Pastor Fernando vê em convênio aumento de vagas na Educação
Mário Sérgio Junior - Atualizado em 25/09/2024 06:25
Pastor Fernando no Folha no Ar
Pastor Fernando no Folha no Ar / Rodrigo Silveira
O candidato a prefeito de Campos Pastor Fernando (PRTB) foi o penúltimo prefeitável a ser entrevistado no programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Entre as propostas apresentadas, durante sua entrevista nessa terça-feira (24), Fabrício defendeu convênio com a rede privada de ensino para melhorar a educação pública, incluindo o aumento de vagas para os estudantes. Ele também afirmou que, se eleito for, irá fazer um diagnóstico detalhado de todo a rede de Saúde para que Campos possa se tornar um modelo. Pastor Fernando falou, ainda, de suas propostas para a fortalecer a economia do município e torná-lo menos dependente dos royalties do petróleo. Também falou sobre o transporte público, a segurança, a revitalização do Centro Histórico, entre outros pontos. Estreante na disputa eleitoral, o candidato disse já trabalhou na política com todos os governadores, exceto com Wilson Witzel e Cláudio Castro. Apontado com 2% das intenções de voto na última pesquisa Real Time, divulgada nessa segunda-feira (23), Pastor Fernando acredita que irá virar o jogo e estará no segundo turno com o atual prefeito Wladimir Garotinho (PP), candidato à reeleição que lidera a pesquisa com 65% das intenções de voto. Sobre a Câmara dos Vereadores, o candidato acredita em uma renovação de 40 a 50%. Na entrevista, ele também apontou os erros e acertos da gestão de Wladimir, fazendo comparações com o governo anterior.
Acertos da gestão — “A nossa cidade e, por que não dizer o mundo, vem de um período de pandemia. Foram dois anos bastante complicados e o governo anterior foi um governo péssimo, muito ruim, pelo menos na minha maneira de entender. E aí o atual prefeito assumiu, já com um novo tempo pós-pandemia, e a cidade vinha de uma situação caótica, e a partir de então, nas suas articulações, com apoio que a cidade recebeu do governo federal, do governo estadual, nós tivemos alguns avanços, e nós podemos ver isso na área da Educação, mas existe muita coisa ainda a ser feita, principalmente na área da Saúde, na área do Transporte e na Mobilidade Urbana, o trânsito e o comércio no Centro da cidade, enfim. Eu acredito que nós estamos nessa luta porque também temos uma visão diferenciada para a nossa cidade. Nós entendemos que existem muitas coisas que precisam ser, muitos projetos que precisam ser desenvolvidos, implantados na nossa cidade, e nós nos propomos a isso. Colocamos o nosso nome à disposição da população de Campos. Já tivemos aqui, se não me falha a memória, 53 prefeitos e foram médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, mas eu sou o primeiro pastor que coloca o nome à disposição para concorrer a uma eleição. Nós somos em Campos em torno de números aproximados, 130 mil eleitores evangélicos. E na eleição passada, nós tivemos mais ou menos esse número, 129 mil, de pessoas que não compareceram à urna, outros brancos e nulos, e pessoas que não votaram. Nós estamos em busca desses eleitores”.

Pleito — “Eu creio que nesta eleição, todos temos um número excelente de candidatos, muito bons candidatos. Eu considero todos eles excelentes candidatos. O nosso vice, por exemplo, é um médico, o doutor Carlito, ele é cardiologista, capitão do Corpo de Bombeiros, professor da Faculdade de Medicina e professor da Escola Técnica, tem um nome muito capacitado. Com ele tem uma equipe, ele também foi diretor clínico de um dos hospitais particulares da nossa cidade. Ele tem um relacionamento excelente com os médicos, com o grupo da saúde, de uma forma geral, e ele está somando muito na nossa campanha. E além dos evangélicos, eu sou evangélico, mas ele é católico. Então, isso tem sido muito positivo para todos nós”.

Erros — “O ponto positivo, eu falei de uma forma geral. Eu olho para a cidade, comparando com o governo anterior para o atual, que houve um avanço. Ponto positivo. Houve um avanço na área de infraestrutura. Eu creio que também, devido à pandemia, houve um avanço na área educacional. Eu percebo que muitas escolas foram reformadas, elas estavam caindo os pedaços. Houve um avanço nessa área. Agora, no setor do Transporte, nós permanecemos na mesma situação, ou pior, do que o governo anterior. Então eu julgo que esse ponto é um ponto negativo do governo atual”.

Gestão da Saúde — “A minha impressão é que, realmente, a Saúde está deixando a desejar. A gente vê que existe uma obra física sendo feita nos hospitais, tanto no Ferreira Machado como no HGG. E eu tenho tido a oportunidade de ir aos hospitais como pastor. Alguns membros da nossa igreja estão às vezes internados e então a gente chega lá, a gente vê a estrutura interna dos hospitais. E há pouco tempo, aproximadamente umas três semanas, o doutor Carlito (candidato a vice) recebeu um contato de uma pessoa que estava internada na UTI e só tinha três fraldas geriátricas, faltando insumos, de maneira que a família teve que se mobilizar para poder levar, para atender ao seu ente querido que estava internado. Então, eu creio que a gente precisa pensar sobre isso. A cidade tem consciência disso, o que acontece na Saúde. E eu não entendo por que não há uma mobilização do Poder Público atual nesse sentido de que haja uma solução imediata. Por exemplo, você chega no banheiro de um shopping, está tudo limpo, tem um funcionário ali lidando diariamente. Você vai no banheiro de um hospital, é um caos. Os banheiros públicos dos hospitais são um terror. Eu sou muito grato a Deus pelo Ferreira Machado, porque eu sofri um acidente, sofri cinco, e em um dos acidentes eu fui levado para o Ferreira Machado. O atendimento imediato salvou o meu braço. Então eu sou grato, porque ele é muito importante, ele é fundamental para a Saúde. A presença do Hospital Ferreira Machado na nossa cidade é primordial, é fundamental. Mas precisa-se olhar para que haja esse... Por que não fazermos com que esses hospitais sejam hospitais dignos da nossa população?”

Propostas para Educação — “A nossa proposta inclui convênio com as redes privadas. Eu trabalhei na Faetec, fui professor da Faetec, e trabalhei também numa escola particular, o Colégio Batista. A minha esposa é coordenadora pedagógica e trabalhou na Uenf, trabalhou na Faetec, trabalhou no Colégio Batista, de maneira que a Educação está no nosso coração. E eu me lembro que, num governo anterior, houve convênios com as escolas privadas. E a Educação, naquela época, cresceu muito. Eu me lembro que, quando eu trabalhei no Colégio Batista, nós tínhamos convênio. Então, eu sou a favor. Se existe o espaço na escola privada e se está com um excesso de alunos na escola pública, por que não fazermos um convênio ao invés de construirmos, gastarmos tantos milhões para fazermos uma unidade nova? A gente fazer o convênio com as escolas que estão com espaço ocioso, que atendem num nível excelente. Então, dentro da nossa proposta, fazermos convênio com a rede privada e aumentar, rapidamente, esse número de vagas”.

Ideb e aprovação automática — “Sobre a aprovação, eu acho que tudo que melhora é positivo. Como é que você vai avaliar de forma negativa se subiu, se a pontuação subiu, se melhorou? Melhorou, se tivesse caído aí realmente nós tínhamos que criticar. O ideal é que isso aconteça como acontecia na minha época, e eu creio que de vocês talvez. A gente sentava na carteira da escola e estudava ali. Eu, por exemplo, fiz psicologia, estudei quatro anos de licenciatura, mais um ano para fazer psicologia, dois anos lá no Auxiliadora eu fiz Existencial Humanista, mas dois eu fiz na Academia Brasileira, sentado na sala de aula estudando, presencial. Então foram nove anos só de psicologia presencial. O ideal é que isso acontecesse. Eu não fui promovido porque eu era aluno. Então esse é o ideal, mas em virtude da situação que se viveu aí, eu creio que veio da pandemia, é que houve, então, essa promoção. Eu olho de forma positiva quando houve o convênio em governos anteriores e eu vejo de forma positiva também para uma projeção futura, essa questão do convênio com as escolas privadas”.

Pesquisas — “Mais do que natural que o prefeito, com todo o poder que está nas mãos dele, a máquina da Prefeitura, ele mantivesse esse grupo de pessoas que estão à volta dele. São tantos benefícios sociais que a nossa Prefeitura tem, é natural que ele mantivesse ou até mesmo crescesse. Se acontecesse de outra forma, se ele caísse drasticamente, é que seria de se analisar. Então é natural. Eu estou fazendo uma análise totalmente neutra, sem tomar partido nenhum, sem me defender, sem querer defender a A, B ou C. Estou olhando para a situação política. Os RPAs, o que ele tem a disposição dele na área social, o cheque cidadão é um número elevadíssimo. Ele tem um uso social, mas que não deixa de ser também um benefício que é a favor do gestor. Sempre reflete a favor do gestor. Porque as pessoas que estão recebendo, elas querem continuar recebendo. Então aquilo é positivo. Era se despantar que se ele caísse bruscamente. A minha decisão para concorrer aconteceu 10 minutos antes do prazo ser encerrado. No último dia, dia 31 de julho, que aconteceu. Dez minutos antes chegou a decisão. Sobrefeita e aberta a mais tarde daquele dia. Então, você vê que os grupos anteriores aí, por exemplo, o prefeito tá aí há quatro anos. Os outros começaram o ano passado e já vem rolando”.

Perfil — “Eu já tive uma participação política, sempre trabalhei, eu trabalhei com quase todos os governadores. Trabalhei com o Garotinho, trabalhei com a Rosinha, trabalhei com a Benedita, trabalhei com o Cabral, trabalhei com o Pezão. Só não trabalhei com o Wilson, e até com o Cláudio, que é o atual. Trabalhei em vários setores do governo, municipal também, com o governo Arnaldo. E de maneiras que eu sempre tive uma participação, sempre tratando com as pessoas. Eu nunca me envolvi muito nessa parte, sempre nos bastidores, tanto que eu não sou tão conhecido. Mas sempre estive nos bastidores, trabalhando, ajudando, para que as coisas pudessem acontecer. Nós temos um trabalho social muito grande lá no meu bairro. E aí o meu crescimento cabe a isso. Como já dissemos, não tenho horário eleitoral, tempo de TV. Eu tenho essas oportunidades que vocês estão me dando. Então, o contato que eu faço com os meus líderes, pastores, colegas pastores, e que nós somos um grupo muito grande na cidade. Ninguém tem 100%. Eu tenho 50%, mas eu faço um trabalho com eles, eu mando mensagem para eles, através do que eu tenho em mãos, que é a minha rede social. Eu mando mensagens e essas mensagens chegam, eu recebo o retorno”.

Fundo partidário — “O Wladimir teve R$ 2 milhões, aproximadamente, no fundo partidário. Vou falar números aproximados para ficar mais fácil. A delegada (Madeleine), R$ 3 milhões. O professor (Jefferson), R$ 1 milhão. E eu, nada. Então, o que nós estamos fazendo? O pouquinho que a gente está tentando juntar, e está tentando juntar para o finalzinho da campanha, um material para você botar o número ali na mão daquelas pessoas mais humildes, que precisam, às vezes, saber que precisa fazer o 28, tem que fazer o 28. Então, eu estou com uma expectativa muito grande ainda”.

Meta — “Eu estou esperando chegar lá. Estou um ponto aí do terceiro, eu estou em quarto, eu espero chegar. Minha meta é ultrapassar o Jefferson. Essa é a minha meta. Talvez até mais um pouco, sabe? Não apareceu na pesquisa ainda, não apareceu, mas eu já estou em terceiro. Eu não tenho santinho, eu não tenho cartões, porque eu não tive verba, fundo partidário, para mandar fazer esse material. Por exemplo, a delegada fez 27 milhões de santinhos”.

Aprovação x Favoritismo — “Eu acho que é isso mesmo. Eu concordo com esses números. Sim, natural, porque ele está fazendo o trabalho, pelos municípios que já foram apresentados aí, a gente vê que isso tá acontecendo. Agora, a gente vê que... Eu não sei qual a metodologia usada para se calcular essa rejeição. Com relação ao que você apresentou, dos municípios, com relação à intenção de voto nesses municípios, eu concordo com essa pesquisa que foi apresentada, com esses números. Mas com os outros números, com relação à rejeição eu não concordo. Não só aqui em Campos, mas em todos os municípios. Se nós formos olhar em relação ao futebol, eu já sou o campeão da Série B nessa pesquisa que foi apresentada”.
Primeiro ou segundo turno — “Eu acredito (no segundo turno). Com base no que vai surgir nesses12 dias. Eu me coloquei à disposição da população, crendo que eu tenho uma missão para cumprir. E na minha mente, no meu coração, eu tenho esse sentimento de que nós vamos ter o segundo turno. Eu estarei no segundo turno. Possivelmente, se continuar os números que estão aí, serei eu e o Wladimir”.

Projeção à Câmara — “Eu acredito numa renovação, acredito que alguns não serão reeleitos, não. Não estou acompanhando de perto o trabalho que está sendo desempenhado por eles. Eu creio que de 40 a 50% de renovação. Existem alguns candidatos muito bons que se colocaram à disposição da população, estão trabalhando, e só saberemos na abertura da urna lá no dia 6”.

Propostas para Saúde — “Nós temos dentro do nosso programa de governo é que, ao assumirmos a Prefeitura, nós vamos priorizar um diagnóstico detalhado de toda a rede. Como fazer alguma coisa sem termos um diagnóstico detalhado? Então, o primeiro ato seria fazermos o diagnóstico detalhado de toda a rede e sabermos da importância, como já falamos aqui, dos hospitais, principalmente do Ferreira Machado. Uma outra questão que a gente sabe é a limitação orçamentária. Então isso tudo tem que ser trabalhado. O salário dos médicos hoje, de toda saúde, de todos os profissionais da saúde, é um salário defasado. E o doutor Carlito, que é o nosso vice, ele tem se desdobrado para estudar essa situação. E ele é uma pessoa muito capaz, com a equipe que está junto com ele, de médicos, para pormos a cidade de Campos para ser um modelo. Eu já tive a oportunidade de conhecer vários países do mundo, como pastor, nas conferências, viajei por muitos países, e eu não entendo, não consigo aceitar que a nossa cidade ela tenha esse nível de saúde. Nós precisamos priorizar a Saúde, a Educação, e nós vamos nos empenhar de todas as formas para que a Saúde possa ser um modelo, um modelo na nossa cidade. Os postos de saúde do município, as unidades de saúde têm que funcionar”.

Hospitais contratualizados — “Nós temos que manter o que está aí e aumentar o atendimento se for preciso. Aumentar a condição, dar mais condições aos hospitais para que haja esse desafogamento dos hospitais. Isso tem que ser avaliado (aumentar a complementação). Eu não tenho como fazer essa avaliação e nem sei fazer. Nós temos uma equipe que está já está estudando essas questões. Um dos nossos assessores foi 15 anos gerente-geral da Caixa Econômica Federal. Então é uma pessoa super capacitada. Conhece profundamente dessa área”.

Plano de Saúde para o servidores — “Eu acho que sim. Eu penso (em retomar o plano de saúde para os servidores). Eu penso e eu não tenho certeza agora se está lá no nosso programa. Mas a gente já conversou sobre isso na nossa coordenação”.

Transporte Público — “Eu sempre defendo uma visão que eu tenho e que outros também têm, mas que é uma visão bíblica, me permita usar aqui, que há um texto bíblico que diz que na multidão de conselheiros há sabedoria. Eu não vejo como nós tratarmos dessa questão no nosso município, sem que nós tenhamos pessoas que realmente são capazes disso. Nós teríamos que ter aqui engenheiros de transporte, engenheiros de trânsito, engenheiros de todas as áreas que envolvam, trazer os melhores para aqui, reunir, sentar com o pessoal das vans, os donos das empresas de ônibus, Tem que haver um consenso disso. Não se concebe que isso é assunto, que essa questão tão séria da nossa cidade vá passando de governo a governo sem ter uma solução. Até mesmo porque nós temos recursos no governo atual, a gente sabe que existe o recurso para isso. No ano passado para esse ano, eu creio que nós tivemos um caixa de R$ 800 milhões. Nesse ano, me parece que, pelo que eu tenho ouvido, nós temos aí mais de R$ 1,6 milhão no caixa da Prefeitura. Fora disso, houve-se falar dos recursos que estão sendo buscados no governo federal, empréstimo de R$ 540 milhões, mais R$ 6 milhões para trabalhar nessa área de Transporte também. O recurso não está faltando. Está faltando realmente que se tenha um projeto que junto com a população, com as empresas de ônibus, com o pessoal das vans, se chega em um consenso. Quando se tem um recurso, precisa trazer pessoas que são capazes de fazer o estudo daquela situação e apresente uma proposta que possa ser uma proposta que vá trazer essa tranquilidade que a população de Campos precisa”.

Novos ônibus — “Eu penso que todo benefício que venha para o município, ele é bem-vindo. Agora, precisa-se estudar isso aí. O que eu tenho visto? Eu vi algumas críticas. Eu não sei apresentar aqui um parecer sobre isso. Mas eu ouvi algumas críticas. Por exemplo, se nós temos o dinheiro em caixa, por que pagar um empréstimo pagando um juro? Só tem que ser feita uma avaliação. E eu acho que a equipe da Fazenda e o pessoal que vai mexer diretamente com essa área do transporte, tem que fazer essa avaliação. Se esse valor vai ser necessário, se esse valor vai ser um valor que vai caber dentro do orçamento do município, porque me parece que tem dois anos de carência. A partir de dois anos é dividido em tantas parcelas, dez anos para pagar. Então, precisa-se fazer essa conta. Qual é o juro? O município vai ter como pagar as empresas? Elas estão de acordo? Nós temos que ser coerentes, não podemos condenar. O que tem lá de saldo, lá no caixa, vai ser investido em outras necessidades que o município tem. Tem que haver a administração disso daí, a transparência, porque eu sou a favor da transparência total”.

Segurança — “Eu sou a favor que a Guarda Municipal seja armada. E eu vejo que no Centro da nossa cidade, à noite, eu tenho um projeto chamado Amigos da Calçada, onde nós buscamos levar um apoio aos moradores de rua. Não sou a favor dos moradores de rua, no sentido de que eu sei que há uma determinação do Ministério Público, que a pessoa é livre e ela pode ficar onde quiser, mas eu sou a favor de que essas pessoas sejam abordadas e, ao serem abordadas, elas sejam levadas para um determinado ambiente em que elas possam tomar banho, se vestir, ter ali uma assistente social, um psicólogo para conversar com elas, descobrir qual é a profissão delas. E, dentro da possibilidade, elas serem encaminhadas para um trabalho dentro do município, se elas querem estar no município. ‘Ah, eu não quero trabalhar, eu só quero ficar aqui na rua mesmo’. Então eu acho que deve-se preparar um relatório, apresentar ao Ministério Público, chegar um consenso, e essa pessoa deve ser levada para a cidade de onde ela veio. Isso se houver um consenso, porque tem que ter o aval do Ministério Público”.

Ciclovia — “A questão da ciclovia e da ciclofaixas tem trazido muita polêmica aí, principalmente para os comerciantes aqui do centro. É um assunto que tem que ser conversado, tratado com os comerciantes. Eu estive na CDL e a gente conversou sobre isso também lá, que as pessoas têm que ser ouvidas, o comerciante tem que ser ouvido, a população tem que opinar, tem que dizer aquilo que eles querem. Não pode ser uma imposição de cima, alguém chegou, fez um projeto, vamos fazer assim porque vai ficar bom. Eu acredito que o prefeito, o gestor, ele está ali para servir a população, não fazer com que a palavra, a ideia dele, seja aquela que vai prevalecer”.

Revitalização do Centro — “Eu acho que nós temos que conversar. Nós temos que, juntos com os comerciantes, a população, as entidades de classe, a CDL, um amigo meu falou que nós temos que fazer um grupão. E para quê? Para que a gente possa elaborar um projeto para que o Centro da cidade possa realmente passar por essa transformação. A gente vê a orla aqui. Não tem condição de continuar do jeito que está. Falou-se do transporte que está inserido aqui no Centro da cidade. E a gente vê as lojas fechadas, muitas lojas fechadas. Eu me lembro que a gente vinha no Centro da cidade até para andar. Às vezes, até para andar era difícil. Muitas pessoas, aquele movimento, a vida, a alegria. Porque política é alegria, né? É alegria. As pessoas têm que estar alegres e a cidade tem que movimentar. Então, como vamos fazer isso? Nós temos que ter um projeto, trabalhar esse projeto e fazer acontecer isso aqui no Centro da cidade. Há pouco, a cidade estava aí sem condições de trafegar”.

Aluguéis e estacionamentos — “Os aluguéis precisam ser revistos, os estacionamentos precisam ser revistos. O indivíduo sai de um bairro e vai para um shopping. Ele chega lá no shopping, ele paga uma taxa de estacionamento e anda o dia inteiro e tem todas as lojas lá. Eu acho que é uma concorrência para o Centro. O Centro precisa facilitar as coisas. Existem prédios históricos aqui que precisam ser revitalizados. E a gente se dispõe a estar junto com a população, com o comércio central, para poder isso acontecer, trazer o movimento de volta para o Centro da cidade”.

Repovoar o Centro — “Eu acho que a gente teria que trazer esse movimento através de escritórios, por exemplo, onde os profissionais liberais pudessem estar por aqui, fazer com que voltasse a acontecer aquilo que nós tínhamos antes, que nós não temos mais. O movimento tem que vir para a cidade, tem que vir para o Centro da cidade, senão vai continuar do jeito que está aí, fechando cada loja. A gente passa por aqui e a gente vê as lojas fechadas. A gente tem que incentivar de todas as formas, através de financiamento, facilitar, enfim, isenção de IPTU. Por exemplo, uma loja no Centro da cidade, eu soube de um grupo de São Paulo que queria abrir uma agência aqui, um banco. E andou aí pelo Centro da cidade e achou os aluguéis bastante caros. E enfim, foi para Macaé. Facilitando, o IPTU, por exemplo, é uma. Às vezes o dono daquela loja manter aquela loja funcionando, ele tem que ter recursos e ela aluga a loja. Enfim, ela fechada também é um prejuízo pro proprietário”.

Mudança da Feira para praça da República — “Eu ouvi dizer que existe um projeto que o governo atual fez para aquela praça. Então, o que os comerciantes do mercado, as pessoas que estão ali pensam disso? Elas foram ouvidas? O que a gente vê é que do jeito que está não pode continuar. Nós precisamos traçar um plano para melhorar aquela região ali. É uma área, depois que for construído um prédio ali também, alguma coisa vai funcionar, a gente tem que avaliar. Eu não tenho essa avaliação. Do jeito que está, não pode continuar a Praça da República. Eu acho que tem que haver uma revitalização ali também, uma mudança. Tem que ser feito um estudo ali naquela praça”.

Shopping Estrada — “Outra situação que eu quero lembrar aqui também, do jeito que a rodoviária de Campos está, não tem condição. A outra rodoviária, o Shopping Estrada. Tem que ser feita uma intervenção imediata no Shopping Estrada. Chove dentro do Shopping Estrada e o que tem de pássaro ali que faz, né? É, pombos, andorinha e tem tudo lá. Mexeram nos sanitários lá, mas não ficou, não sei que empresa que fez. A cidade é grande, é muito grande, é muita coisa para se fazer”.

Vocação da Agricultura — “Nossa região precisa de irrigação. E os produtores sofrem porque não têm recursos para fazer a irrigação. Então eles precisam de aporte, eles precisam de apoio. E eu acho que o poder público tem que se unir aos produtores para viabilizar, através da secretaria de Agricultura, ou do Fundecam, seja pelo órgão municipal que for, para que ocorra a irrigação. Temos em mente que, hoje, se você vai ao supermercado comprar ovos, se você vai ao supermercado comprar frango, se você vai ao supermercado comprar suíno, tudo que nós consumimos aqui vem de fora. O que se produz aqui de ovos, por exemplo, em Campos, é uma produção artesanal. Alguém lá no fundinho do quintal, tem um galinheirozinho que faz, tem uma produçãozinha lá. Fora disso, nós não temos uma produção a nível de atendimento à população. Nós temos que voltar com a agropecuária. Nós temos que voltar a movimentar a cultura da cana, a produção do milho, o leite”.

Atração para empresas — “Por que não trazer as grandes empresas para Campos? Não há explicação. Não há incentivo. Não há parceria. Nós temos que abrir a nossa mente. Os políticos precisam abrir a mente para isso. Eu tenho a minha mente aberta. Como fazer acontecer? Isso é uma utopia. Não é utopia, porque acontece em outros tantos municípios. Eu acho que nós temos que abrir a nossa cidade, trazer para perto essas grandes empresas que querem ser parceiras. Ver como que nós podemos participar, dar uma contrapartida, para que elas possam se instalar aqui e haver, então, um investimento nos agricultores, naqueles que ainda estão sobrevivendo. E na área também, da agropecuária”.

Fundo soberano — “A gente vê tudo parado e daqui a pouco acabou o petróleo. Acabou os royalties. E aí? Então essa é a tendência. Nós já sabemos isso, historicamente, que uma hora vai acabar. Vai chegar uma hora, mas não há uma reserva. Um fundo reserva para que, quando isso acontecer, o que será de nós? Sem dúvida criaria um fundo. Por que não um fundo? Pode me cobrar depois”.

Turismo — “Nós temos que fazer o que está no nosso programa. O desenvolvimento do turismo, promoção do turismo na nossa cidade, fazer com que os centros históricos, por exemplo, o Palácio da Cultura, ele possa funcionar. E a gente tem conversado sobre essas questões, até mesmo ouvido alguns candidatos falarem sobre esse tema, e que são coisas importantes, que se um dia estivermos lá, ao estarmos na Prefeitura, fazer com que esses projetos que estão no programa de governo dos outros candidatos, a gente possa utilizá-los. Eu ouvi outros candidatos falarem aqui, inclusive, sobre o Palácio da Cultura. A ideia é excelente e trazer a ideia desses candidatos para a prática. Fazer com que aconteça. Não é o fato de dele ter uma boa ideia e ser um candidato que está concorrendo com a gente, que eu não vou fazer. Eu não vejo dessa maneira. Eu creio que nós podemos pegar a ideia dele, que é muito boa. Como o nosso programa de governo, eu quero colocar aqui a disposição de toda a comunidade, toda a Campos, inclusive dos outros colegas aí. Se eu não ganhar, quem ganhar fazer acontecer o que de bom tem aqui. Porque foi feito para a cidade com muito amor. Aqui diz o que vamos fazer e como vamos fazer. Então, eu não vou citar o nome aqui, nem dizer qual o projeto, mas vocês sabem muito bem que existe candidato que teve aqui que já falou sobre o Palácio da Cultura. Tem ideia excelente, eu gostei da ideia. Mas tudo precisa ser estudado, né?”

Cultura — “No nosso programa nós queremos levar movimentação cultural aos distritos também. Não ficar restrito só a praça São Salvador e, no período do verão, em Farol de São Tomé. Eu acho que precisamos movimentar os distritos, fazer um evento. Por exemplo, o Fundão, tem uma festa tradicional ali, uma festa católica, tradicional lá no Fundão. Lá no Cidade de Luz tinha uma festa do Dia do Trabalhador que era tradicional. Essa festa do trabalhador, todo dia 1º, no Dia do Trabalhador, havia uma festa. Lá essa festa acabou. Então aquilo trazia para a comunidade. Agora nós fizemos lá um movimento. E nós tentamos apoio do Poder Público, não tem, há um palco, trouxemos um cantor do Rio e tal. Nós tivemos que prover todos esses meios para acontecer, porque não há um apoio, não houve o apoio do Poder. Nós estivemos lá no Teatro Trianon, fazendo pedido à secretaria, enviamos ofício e não fomos atendidos. Não era uma festa particular, era uma festa da comunidade, da comunidade. Então, trazer a cultura pras comunidades, para os distritos, movimentar pra que a cidade possa movimentar. Trazer alegria, felicidade para os moradores da cidade”.

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