Reabertura dos Teatros Firjan Sesi Campos, Macaé e Itaperuna marcou o ano na cultura
Algumas das melhores notícias de 2023 no que se refere à cultura no interior do Rio de Janeiro foram protagonizadas pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que reabriu os Teatros Firjan Sesi em Campos, Macaé e Itaperuna. Dados estatísticos demonstram a importância dos equipamentos para a indústria criativa e a promoção cultural: mais de 10 mil pessoas assistiram aos espetáculos promovidos nesses três teatros a partir de abril, prestigiando tanto atrações regionais quanto as de apelo nacional.
— A cultura é elemento fundamental na formação dos cidadãos, e a Firjan se orgulha de poder voltar a proporcionar mais este serviço, a preços populares, em nossa região — diz o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
O discurso é reforçado pelo presidente da Firjan Noroeste Fluminense, José Magno Vargas Hoffmann:
— O retorno do teatro (em Itaperuna) era um forte anseio dos conselheiros e da sociedade. Assim, ajudamos também a fomentar a indústria criativa, que adquire cada vez mais importância econômica, além, claro, dos aspectos sociais inerentes ao setor.
As três unidades reabertas haviam sido fechadas por conta da pandemia da Covid-19, em 2020. Este ano, elas voltaram a receber o público após terem passado por processo de manutenção interna. Ao todo, 10.250 pessoas passaram pelas unidades teatrais do Serviço Social da Indústria (Sesi) em Campos, Macaé e Itaperuna.
O primeiro desses três Teatros Firjan Sesi a ser devolvido ao público foi o de Campos, no dia 3 de abril. Desde então, 5.330 pessoas assistiram a 47 eventos artísticos no local, como shows, espetáculos teatrais, exposições, rodas de conversa, feiras, saraus, entre outras iniciativas. Destaque para o projeto Quintas Acústicas, que levou ao palco sete shows de artistas locais. Ao todo, foram 15 produções culturais da região.
Em Macaé, a reabertura aconteceu em 7 de outubro. Houve 18 apresentações por lá, com artistas locais e nacionais, recebendo 2.562 espectadores. Personalidades como a atriz Maitê Proença e o cantor e compositor Paulinho Moska estiveram naquele palco. Já em Itaperuna, desde 20 de outubro, 2.358 pessoas foram conferir os 17 espetáculos promovidos, entre shows e peças para adultos e crianças. Ao contrário de Campos, os Teatros Firjan Sesi Macaé e Itaperuna são os únicos teatros com programação ativa nas respectivas cidades. No caso de Itaperuna, trata-se do único teatro com programação ativa em todo o Noroeste Fluminense.
— Os números comprovam a importância dos nossos teatros para a sociedade local, não só para os espectadores, como para os artistas. Além de proporcionarmos espetáculos de qualidade e premiados nacionalmente, nosso edital de cultura, que será lançado em breve, contribui ainda para movimentar a economia e para valorizar os artistas locais — destaca a gerente-executiva regional da Firjan Senai Sesi, Eliane Azevedo.
Entre as principais iniciativas culturais da Firjan Sesi estão o Festival X-Tudo, que completou 10 anos com uma programação especial dedicada às mulheres; e o X-Todas, que levou às unidades 14 atrações diversas, desde teatro e música a feiras e debates sobre o papel feminino na cultura. Outro festival que comemorou a sua 10ª edição foi o Terra do Rap, celebrando os 50 anos da cultura hiphop. Segundo o Sesi, trata-se, inclusive, do primeiro festival de fomento a novos artistas urbanos no Brasil, em intercâmbio com periferias dos países e territórios de língua portuguesa.
Outra importante conquista foi que, este ano, a Firjan Sesi Campos expandiu a sua atuação para além do subdistrito de Guarus, onde está sediada. Além de ter participado da programação do 30º aniversário da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), disponibilizando um show gratuito de Roberta Campos, a entidade ofereceu cursos gratuitos de profissionalização no setor cultural. As aulas foram ministradas na Casa de Cultura Villa Maria, com capacitações destinadas prioritariamente a candidatos que atendessem a critérios socioeconômicos.
— A reabertura dos teatros, assim como toda a nossa programação, tem como um dos focos a descentralização da cultura. Assim, buscamos ajudar a formar e qualificar espectadores, contribuindo com uma sociedade mais plural e consciente, que gera repercussões intangíveis no desenvolvimento econômico, social e educacional da região — conclui o coordenador de Cultura e Educação da Firjan Sesi, Antenor Oliveira.