jack, ela apontaria para o seu (voluptuoso) salário e nada mais.
A franquia tem alguma dificuldade incrível em fazer um roteiro eficiente. Idealmente, cada filme contaria uma nova aventura de Jack Sparrow que fosse criativa e facilmente digerível. No entanto, o roteiro sempre é desnecessariamente complicado e confuso, o que mina completamente o ritmo do filme, tornando ele cansativo e deixando a narrativa cheia de furos e coincidências absurdas.
O segundo e terceiro filme tinham a ambição equivocada de formar uma trilogia épica aos moldes de um “Senhor dos Anéis” pirata, mas acabou com uma bagunça inconsistente e até tediosa. O quarto e este quinto filme são, em teoria, histórias mais fechadas, mas ainda sofrem dos mesmos problemas, se apoiando demais nos eventos dos filmes anteriores e não possuindo nenhuma objetividade na hora de avançar a história de forma orgânica e interessante.
Talvez o momento mais emblemático dessa questão é sua a inevitável cena pós-créditos que deve entrar para história como uma das mais infames do seu tipo, prometendo, não só um sexto filme, como também o resgate estranho e completamente desnecessário de elementos dos filmes anteriores que já haviam sido completamente encerrados. Não é possível que eles não tenham nenhuma ideia melhor.
Com isso, algumas cenas de ação bacanas, conceitos criativos e boas sacadas para piadas visuais elaboradas (uma marca registrada da série) não salvam o filme de suas falhas e excessos, o que até “parece que a franquia vai naufragar” ou algum clichê do tipo. Mesmo com restrições da crítica, o filme deve atrair um bom público em Campos.
Na próxima quarta-feira (31) teremos a pré-estreia de “Mulher Maravilha”. Permanecem em cartaz “A Cabana”, “Corra”, “Antes que Eu Vá” e “Rei Arthur: A Lenda da Espada”.
(A.N.) (C.C.F.)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

BLOGS - MAIS LIDAS

Mais lidas
Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos da Bacia de Campos recebe suspensão

A medida foi tomada após o acidente ocorrido na Plataforma PCH-1, em conformidade com a legislação vigente

Aniversário de Francimara com festa marcada por celebração com amigos, familiares e autoridades

Festa foi realizada nesse sábado no Sítio DuJuca, em Guaxindiba, para celebrar os 47 anos da ex-prefeita de SFI

Representantes do Siprosep realizam protesto em frente à Prefeitura de Campos

Entre as pautas do sindicato, está o pedido do reajuste salarial anual dos servidores, segundo ofício

Hospital Nursing Care inaugura novo centro cirúrgico nesta terça, em Campos

Estrutura amplia serviços do primeiro hospital de transição do interior do estado do Rio