Fábio Ribeiro: 'Maior força política é Wladimir'
“Hoje, o prefeito Wladimir Garotinho é a maior liderança do nosso município”, declarou o vereador Fábio Ribeiro (PP), que foi reeleito com 4.483 votos. O parlamentar foi o entrevistado do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3, dessa sexta-feira (11). Além de analisar o resultado das urnas e a votação expressiva do prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), reeleito com mais de 192 mil votos, Fábio falou sobre a eleição da próxima Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. Embora não tenha sido acordado ainda com o partido, o desejo dos sete vereadores eleitos pelo PP é que a presidência da Casa e mais uma cadeira da Mesa sejam de um deles. O ex-secretário de Obras também falou que não deve assumir cargo no Executivo e afirmou que tem pretensões de lançar candidato a deputado federal em 2026.
Vitória nas urnas — “Hoje, se alguém tinha alguma dúvida, não tem mais. A maior força política hoje no nosso município chama-se Wladimir Garotinho. Ele que já veio no crescent. Em 2020, ele teve uma um segundo turno bastante dividido com o Caio Vianna, mas já em 2022 ele deu um show, vamos dizer assim, eleitoral com o candidato a deputado estadual Bruno Dauaire, que foi o recordista de votos como deputado estadual do nosso município. E agora, em 2024, o Wladimir, além de fazer a maior votação nominal da história do nosso município, ele fez pela primeira vez uma bancada, o governo faz uma bancada de 19 vereadores, ele fez pela primeira vez um partido fazer sete vereadores. Já teve o caso de coligação fazer sete vereadores, agora partido não. É diferente, o número de candidatos é menor. Então, essa é a expressão que saiu das urnas no último domingo, que realmente. O governo Wladimir Garotinho se mostrou, se comportou muito bem ao longo desses quatro anos. É também prova que ninguém faz nada sozinho, não é só o prefeito Wladimir Garotinho. O governo se saiu muito bem nas urnas. Então, isso consolida hoje o prefeito Wladimir Garotinho como a maior liderança do nosso município”.
União — “A eleição acabou no dia 6. Agora a gente tem que pensar em Campos. Então nós temos hoje, um dos dois maiores políticos do estado do Rio de Janeiro, Wladimir Garotinho e Rodrigo Bacelá são campistas. Para que a gente não vai unir força, gente? Então a gente tem, é lógico, as diferenças, respeitando os grupos, respeitando a história de cada um, mas tem que ter, a gente não tem caminho diferente, não tem caminho diferente, isso é o que eu penso, não tem. É lógico, quer dizer que vai ter uma união político-eleitoral dos dois lá em 2026, não estou falando isso”.
Apoio de Caio Vianna — “Eu acho importantíssimo. Ali teve uma união das forças populares de Campos. Ninguém discorda que Garotinho e Arnaldo (Vianna) são as forças mais populares do nosso município. Então, é a união das forças populares e das duas famílias que mais fizeram por Campos. Foi muito importante para a questão eleitoral. Eu acho que a postura dele foi correta, pensando no municipio. Lá em Lagoa de Cima, onde é a minha base, ali não tem jeito, ou foi Arnaldo ou foi a família Garotinho, não tem outra. A UBS, quem fez foi Arnaldo. A creche, quem vai fazer agora, porque nós temos a creche alugada, quem vai fazer agora é Wladimir. A estrada, quem tinha feito foi Arnaldo, lembra que Arnaldo fez um acordo com a Petrobras e asfaltou todo o interior no nosso município. Wladimir agora está recapeando. Então, não tem outra. Essa força, essa união é muito importante. Eu acho a participação do Caio Vianna na campanha Wladimir Garotinho fundamental”.
Papel do vice — “Frederico (Paes) é um empreendedor, é um exemplo de pessoa, uma pessoa bastante coerente, é um amigo. Ele é uma pessoa que dá esse tom empreendedor que precisa na vida pública também. O Frederico traz também toda essa classe de empresários, de empreendedores para o nosso lado. Então, foi muito importante, desde a primeira eleição, essa participação do Frederico, que foi atuante no governo. Frederico estava ali, tanto na área da Saúde, como na área da Agricultura, do agronegócio”.
Vocações — “A gente recuperou a infraestrutura do municipio e agora a gente tem que pensar na pessoa, lógico, melhorar os serviços, na Educação, Saúde, mas, principalmente, a empregabilidade. Trazer emprego através do desenvolvimento econômico, através de fixar mais indústria. Então, isso, aproveitando, é lógico, o Porto do Açu. O prefeito mesmo tem um projeto muito interessante e importante, que é a criação da zona de comércio entre Farol e Porto do Açu. Então, a gente tem que avançar nesse sentido. Por isso que é importante a união. A gente tem aqui Espírito Santo e tem Minas Gerais, onde você tem Presidente Kennedy e tem Murié, por exemplo, são dois municípios aqui que você vê um parque industrial desenvolvido, e o nosso aqui, do lado, Itaperuna, que é uma cidade que tem uma infraestrutura interessante. Então, fica aqui esse chamado para que a gente una as forças políticas para que a gente possa estar crescendo”.
Unir para avançar — “A gente tem a força política do prefeito. Não é o prefeito, mas a força política. O prefeito mais três deputados que nós temos, inclusive um presidente da Alerj. O momento é esse, é o momento de unir para que a gente possa avançar. Porque às vezes, você regredir, vão dizer, vai diminuir a arrecadação, mas quem sabe? A gente não sabe se vai diminuir a arrecadação de IPVA do Estado, não é isso? Pode até aumentar, não é isso? Mas a gente tem que ter medidas agora importantes para isso, para o crescimento lá na frente. Então, o momento politico é esse, é isso que eu estou querendo dizer. Por isso, a necessidade de você fazer uma pacificação ou um pacto, para que a gente possa estar avançando, coisa que precisa dessa ação entre município, Estado e União. E é por isso que o Wladimir conseguiu esse sucesso todo no governo dele. Ele foi uma pessoa que não ficou no gabinete. Ele foi ao governo do Estado, ele foi lá à Brasília, nos gabinetes dos deputados, dos senadores, dos ministros. Então, é isso que a gente tem. A gente tem que fazer realmente uma nova história, mas pensando lá na frente”.
Discurso de Marquinho — “Quero parabenizar de antemão aqui o discurso do presidente Marquinho Bacellar na Câmara, também reconhecendo a vitória do Wladimir e também falando que está na hora de a gente avançar, então acho que a postura é essa. Não tem como. É lógico que a gente tem diferença, nós vamos ser combativos naqueles pontos, que acho que é o crescimento”.
Comparações — “Na composição do apoio à Madeleine, você tem grande parte do governo Rafael (Diniz). Então, essa comparação foi uma comparação que o eleitor tem que fazer. Eu fui secretário de Obras, posso falar isso. Todas as ruas de paralelo da Pelinca foram recompostas. Nós tivemos, e estamos tendo ainda, o recapeamento de várias ruas de Guarus, dos dois lados. Então, quer dizer, nós atacamos, como também estrada no interior, nós atacamos todos os pontos do nosso município, que é o maior município do Estado. Então, é muito grande para você tomar conta disso tudo e o governo Wladimir foi muito bem sucedido nisso, tendo a referência anterior”.
Wladimir em 2026 — “Eu não posso falar que tem, porque realmente não conversei com ele sobre isso. Mas isso é natural. Não falo governador porque nós temos aí, por exemplo, em termos de majoritários, nós temos quatro cargos que serão disputados no próximo 2026. Nós temos o de governador, o de vice e dois senadores. Então são quatro cargos majoritários que serão disputados em 2026. Agora nós temos lá o Portinho e temos o Flávio. Então quer dizer, isso é uma questão natural, se você tem uma performance de governo e tem uma performance excelente eleitoral, isso é uma questão natural. O que deixa a gente muito tranquilo é a figura do Frederico, que é uma pessoa que é um grande gestor, se aproximou muito da política, se ambientou com o grupo político e soma hoje muita coisa”.
Desempenho de Madeleine — “Primeiro eu queria mandar um abraço para a delegada Madeleine, eu acho que ela cumpriu o papel dela perfeitamente. Ela fez realmente o que foi proposto, os debates, a gente tem que ter oposição, até mesmo para o crescimento, eu acho que isso aí ela cumpriu muito bem. Mas eu falo não em crescimento, mas falo em manutenção do poder político, do capital político da família Bacellar”.
Renovação da Câmara — “Fala-se muito do desempenho da casa legislativa, da Câmara de Vereadores. Se você for pegar, foi a primeira vez que só renovamos cinco vereadores. Diferente de 2020. Quem renovou ali? Wainer, Sub Jackson, Thamires, Cothé e Ciro, entendeu? Porque a gente tem que entender que Nildo, Rogério, Maicon e Marcione tiveram mais de 80% do mandato deles. Então quer dizer a aprovação da Câmara foi diferente. Então, a gente, apesar do tumulto que teve, mostrou que fomos atuantes. Cada um com seu jeito de atuar, então você vê a votação de todos os vereadores aumentou. Quem aumentou menos foi de Marcos Elias, mas aumentou também. Então quer dizer, todos aumentaram a sua votação, então a gente tem que registrar isso”.
Base de Bacellar — “Você tem aí cinco vereadores que compõem a aliança do Bacellar, que diminuiu. Na verdade, comparado com 2020, ele elegeu sete. Agora ele já elegeu cinco. E mais a Thamires Rangel, que é mais um lado do deputado Thiago Rangel, concorda? Então, na verdade, teve uma diminuição do Barcellar na Câmara, concorda? O número é o seguinte: nós tivemos uma renovação pequena, nós tivemos uma aprovação da atual legislatura maciça. E nós tivemos uma diminuição do grupo Bacellar na Câmara. Eles elegeram sete em 2020. Eu posso citar dois vereadores que se são bastante atuantes. Em 2020, os dois vereadores que eles elegeram e que perderam a eleição agora, Igor Pereira e Helinho Nahim. Então, a gente vê uma diminuição do grupo Bacellar no Legislativo. Isso é consequência da maciça votação do prefeito. Nildo falou uma vez que era a pior legislatura da Casa. E a gente provou que para o eleitor não. Nós fomos uma das melhores, pelo número de reeleições, né? Muito grande. Então, eu queria fazer essa ponderação, que ao contrário que se pregava, a gente conseguia aí um mundo de reeleição muito grande”.
Estratégias do PP — “É legítimo do PP, baseado no critério e no princípio da proporcionalidade, vamos dizer assim, não impor, mas, olha, para lá, o presidente tem que ser do partido. Não por uma questão de vaidade, por uma questão de representatividade das urnas. E eu queria deixar bem claro aqui, para não ter especulação, que esse movimento, essa reunião, foram sete vereadores. Não estava presente o presidente do partido, Mauro Silva. O Mauro Silva está até viajando. Não teve nenhum movimento com isso. É lógico que agora a gente vai ter que pegar o apoio institucional. Na escolha do candidato, o Mauro tem que participar, porque ele é presidente do partido”.
Composição política — “Isso tudo é composição política. Nós nesse mandato, nós temos, na verdade, dois mandatos. Nesse mandato nosso, nessa legislatura, na próxima legislatura, nós temos dois mandatos de presidente. Então tudo é conversado. Tudo politicamente conversado. Então o que a gente está falando hoje, o PP sai das urnas com um referencial, com uma assinatura, com uma ratificação do eleitor campista muito grande. Agora nós vamos comunicar ao partido isso e vamos decidir junto com o partido quem é o candidato”.
Erro — “Eu já dei o meu papel, eu acho que eu fui muito importante. E as urnas falaram isso. Eu fui muito importante naquele primeiro momento, onde a gente errou na questão da antecipação da Mesa, mas depois disso eu fui perfeito como presidente. Eu consegui, com a minoria, aprovar todos os projetos encaminhado pelo prefeito. Não teve um que votou depois da minoria. Antes, o único projeto que a gente não conseguiu foi a reforma do Código Tributário. Agora, tirando isso, eu cumpri o meu papel. Eu acho que eu já fiz a minha parte”.
Eleição da Mesa — “A Mesa tem cinco membros, então o PP está pleiteando a presidência e mais outra cadeira. Aí é discutir, é a composição. A presidência a gente não abre mão, mas a outra cadeira, como foi o PSD quando eu fui eleito presidente. O Dandinho de Rio Preto foi eleito segundo secretário. A questão da proporcionalidade. E ali nós fizemos somente quatro vereadores, não estamos falando de sete. Primeiro vice-presidente, segundo vice-presidente, secretário e segundo secretário. E os vogais, não estamos falando de vogais. Se você pegar os sete vereadores do PP, eles fizeram mais votos do que o segundo partido mais votado. Só tô falando na questão da representatividade das urnas. Isso é importante, a gente não pode esquecer disso. Eu sou um dos sete. Eu não sou melhor do que ninguém. Porque o eleitor campista deu isso para gente, ele impôs isso, o PP hoje é o partido que tem, vamos dizer assim, que ter a maior influência política dentro do partido e dentro do município. E tem que ter. Eu estou falando da questão das urnas. Nem da base e nem da oposição”.
Cargo no Executivo — “Não, nesse mandato não (voltar à secretaria de Obras). Eu quero, no pedido que eu fiz ao prefeito, terminar meu mandato como vereador. Fui eleito como vereador, como terminei também quando era secretário de Administração”.
Projeção a deputado federal — “Não conversei nada com Wladimir, que é o meu líder politico, tem também a família Garotinho, a Rosinha e o Garotinho, mas eu tenho a intenção de colocar o meu nome para candidato a deputado federal. Eu tenho essa bandeira e eu vou explicar o porquê. Essa bandeira, eu não sou da parte da educação, mas eu vejo como gestor a competência da educação equivocada no Brasil. Nós temos um município que é competente na elementar e na fundamental. O Estado que é competente para o ensino médio e superior da União. Só que o ente federativo mais rico, o que tem mais receita, é a União. A importância da educação está no ensino fundamental, do elementar. Eu acho que o município tem que ser desonerado da educação e a União assumir a educação elementar e fundamental. Isso é a bandeira que eu tenho”.
Presidente da Câmara ou deputado federal — “Eu sou de grupo. Mas entre presidente da Câmara e candidato a deputado federal, eu prefiro ser deputado federal. E aí, eu sou de grupo. Vou conversar com o prefeito, o que é melhor para o governo dele, e nós vamos estar aí caminhando juntos. Se também chegar lá na frente e falar, não, nós temos um compromisso com fulano, ciclano e tal, estou junto também. Campos elegeu Garotinho e Feijó, no mesmo grupo. Eu acho que teve outro candidato do grupo de oposição. Não sei, mas dá para eleger. Campos chegou a eleger quatro deputados estaduais agora. Eu acho que tem espaço para isso no grupo. Mas a gente tem que caminhar, isso é uma vertente que é não crescente, como eu falei”.
Pacificação — “Acredito muito, não na palavra pacificação, mas na união por Campos. Porque entre Garotinho e Bacellar, existe uma coisa bem maior, que é o município de Campos dos Goytacazes. Então, nós, hoje, como eu disse aqui, nós estamos com uma grande oportunidade. Nós temos o presidente da Alerj e temos o melhor prefeito em desempenho do Estado do Rio de Janeiro. Quem está falando isso não sou eu. Quem falou isso foi o cidadão campista, através de 192 mil votos. Então, 192 mil votos, 19 vereadores da base, 7 vereadores do partido dele. Então, quer dizer, existe a necessidade hoje dessa união. Então, que a gente possa amadurecer no entendimento. Isso que é o meu desejo”.