TRE pede explicações à PF sobre atraso em investigação contra Carla Caputi
Gabriel Torres 10/04/2025 14:19 - Atualizado em 10/04/2025 16:06
Prefeita Carla Caputi
Prefeita Carla Caputi / Divulgação
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) determinou que a Polícia Federal preste esclarecimentos sobre uma investigação contra a prefeita de São João da Barra, Carla Caputi (União). Em novembro de 2024 foi instaurado inquérito para investigar denúncia de suposta compra de votos pela prefeita e solicitado à PF uma investigação no prazo de 90 dias. Com o fim do prazo, na última sexta-feira (4) a desembargadora Tathiana de Carvalho Costa questionou a PF e cobrou informações sobre o caso. Em nota, a defesa de Carla Caputi afirmou que ainda não teve acesso aos detalhes do inquérito, disse confiar na Justiça Eleitoral e ressaltou que a abertura da investigação não representa juízo de culpa.

O inquérito para apurar a denúncia de crime eleitoral foi instaurado pelo desembargador Fernando Cabral, após pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE). Segundo a denúncia, teriam sido distribuídos benefícios concedidos pelo município no período eleitoral e contratados profissionais temporários com o objetivo de angariar apoio à candidatura de Carla Caputi e dos vereadores de sua base aliada.

No início da investigação, foi solicitado à Polícia Federal apurar a eventual distribuição de benefícios e se ocorreu contratação de servidores temporários em 2024. Também foi solicitado que a PF ouvisse testemunhas, entre eleitores, servidores públicos e a prefeita, além de levantar a relação de eventuais servidores temporários e eleitores que teriam recebido os benefícios.

Com o fim do prazo, a desembargadora cobrou informações sobre a investigação. “Tendo em vista o decurso dos 90 dias concedidos sem qualquer manifestação, notifique-se a Autoridade Policial para que informe as razões para o descumprimento do prazo”, afirmou Tathiana de Carvalho Costa.
A prefeita Carla Caputi se pronunciou afirmando que confia na Justiça Eleitoral e que a investigação trata-se de ato formal. Confira a nota da íntegra:
"A defesa da prefeita Carla Caputi informa que ainda não teve acesso aos autos e reitera sua plena confiança na Justiça Eleitoral. Ressalta, ainda, que a abertura da investigação não representa qualquer juízo de culpa, tratando-se apenas de uma etapa formal de apuração — um procedimento corriqueiro e saudável no ambiente democrático".

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