Justiça decreta prisão e vereador Bruno Pezão é considerado foragido
O juízo da 3ª Vara Criminal de Campos emitiu mandado favorável à prisão preventiva do vereador reeleito Bruno Pezão (PP). A Polícia Civil já considera Bruno Pezão foragido, por não ter sido localizado em seus endereços, desde a manhã de sexta-feira (20). A ordem foi assinada pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira. Pezão é investigado no âmbito da operação "Pleito Mortal", que apreendeu mais de R$ 1 milhão, desses R$ 600 mil só em dinheiro, no apartamento do vereador no dia 18 de setembro, quando foi preso em flagrante. Pezão, que também recebeu uma intimação da Justiça Eleitoral, no ato da diplomação, no início da semana, é investigado no auto por "lavagem de dinheiro". A defesa de Bruno Pezão afirmou em nota que “as informações veiculadas sobre uma suposta condição de "foragido" são totalmente infundadas” e negou a existência de mandado de prisão contra o vereador.
A delegada titular da 134ª DP, do Centro, de Campos, Carla Tavares confirmou o mandado de prisão preventiva do parlamentar. A decisão partiu dos autos do processo de flagrante durante a "Operação Pleito Mortal". "Pezão não foi localizado em seus endereços e já é considerado foragido", informa a delegada. A Polícia Civil também disponibilzou números para o disque denúncia: 2253-1177 ou pelo Whatsapp: 2298831-8036.
A ordem de prisão foi assinada pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 3ª Vara Criminal de Campos, nesta quinta-feira (19). Na decisão, o magistrado afirma que as medidas cautelares impostas não foram suficientes.“Por fim, destaca o Ministério Público que a apreensão da elevada quantia, se deu em meio à corrida eleitoral, somado aos inúmeros indícios de envolvimento de “Bruno Pezão” com indivíduos relacionados ao tráfico de drogas, inclusive encarcerados, bem como em outras atividades ilícitas, sendo certo que as medidas cautelares que lhe foram impostas, não são suficientes para manter o recorrido afastado de contextos delitivos de lavagem de dinheiro”, escreveu Glaucenir.
O juiz considerou a prisão preventiva como medida mais eficaz à tutela do processo.“Desta forma, vê-se que a única medida cautelar que se mostra eficaz à tutela do processo é a prisão preventiva. A esse respeito, acrescenta-se que há prova da materialidade do delito e indícios mais do que suficientes de autoria”, diz a decisão.
Em nota, a defesa do vereador Bruno Pezão negou que ele esteja foragido e classificou a decisão como “destituída de fundamentação”. Confira na íntegra a nota divulgada pelos advogados de Bruno Pezão:
“A defesa do vereador Bruno Pezão esclarece que as informações veiculadas sobre uma suposta condição de "foragido" são totalmente infundadas. Não há qualquer mandado de prisão expedido contra o vereador. Além disso, a defesa sequer foi formalmente intimada da decisão judicial em questão, tendo tomado conhecimento apenas por meio de consulta ao processo.
Ressaltamos que a referida decisão foi disponibilizada no sistema processual somente após as 18 horas do dia 19/12/2024, já no período de recesso forense, o que evidencia o completo descompasso com a legislação e com os princípios da ampla defesa e do contraditório.
A decisão judicial é absurda, destituída de fundamentação adequada e absolutamente contrária à legislação vigente. Reiteramos que o vereador Bruno Pezão vem cumprindo rigorosamente todas as medidas cautelares impostas desde a audiência de custódia, demonstrando sua total disposição em colaborar com a Justiça e manter sua conduta ilibada.
A defesa segue plenamente confiante na inocência do vereador Bruno Pezão e já impetrou um Habeas Corpus junto ao plantão judiciário, adotando todas as medidas legais cabíveis para reverter essa decisão ilegal e inconstitucional. Reafirmamos nosso compromisso em garantir que a verdade prevaleça, confiando na Justiça e no apoio da população que reconhece o trabalho e a seriedade do vereador”.
No dia 18 de setembro uma operação deflagrada pela Polícia Civil o político campista chamou atenção pelos crimes investigados e pela quantia em dinheiro apreendida. Pezão, então candidato à reeleição e posteriormente reeleito, foi preso em flagrante por suspeita de lavagem de dinheiro durante a operação que investiga o assassinato de um cabo eleitoral ocorrido na Baixada Campista. A operação “Pleito Mortal” cumpriu mandados de busca e apreensão em Campos e no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Foram apreendidos mais de R$ 1 milhão na casa do vereador, que foi solto no dia 20 de setembro.
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco/MPRJ). A Polícia Civil informou à época que as investigações apuram um homicídio ocorrido no dia 19 de julho, na localidade de Campo Novo, onde o cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Moraes foi morto dentro de seu carro com oito disparos de arma de fogo. De acordo com a polícia, ele teria o domínio nos colégios eleitorais de Valeta e Venda Nova, ambos em Campo Novo, e antes de morrer teria selado um acordo para apoiar outro candidato, concorrente de Bruno Pezão.
No último dia 16, dia da diplomação dos eleitos no Teatro Municipal Trianon, Pezão também foi intimado pela Justiça Eleitoral em mais uma ação. Desta vez por suposta compra de votos durante o processo eleitoral.
No dia 18 de setembro uma operação deflagrada pela Polícia Civil o político campista chamou atenção pelos crimes investigados e pela quantia em dinheiro apreendida. Pezão, então candidato à reeleição e posteriormente reeleito, foi preso em flagrante por suspeita de lavagem de dinheiro durante a operação que investiga o assassinato de um cabo eleitoral ocorrido na Baixada Campista. A operação “Pleito Mortal” cumpriu mandados de busca e apreensão em Campos e no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Foram apreendidos mais de R$ 1 milhão na casa do vereador, que foi solto no dia 20 de setembro.
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco/MPRJ). A Polícia Civil informou à época que as investigações apuram um homicídio ocorrido no dia 19 de julho, na localidade de Campo Novo, onde o cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Moraes foi morto dentro de seu carro com oito disparos de arma de fogo. De acordo com a polícia, ele teria o domínio nos colégios eleitorais de Valeta e Venda Nova, ambos em Campo Novo, e antes de morrer teria selado um acordo para apoiar outro candidato, concorrente de Bruno Pezão.
No último dia 16, dia da diplomação dos eleitos no Teatro Municipal Trianon, Pezão também foi intimado pela Justiça Eleitoral em mais uma ação. Desta vez por suposta compra de votos durante o processo eleitoral.